quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Postagem referente ao Sétimo Semestre 2009_2

No sétimo semestre, observei uma grande relação entre os conceitos estudados nas interdisciplinas.

Na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação refletimos sobre a importância do planejamento, necessitando de uma reflexão da escola e dos professores, aliando a fundamentação teórica, os objetivos a prática; as ações que serão realizadas no processo, as estratégias para se alcançar os objetivos propostos. Como o planejamento carrega consigo as concepções que possuímos acerca da sociedade, valores, crenças, cultura, planejar requer um exercício constante de questionamentos sobre a teoria e a prática: como é realizado o planejamento? Para quê e quem se planeja? “Quais são as relações de classe, etnia, gênero, que fazem com que o currículo seja o que é e que se produza os efeitos que produz?”(SILVA, 1994, p.30), "no esforço contínuo de identificação e análise das relações de poder envolvidas na educação e no currículo".É preciso que o planejamento esteja embasado numa filosofia, em referências, através das quais os envolvidos no processo discutam, posicionando-se com argumentos, elegendo princípios de ação, como a presença de um currículo que priorize a integração, privilegiando a utilidade social do mesmo, servindo para “atender às necessidades de alunos e alunas de compreender a sociedade na qual vivem, favorecendo consequentemente o desenvolvimento de diversas aptidões, tanto técnicas como sociais, que os ajudem em sua localização dentro da comunidade como pessoas autônomas, críticas, democráticas e solidárias.”(SANTOMÉ,1998, p. 187)

A interdisciplina de EJA, dialoga com a de Didática, Planejamento e Avaliação no sentido que fala da necessidade de um currículo e ações diferenciadas para os alunos da EJA, porque os sujeitos que constituem essa modalidade de ensino, estão excluídos da escola regular, porque essa utiliza uma linguagem e práticas pedagógicas, que acabam por excluindo esses alunos do processo educativo formal.

A interdisciplina de LIBRAS fala a respeito da língua de sinais, considerada por muitos como um sistema de comunicação inferior, mas que na verdade possui especificidades linguísticas, isto, é fonologia, morfologia, sintaxe, semântica, pragmática. As línguas de sinais são autônomas e apresentam o mesmo estatuto linguístico identificado nas línguas faladas, ou seja, dispõe dos mesmos níveis linguísticos de análise e é tão complexa quanto às línguas faladas. As línguas de sinais são sistemas linguísticos que passaram de geração em geração de pessoas surdas. São línguas que não se derivam das línguas orais, mas fluíram de uma necessidade natural de comunicação entre pessoas que não utilizam o canal auditivo oral, mas o canal espaço visual como modalidade linguística. (QUADROS, 1997, p.47). Nesse aspecto também dialoga com a interdisciplina de EJA e de Planejamento, pois reflete sobre as diferentes necessidades dos sujeito, enquanto linguagem, práticas sociais e culturais, entre outros aspectos a serem considerados.

A interdisciplina de Linguagem promove uma reflexão de que o alfabetismo e o letramento, são processos ligados também as práticas sociais, apresentados a diferentes artefatos culturais, como cartazes, programas de TV, propagandas de produtos, um jogo de computador, todos esses alfabetizadores de crianças, adolescentes e adultos, tanto ou mais importantes que a escola, e necessitam ser valorizados pela mesma.

Na interdisciplina de Seminário VII, trabalhamos sobre as Arquiteturas Pedagógicas e o PA construído “Por quê as pessoas têm animais de estimação”, permeado por um processo contínuo de pesquisa, culminando com a construção de um mapa conceitual, utilizando o software educativo CmapTools, aprendizagem essa muito significativa para mim, que utilizei na minha vida pessoal e na minha prática pedagógica com os alunos.

Outra atividade do semestre muito significativa foi a pesquisa sobre a EJA, a realidade dos alunos, sua linguagem, dificuldades encontradas em sala de aula e no cotidiano de suas vidas, bem como a especifidade cultural do grupo, além dos elementos fundamentais para o sucesso escolar e os efeitos dos programas educativos sobre esses sujeitos. Com os dados coletados na pesquisa montamos um pôster, que foi apresentado numa mostra para todas as colegas do PEAD e as professoras da interdisciplina.



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Postagem referente ao Sexto Semestre 2009-1

Neste sexto semestre no PEAD, observei algumas relações entre as interdisciplinas e minha prática como professora.

A interdisciplina de “Questões Étnico-raciais, propôs uma reflexão sobre minha família e sua ancestralidade, buscando um resgate da minha constituição como pessoa, como também o estudo de outras etnias, indígenas, afro-descendentes, bem como a presença do preconceito na sociedade em que vivemos e na escola. A referida interdisciplina também dialogou com a de “Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais”, onde refletimos sobre a questão da inclusão nos espaços escolares, ambas falam sobre a necessidade de uma verdadeira inclusão social e humana.

A interdisciplina de “Psicologia II”, também auxiliou bastante minha prática pedagógica, pelo estudo que propôs sobre as fases do desenvolvimento e suas características das crianças; bem como a maneira como nos relacionamos com a construção do conhecimento, servindo de base não somente para a construção de nossos alunos, como também para minha própria construção como aluna do PEAD e professora, que permeia o aprender e o ensinar.

As interdisciplinas de “Filosofia”, “Psicologia II” e Seminário Integrador VI, dialogam sobre a questão do desenvolvimento moral, na primeira Adorno e Kant, falam de uma educação que trabalhe aspectos morais, para um melhor convívio em sociedade; a segunda dialoga sobre o estudo de Piaget acerca da construção da personalidade da criança e das noções de justiça, solidariedade, responsabilidade ; no Seminário os filmes “Clube do Imperador” e “Entre os Muros da Escola”, promoveram uma reflexão sobre os dilemas morais que como professores e alunos vivenciamos na escola: violência, aprendizagem, currículo, diversidade; toda a escola repensando seu papel social de democratizar não só seu espaço, como as relações que o permeiam, discutindo, elaborando regras de convívio, currículo, entre outros.

Em Questões Étnico-raciais realizei um trabalho com a história “Ovelha negra, eu?”, contando a história e após conversando com eles:


Diálogo sobra à história.

EU-O que significa ovelha negra expressão usada na história?
ELES-Quando queremos dizer que alguém fez algo errado e não a cor da ovelha.
ELES-Coitada da ovelha, só porque ela era negra sofrer assim.
EU-Ela era má porque é negra?
ELES-Não, ser escuro não é ser ruim.
EU-É bonito ser negro?
ELES-É, toda cor é bonita.
Ser moreninho é legal.
EU-Ela era moreninha, ou negra?
ELES-Negra, preta.
EU-O que acharam da atitude das ovelhas para com Dorinha?
ELES-Legal.
Foram amigas dela, defenderam ela.
EU-Vocês já ajudaram alguém? Como se sentiram?
ELES-Sim, dei lanche para meu amigo.
Dei meu brinquedo para ele brincar e eu e ele ficamos felizes, somos bem amigos.










Reflexão teoria e prática
Durante a aplicação das atividades pude perceber algumas expressões que denotavam um racismo velado como “escurinho”, “moreninho”, entre outras que relatam as faces do preconceito mesmo entre crianças tão pequenas, de seis anos. Observei também que uma das crianças da turma apresenta bastante dificuldade em se expressar, dizer o que pensa, e que é afro-descendente, isso pode ser a maneira como foi educada, procurando passar desapercebida no meio social em que está inserida, ou pelo próprio preconceito da sociedade onde o negro é desvalorizado pela sua cor, sendo considerado inferior e muitas vezes acaba por aceitar esse rotulo agindo como se fosse uma verdade. Ao mesmo tempo percebi uma grande afetividade da turma entre si, um brincar, um conversar, um construir e cooperar com o grupo, não importando a etnia. Percebo que o preconceito e a discriminação são práticas construídas nos espaços sociais: família, escola, igreja, e como essas crianças ainda estão no início dessa trajetória não desenvolveram atitudes de preconceito de forma tão explícita para com os outros. Embora seja assim ainda há uma dificuldade em abordar temas como o preconceito, a discriminação, seja de origem étnica, religiosa, social, pois se configuram em tabus para o professor, o aluno, a família, para a escola e a sociedade em geral, que foi construída nessa base, onde cada indivíduo deve aceitar o lugar que lhe imposto, observando suas condições sociais e econômicas, refletindo sobre isso, se faz necessária uma mudança de paradigmas, o que nunca é fácil, pois a sociedade passará por um estado de desacomodação e desequilíbrio que gera a real mudança nas civilizações.
Realizar esse tipo de trabalho com as crianças pequenas é muito rico, porque elas possuem uma receptividade ao novo, a descoberta de histórias, o observar os desenhos, o expor suas opiniões e sentimentos, é expansiva ao natural, afetiva com os colegas, com a professora, construindo a cada momento as relações sociais na troca com o outro.


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Postagem referente ao Quinto Semestre 2008-2




Este quinto semestre de Pedagogia EAD foi um momento de desenvolvimento de diferentes atividades que até o momento não tinham sido privilegiadas. Entre elas destaco a organização e desenvolvimento de dois Projetos de Aprendizagem; um na interdisciplina de Seminário Integrador “Por que os olhos têm cores diferentes”, onde pesquisamos sobre que fatores influenciavam nas cores dos olhos e acabamos descobrindo que existem várias cores de olhos, que os mais claros não são necessariamente mais sensíveis, como se dá o processo de visão, entre outras. O segundo em Psicologia “ Prazeres da vida adulta”, no qual pesquisamos sobre os prazeres nessa fase da vida, traçando um comparativo com a adolescência, descobrindo que com a idade vivenciamos a vida com mais equilíbrio, estreitando nossas relações familiares e enfatizando esse aspecto, tornando-as o centro do nosso convívio social.

Essas duas atividades contribuíram e muito para minhas aprendizagens: a organização de dúvidas e certezas relacionadas ao assunto dos PA's; no processo de pesquisa e coleta de dados, informações de diferentes fontes; na capacidade de sintetizar quais dados são importantes para a pesquisa; na construção de páginas no antigo “pbwiki”, agora “pbwork”; a construção de mapas conceituais no cmap tool, uma ferramenta de aprendizagem através de relações entre conceitos.

Nas interdisciplinas de “Organização do Ensino Fundamental”, “Organização e Gestão da Educação” realizamos muitas reflexões sobre a gestão democrática na educação, que é construída por todos os sujeitos inseridos nesse espaço, utilizando-se de mecanismos que garantam a representatividade de cada segmento. Esses mecanismos devem constituir todo o fazer da escola, norteando-a, são eles: o diálogo e o respeito às diferenças de sujeito e pensamento, o acesso às informações pela comunidade escolar, a transparência na prestação de contas, as decisões estarem em concordância com a realidade social da escola, entre outras práticas, que garantam o pleno exercício democrático da cidadania.


http://peadcordosolhos.pbworks.com/FrontPage


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Postagem referente ao Quarto Semestre-2008/1


Reflexão sobre o Quarto Semestre


No quarto semestre do PEAD trabalhamos com diferentes linguagens e representações do mundo através das interdisciplinas de “Representação do mundo pela Matemática”; “Representação do mundo pela Ciências”; “Representação do mundo pelos Estudos Sociais, e Seminário Integrador IV.

Em cada uma delas foram discutidos concepções acerca da construção dos conceitos de espaço e tempo.

A interdisciplina de Matemática, que nos trouxe um material muito rico de experimentação, propondo desafios, atividades para realizarmos com nossos alunos, explorando diferentes conceitos matemáticos, como espaço e forma, números e operações,e principalmente muitas leituras que me ajudaram num melhor embasamento para trabalhar com meus alunos a partir de sua própria realidade, vivenciado a matemática como um objeto concreto do cotidiano. A matemática não é um objeto isolado do mundo, pelo contrário, está presente nas coisas mais simples e explorar essas possibilidades de aprendizagem mais informais tornam seu aprendizado muito mais significativos para os sujeitos envolvidos.

Na interdisciplina de “Representação do mundo pela Ciências” trabalhamos sobre as concepções de natureza que são constituídas nas relações entre o ser humano e o meio ambiente, refletindo sobre essa construção desde a infância, observando as concepções construídas por mim, meus colegas de PEAD e dos meus alunos. Estas atividades me ajudaram a descobrir os conhecimentos científicos prévios de cada aluno, onde os mesmos expressarão suas representações sobre as temáticas que pretendemos ensinar, problematizando e refletindo sobre suas concepções pessoais acerca da natureza, da ciência e a partir disso se busque novas informações, desafios que contribuirão para a transformação das estruturas explicativas preexistentes. Os símbolos que serão utilizados pelos alunos para representar a natureza estão carregados de um significado que foi construído ao longo da história, mostrando o paralelo existente entre cultura e ciência, onde a propaganda de massa advinda da mídia, dos livros, revistas, filmes, disseminadores dessas representações e concepções da realidade. Refletindo sobre a realidade o aluno o mesmo poderá ser mais ativo na produção de sua própria história, imaginando diferentes realidades e repensando o presente em que está inserido, podendo reinterpretar a história existente ou reconstruir uma história completamente nova ou diferente, mostrando “possibilidades” e não “verdades” absolutas acerca do mundo, um mundo constituído a partir de teorias, fatos, valores, ideias, em constante transformação.

O filme “Balance”mostra bem a relação de equilíbrio e desequilíbrio em um universo coletivo, onde a ação do outro reflete sobre todos os seres, e que atitudes individuais transformam a realidade, tanto positivamente, quanto negativamente.

A interdisciplina de “Representação do mundo pelos Estudos Sociais”, também promove uma reflexão sobre o tempo e o espaço, discutindo sobre a necessidade de um currículo escolar onde o aluno problematize sua realidade, ao invés de desenvolver textos e atividades apenas relacionados

a datas comemorativas. É preciso contextualizar essas informações sobre os tempos construídos historicamente, pois muitas vezes são informações distorcidas da realidade, geradoras de preconceitos que sempre permearam a sociedade em todas as épocas. Na referida interdisciplina construí a linha de tempo de minha vida, buscando refazer minha trajetória pessoal até o momento presente, reconstituindo momentos importantes de minha vida.

Na interdisciplina de Seminário Integrador IV, foi um dos primeiros momentos do PEAD, onde iniciamos um trabalho com os Projetos de Aprendizagem, com o Plano Individual de Estudos, com uma proposta de busca de conhecimentos relacionados a Matemática, pensando em atividades diferenciadas e desafiadoras, que ajudarão a desenvolver de melhor forma a aprendizagem de meus alunos. Na matemática, desenvolvi muitas atividades que mostrassem que a matemática está presente e é necessária para a resolução de situações simples que surgem no nosso cotidiano, como pagar a passagem ,comprar merenda no barzinho da escola ou mesmo realizar uma caça ao tesouro, um dos momentos mais interessantes que passei com meus alunos.

Referências:

http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/material_mec/eixo4/ciencias/ciencias.html

http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/material_mec/eixo4/estudos_sociais/estudos_sociais.html

http://peadportfolioludutra156749.blogspot.com/2008/04/plano-individual-de-estudos.html


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Postagem referente ao Terceiro Semestre

Neste terceiro semestre pude observar uma maior relação entre as interdisciplinas, Artes Visuais, Música, Literatura, Ludicidade e Teatro, pois todas falam sobre diferentes formas de arte na sociedade.
Em uma das atividades propostas em Artes Visuais, ciamos um Projeto de Trabalho sobre Monet, explorando aspectos de sua vida, suas obras, temas, cores predominantes, forma de pintar(impressionismo), tudo isso a partir da observação dos ambientes da escola e da comunidade escolar(pracinha, mato).
Aprofundamos o estudo da obra ““Ponte Japonesa e o Lago de Ninféias em Giverny”, leitura e interpretação da obra, sensibilizando-se para a presença da arte em diferentes espaços, contextos históricos e formas de expressão apresentadas pelos artistas.
Este projeto em grupo foi um momento bastante significativo, que apesar de não ter sido aplicado com os alunos, mostrou a necessidade de um planejamento interdisciplinar nas aulas de arte.
Na interdisciplina de Música pesquisamos sobre a produção musical de nossa cidade e entrevistei o vocalista do Tchê Guri que é de São Leopoldo, além de estudar sobre compositores da MPB e explorar a marcação de ritmo com o corpo, uma aula misturando música e movimento, foi um momento muito rico, que me fez pensar sobre a importância de trabalhar com e sobre música no espaço escolar,
Em Literatura aprofundamos o estudo sobre os contos de fadas, pesquisando e identificando os elementos desse tipo de narrativa, o que me ajudou a desenvolver vários trabalhos baseados nos mesmos, é um conhecimento que serviu para mim como educadora e que qualificou minha prática, para melhor explorar com meus alunos este tipo de texto.
Em Ludicidade trabalhamos sobre a importância do brincar e a maneira como esse processo vem sendo construído socialmente. A origem dos brinquedos, quando surgiram e de como esses momentos são importantes para nossas constituição como seres humanos. Ás vezes, um simples jogo ou brinquedo traz muita alegria para as crianças e propiciar esse momento também é minha função como professora.
Todas essas aprendizagens transformam o meu ser, bem como minha prática pedagógica, pois procuro colocar em prática a teoria, buscando alternativas pedagógicas diferenciadas e mais qualificadas para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Certamente quando me torno uma aluna melhor, pesquisando, realizando atividades, refletindo sobre a minha prática, me torno também uma melhor professora, com um maior embasamento, para planejar, buscar soluções para as dificuldades que se apresentam, e quem ganha com isso são todos os envolvidos, eu, os alunos e a escola.

Postagem referente ao Segundo Semestre

No segundo semestre do PEAD, com a interdisciplina “DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA”, estudamos Freud e a psicanálise, e de que maneira tendo conhecimento sobre o funcionamento de cada parte do cérebro, os mecanismos de defesa utilizados pelas pessoas, as fases da criança, tudo isso pode vir a auxiliar no contexto escolar, nas relações sociais, com a aprendizagem e o conhecimento que os alunos elaboram, buscando novos papéis para professores e alunos, onde a aprendizagem se dá na interação dos sujeitos nesse meio.

Num segundo momento tivemos a contribuição de Winnicot que dizia que a aprendizagem poderia ocorrer por submissão ou espontaneidade, sendo que no segundo caso, esse aluno seria muito mais curioso, com mais ideias próprias e estabelecendo maiores relações entre suas aprendizagens. Valorizava a importância do brincar para as crianças. Nesse processo, a criança age sobre o mundo à sua volta, descobrindo coisas e inventando outras, pelo puro prazer de fazê-lo. Ela se sente agente, sujeito, e isto cria a capacidade de aprender como conquista, como exercício da própria vontade, o que é muito diferente de aprender como submissão à vontade do outro.

Na interdisciplina de “ESCOLARIZAÇÃO , ESPAÇO E TEMPO NA PERSPECTIVA HISTÓRICA”, estudamos sobre a invenção da infância, que ao mesmo tempo que legislativamente falando, estão sendo criados cada vez mais documentos, como o ECA, por exemplo, para assegurar os direitos das crianças, paradoxalmente elas tem cada vez menos tempo e espaço para se desenvolverem plenamente, não podem brincar, imaginar e explorar o universo infantil, quando agem como crianças são julgadas como imaturas, irresponsáveis e quando agem como adultas cobramos que sejam crianças. Como exemplo temos crianças que ficam abandonados durante todo o dia enquanto os pais vão para o trabalho, cuidando dos irmãos e assumindo papéis de adultos na família, negando –lhes o direito ao brinquedo, ao tempo livre, ao afeto e presença dos pais acompanhando e colaborando para um desenvolvimento pleno e saudável na infância. A criação da escola colaborou para esse processo de controle do indivíduo e abandono precoce da infância, o aluno aprende conteúdos e valores, da classe dominante e ao professor cabe o papel de mero transmissor destes.

A interdisciplina de “Fundamentos da Alfabetização” reflete sobre a necessidade de um sujeito escolar e social que construa seu conhecimento interagindo com o mundo a sua volta, onde a aprendizagem seja um exercício de interação, experimentação consigo e com os outros.

Durante o processo de construção do conhecimento o erro precisa ser aceito como elemento necessário e construtivo, inerente a essa caminhada onde o sujeito estará refletindo, levantando hipóteses e buscando soluções para os problemas que surgirão. Um ser humano que não busca por ter medo, exclui-se da interação sujeito e mundo, negando-se à aprendizagem. O erro na sala de aula não é o bicho papão, que impede o conhecimento, mas a inércia advinda do medo de errar sim.

A interdisciplina de Seminário Integrador II, fez o papel de nos auxiliar na apropriação tecnológica, usando ferramentas como blog e wiki, ambientes estes que serviram para a postagem das atividades do semestre, além de nos fazer repensar sobre o ser professor, a escola em que trabalhamos e convivemos, resgatando as memórias pessoais e do porquê de nossa escolha em ser professor.

Como seres humanos estamos constantemente aprendendo, reformulando aprendizagens, observando-as sobre um novo prisma, que muda porque nós mudamos nesse processo. Aprender é um ato onde todos são aprendizes, o professor e o aluno, a escola, a comunidade e para ser uma melhor pessoa e profissional é preciso que esse processo seja consciente, principalmente através da reflexão proposta pelas interdisciplinas do PEAD neste segundo semestre.



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Postagem referente ao Primeiro Semestre


Minhas Vivências no PEAD






Durante minha caminhada no curso de Pedagogia à Distância, vivenciei muitos momentos e aprendizagens que contribuíram para minha vida pessoal. Quando li um dos primeiros textos “A ilha desconhecida”, do Saramago, que traz uma reflexão profunda sobre o ser humano, suas escolhas e caminhos que trilhará no decorrer da vida. Pensando sobre a vida dos outros, fazemos um balanço da nossa própria vida,onde nos encontramos naquele momento e o que desejamos para o futuro, caminhamos e encontramos questionamentos, às vezes respostas para eles, mas também novos questionamentos, que surgem no decorrer da trajetória.
Na minha prática profissional, as certezas parecem que se tornam incertezas, pois refletimos sobre políticas educacionais e vemos que muitas práticas na educação servem a fins políticos, eleitoreiros e que a falta de qualidade normalmente vinculada à escola pública, propicia a manutenção da pobreza, da exclusão social, política, econômica e intelectual, mantendo cada ser humano dentro de uma classe social criada pelo sistema capitalista, visando separar e limitar os potenciais humanos que todos possuímos.
A interdisciplina de ECS propôs uma reflexão sobre o papel da escola e do professor e os processos de construção de sua identidade,mostrando que a educação carrega consigo questões sociais relevantes,servindo a interesses sociais e de poder.A interdisciplina de EPPC também discutiu o papel do professor e da escola, explorando conceitos como Currículo,PPP e Didática,partindo do que pensamos a respeito destes, para depois identificar e refletir teoricamente sobre eles.
Na verdade, observo que a educação ao invés de desenvolver potencialidades e principalmente a cidadania, promove pelo seu próprio modo de ser a exclusão social, principalmente daqueles alunos que poderiam a partir de uma criticidade e reflexão sobre a sociedade feita no ambiente escolar,se apropriarem de ferramentas que os tornariam agentes transformadores de suas próprias vidas.
No nosso último trabalho na disciplina Educação e Tecnologias, pesquisamos sobre a utilização dos computadores na Educação e vimos que a forma como está sendo feita a inclusão digital é um pouco distorcida da realidade. Ela se tornou uma bandeira de propaganda política dos governos, esquecendo da formação do ser humano como um todo, que ele precisa interagir com outras pessoas, que sua aprendizagem se constrói nessa interação e que o computador é apenas uma ferramenta que proporciona diminuir a distância entre realidades e pessoas.Quando fiz essa interdisciplina estávamos no início do curso do PEAD e lembro que precisei muito da ajuda de outras pessoas para realizar as atividades, precisamos fazer um mural no paint com textos, imagens, criar uma página na web. Com a vivência que possuo agora tenho certeza que não teria um grau de dificuldade tão grande, pois domino várias ferramentas como pbworks, power point, blogs, cmaptools, entre outras,habilidades estas desenvolvidas na Educação à Distância. Hoje consigo desenvolver diversas atividades com meus alunos utilizando diversas tecnologias das quais me apropriei no decorrer do curso.
Sei que me apropriei de muitos conhecimentos na minha trajetória no curso e pretendo continuar buscando respostas e novos questionamentos para minha vida pessoal e profissional, mas sei também que à medida que refletimos sobre nossos ideais, objetivos, transformamos nossa própria realidade interna e externamente, provocando mudanças também nos outros.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Pesquisa com a turma 4A2

Nesta semana os alunos da turma 4A2 na qual realizei meu estágio fizeram uma pesquisa sobre São Leopoldo e principalmente sobre o Museu da Feitoria, que não puderam visitar no passeio pelos Pontos Turísticos de São Leopoldo.
Abaixo alguns links de endereços visitados por eles, que podem ajudar outras alunos. Vale à pena!

No primeiro endereço tem informações sobre a cidade, fotos, mapas dos bairros, pontos turísticos, entre outros. No segundo tem inclusive um vídeo para visitar a casa do imigrante por dentro. É muito legal. Na página inicial tem informações sobre o museu e no acervo tem fotos e outros materiais

https://www.saoleopoldo.rs.gov.br/home/

http://www.museuhistoricosl.com.br/mostraconteudo.cfm?id=casaDoImigrante&atalhos=atalhosMenuInst








terça-feira, 22 de junho de 2010

O trabalho com a turma 4A2 continua

Participando da Gincana Julina...


Nesta semana organizei com os alunos da turma 4A2 uma pesquisa sobre "Os santos relacionados à Festa Junina", pois é uma das tarefas culturais da gincana que está acontecendo na escola Zaira Hauschild. Apesar de não estar mais estagiando na turma, pelo menos uma vez por semana mantemos contato no EVAM, espaço de informática na escola onde todas as turmas são atendidas.
Criamos uma postagem da pesquisa no blog colaborativo dos quartos anos, o trabalho foi bem legal, envolveu a pesquisa dos nomes dos mesmos, imagens, data de comemoração e informações sobre eles.

A pesquisa ficou assim...

SANTO ANTONIO 13 DE JUNHO

Santo Antônio é um dos santos de maior devoção popular tanto no Brasil como em Portugal.

É o santo familiar e protetor dos varejistas

em geral, por isso é comum encontrar sua

figura em estabelecimentos comerciais.
Sua influência é marcante entre o povo brasileiro. Seus devotos, em geral, não têm em casa uma imagem grande do santo e preferem levar no bolso uma pequena para se proteger. É a ele que as moças ansiosas pedem um noivo. A prática de colocar o santo de cabeça para baixo no sereno, amarrada num esteio, ou de jogá-lo no fundo do poço até que o pedido seja atendido, por exemplo, é bastante comum entre os devotos.

SÃO JOÃO 24 DE JUNHO

São João ocupa papel de destaque nas festas, pois, dentre os santos de junho, foi ele que deu ao mês o seu nome (mês de São João) e é em sua homenagem que se chamam "joaninas" as festas realizadas no decurso dos seus trinta dias. O dia 23 de junho, véspera do nascimento de São João e início dos festejos, é esperado com especial ansiedade. Segundo Frei Vicente do Salvador, um dos primeiros brasileiros a escrever a história de s

ua terra, já no ano de 1603 os índios acudiam a todos os festejos portugueses, em especial os de São João, por causa das fogueiras e capelas.

A Lenda do surgimento da fogueira:

Dizem que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso, costumavam visitar-se. Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora e aproveitou para contar-lhe que dentro de algum tempo nasceria seu filho, que se chamaria João Batista.
Nossa Senhora então perguntou:

- Como poderei saber do nascimento dessa criança?
- Vou acender uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que João nasceu. Mandarei também erguer um mastro com uma boneca sobre ele.

Santa Isabel cumpriu a promessa. Certo dia Nossa Senhora viu ao longe uma fumaceira e depois umas chamas bem vermelhas. Foi à casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um dos santos mais importantes da religião católica. Isso se deu no dia 24 de junho.


SÃO PEDRO 29 DE JUNHO



São Pedro, o apóstolo e o pescador do lago de Genezareth, cativa seus devotos pela história pessoal. Homem de origem humilde, ele foi apóstolo de Cristo e depois encarregado de fundar a Igreja Católica, tendo sido seu primeiro papa.

Considerado o protetor das viúvas e dos pescadores, São Pedro é festejado no dia 29 de junho com a realização de grandes procissões marítimas em várias cidades do Brasil. Em terra, os fogos e o pau-de-sebo são as principais atrações de sua festa.


MARIA E JONATHAN/4A2

O link do blog colaborativo:

http://zairaquartosanos.blogspot.com/


terça-feira, 15 de junho de 2010

DESENVOLVENDO ATIVIDADES A PARTIR DA SAÍDA DE CAMPO EM SÃO LEOPOLDO

Nesta última semana de estágio a partir da saída de campo, onde visitamos os pontos turísticos de São Lepoldo, realizei com os aluno atividades que promovessem uma reflexão sobre o lugar onde vivemos, conversando sobre o que observamos no passeio, onde esses pontos estão localizados na cidade, criando legendas coletivas para pintá-los no mapa.
Além disso, produzimos textos em grupos no computador, relatando o passeio, produzindo após uma ilustração sobre o texto criado. Dialogamos sobre os objetos antigos vistos no Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, relacionando-os a história "O baú da vovó", de Heloísa Prieto, que fala sobre coisas antigas que a avó mostra à neta, e a partir disso exploramos imagens antigas e atuais de nossa cidade, conhecendo um pouco mais sobre o lugar que vivemos e seus processos históricos, sociais e culturais, que acabam com certeza se entrelaçando em nossas vidas.


Referências:

Antunes, Aracy do Rego; Menandro, Heloísa Fesch; Paganelli, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Acess, 1993.

Sene, Eustáquio de; Moreira, João Carlos. Trilhas da Geografia, 5ª série. São Paulo: Scipione, 2002.

Secretaria de Educação Fundamental. PCNs: geografia. Brasília. MEC/SEF, 1997.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

TROCA DE CORRESPONDÊNCIA

A partir da aula-passeio sobre os pontos turísticos de São Leopoldo, os alunos escreverão uma carta para os colegas da turma falando sobre suas vivências no passeio, o que descobriram, os momentos mais significativos para eles, trocando impressões sobre essa experiência. Num segundo momento mais cooperativo com a turma 4A1 que também participou conosco da aula-passeio, postaremos uma carta da turma para a outra, no blog colaborativo “zairaquartosanos”, falando sobre os pontos turísticos que conhecemos, o que aprendemos sobre eles, o que encontramos nesses espaços visitados, e o que mais acharam significativo nesse momento. Esse tipo de atividade é uma estratégia utilizada na pedagogia Freinet, que busca o desenvolvimento do senso cooperativo, a autonomia, a expressão, a valorização das vivências sociais, como constitutivas da aprendizagem dos alunos. Para Freinet, todo conhecimento é fruto do que chamou de tateamento experimental – a atividade de formular hipóteses e testar sua validade – e cabe à escola proporcionar essa possibilidade a toda criança.



Referências:

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per06.htm

http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/mestre-trabalho-bom-senso-423309.shtml

segunda-feira, 31 de maio de 2010

AULA-PASSEIO PONTOS TURÍSTICOS DE SÃO LEOPOLDO

Aula-passeio Pontos Turísticos de São Leopoldo: Clube Esportivo Aimoré, Museu HIstórico Visconde de São Leopoldo e Biblioteca Municipal Vianna Moog

Nesta oitava semana de estágio começamos a semana com uma atividade de aula-passeio em alguns pontos turísticos de São Leopoldo, uma ótima oportunidade de vivência e aprendizagem para os alunos, pois com certeza as aprendizagens mais significativas para as crianças estão baseadas em suas experiências pessoais, desenvolvendo nelas o senso cooperativo, a sociabilidade, a autonomia, estratégias motivadoras para despertar o interesse dos alunos, pois o interesse das crianças está mais no que acontece fora da escola do que dentro dela e esses momentos em outros espaços sociais trazem ação e vida para dentro da escola, que precisa estar atenta ao que acontece em todos os espaços sociais e explorar essas situações para o desenvolvimento da aprendizagens dos alunos.
A partir da aula-passeio os alunos trabalharão com mapas dos pontos turísticos de São Leopoldo, para localização dos locais visitados e conhecidos deles, desenhos desses pontos, essa atividade como ponto de partida para um maior conhecimento sobre o lugar onde vivem.

Clube Esportivo Aimoré


Biblioteca Municipal Vianna Moog




























Museu Histórico Visconde de São Leopoldo



Referências:

http://www.appai.org.br/jornal_educar/Jornal15/Pedagogia/pg23/pg23.htm

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per06.htm





quinta-feira, 20 de maio de 2010

DESENVOLVENDO ATIVIDADES DE LOCALIZAÇÃO EM MAPAS, GLOBOS, MAQUETES E PLANTAS BAIXAS

Nesta semana busquei desenvolver atividades que explorassem noções de localização com os alunos, pois através delas podemos explorar diversos conceitos. O início do trabalho uma história "As tranças de Bintou", uma menina que mora na África, realizando atividades de localização da casa da mesma e a dos alunos, utilizando o globo e o mapa-mundi nesse processo. Após isso os alunos pesquisaram sobre o "Senegal", país de origem da menina, estabelecendo relações entre o referido país e o Brasil. Os alunos pesquisaram sobre suas casas, descrição da casa, da rua onde mora, localizando também o bairro em que está situada. Feito isso construíram suas casas com materiais diversos, criando também uma maquete da rua onde moram, o trabalho ficou muito criativo. Depois representaram a maquete construída com uma planta baixa, planificando as figuras tridimensionais.




Referências:



ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Access, 1993.

SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Trilhas da Geografia, 5ª série. São Paulo: Scipione, 2002

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares nacionais: geografia. Brasília, MEC/SEF, 1997.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

REPENSANDO A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM


A importância de se trabalhar diferentes linguagens como os alunos...

Nestas semanas de estágio estou priorizando o desenvolvimento de atividades que trabalhem diversas linguagens: textuais, visuais, orais, buscando organizar um planejamento, que contemple as necessidades dos alunos, contribuindo para o processo de alfabetização e letramento dos mesmos, promovendo o contato com várias formas de linguagem, percebendo a utilização das mesmas nas situações de comunicação que se apresentam na nossa vida, e, são promotoras da inserção do sujeito na sociedade.
Trabalhar essa diversidade linguística contribui para a conscientização dos alunos acerca do uso de diferentes linguagens, relacionadas ao contexto em que estão sendo aplicadas, sofrendo mudanças pela ação do lugar onde falamos, o assunto a ser explorado, estes aspectos interferindo no que vamos dizer, desenhar, escrever, e nas estratégias de como fazê-lo.


Construção de um blog colaborativo das turmas 4A1 e 4A2, da escola Zaira Hauschild, o link é http://zairaquartosanos.blospot.com







Atividades realizadas: Interpretação do cartaz sobre o desmatamento







Construção da família dos alunos com materiais diversos



Referências



ZEN, Maria Isabel Dalla; TRINDADE, lole Faviero.Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais, 2002.
TRINDADE, Iole Maria Faviero. Não há como alfabetizar sem método.
Power Point: Alfabetizações e alfabetismos/ letramentos.







domingo, 9 de maio de 2010

REFLEXÕES SOBRE A SEMANA

Pensando sobre as diferenças...





Nesta semana trabalhei com os alunos o respeito às diferenças, contando uma fábula, "A Abelha Chocolateira", de Kátia Canton, que falava de uma abelha que ao invés de produzir mel, produzia chocolate e por isso foi alvo de discriminação pelas outras abelha e zangões da colmeia. Após a história conversamos sobre as diferenças e situações onde elas enriquecem as relações e o mundo. Ao mesmo tempo que os alunos sabem que são diferentes é bem difícil construir um ambiente onde exista respeito entre as pessoas e essa vivência de tentar tornar a sala de aula e a escola um local mais pacífico de convivência é uma luta diária. Minha turma apresenta bastante dificuldades em se relacionar uns com os outros, todos os dias praticamente há brigas em sala de aula, não é possível sair cinco minutos da mesma, sem que na volta encontre alguns brigando, principalmente os meninos, que são a maioria, em torno de 20 alunos. Continuo a desenvolver essa temática com os alunos, buscando através da reflexão uma mudança de atitude que contribua para o processo de civilidade dos mesmos, construindo um ambiente facilitador do processo de aprendizagem.

É preciso relacionar o currículo a um projeto social e cultural, dentro do contexto da sociedade atual (componente sociológico). O currículo não deve ser apenas de natureza puramente técnica, mas precisa ter relação com a vida do aluno.

Por isso optei pelo desenvolvimento de várias atividades que me ajudassem a conhecer um pouco mais os alunos e suas famílias: árvore genealógica, linha de tempo, biografia dos alunos, entre outros.

Referências:


CANTON, Kátia. A Abelha Chocolateira. Revista Nova Escola: jan, 2006.


COLL, César. Psicologia e currículo. São Paulo: Ática, 1996




terça-feira, 4 de maio de 2010

NOVAS APRENDIZAGENS



Repensando minhas aprendizagens como estagiária


Em relação ao estágio a cada dia aprendo coisas novas, principalmente a maneira de ser de cada aluno, como lidam com as atividades que são propostas, a melhor maneira de trabalhar com eles, o tipo de atividades que mais gostam, entre outros.
Aos poucos estou construindo uma relação de convivência mais próxima com a turma, criando-se um elo afetivo entre mim e eles, que torna o estágio um momento mais significativo para todos os envolvidos no referido processo. Essa postura facilita o processo de aprendizagem dos alunos, pois no mesmo o sujeito debruça-se sobre o meio, os objetos, relações pessoais"retirando qualidades, não mais desse meio, desses objetos, mas da coordenação das próprias ações".
Essa citação de Becker faz referência a importância das relações sociais no processo de aprendizagem, visto que somos seres sociais e na troca com o outro repensamos e elaboramos nossas ações.


Referências:
BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001

terça-feira, 27 de abril de 2010

Minhas aprendizagens pessoais

Cada momento em que estou desenvolvendo as propostas com os alunos percebo a singularidade de cada um, a maneira com que trabalham nas atividades em grupo, suas construções pessoais, as aprendizagens e habilidades que possuem, e que foram construídas no decorrer de sua passagem pela escola, nas suas relações familiares, em suas vivências culturais com a leitura, escrita, meios de comunicação, entre outros.
A partir dessa realidade busco como estagiária propor momentos de aprendizagem que contemplem a diversidade: leituras, diálogos, construções de textos individuais e coletivos, confecção de cartazes, painéis, pesquisas, desenhos, pinturas, leitura de imagens, construção de linhas de tempo do nascimento dos familiares dos alunos, das atividades diárias dos alunos, a confecção de árvore genealógica da família, buscando resgatar com isso a origem do aluno e sua identidade.
É preciso se aproximar da realidade do aluno, buscando elementos que possam auxiliá-lo no processo de ensino-aprendizagem.
"... ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando."

Atividade baseada no significado do nome do aluno:

Representação artística sobre o significado que pensa ter seu nome;
Representação após pesquisa do significado do nome.


Árvore genealógica da família


Referências:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Estágio : Repensando a avaliação

Sempre procurei avaliar os alunos e a mim mesma mesma: Até que ponto o assunto que estava desenvolvendo era importante para os alunos, que critérios usava para avaliar seu desempenho, eles sabiam desses critérios ou apenas eu tinha conhecimento deles? Entre outras questões...

Juntamente com essa nova concepção de educação voltada para a formação do cidadão surge a necessidade de uma avaliação que atenda vários aspectos:

Ajudar a criança a atender suas necessidades a partir da mudança da educação;
Contribuir para a tomada de consciência do aluno sobre o que já sabe e no que precisa melhorar;
Contemplar a diversidade presente entre os estudantes, que apresentam diferentes ritmos, facilidades e dificuldades;

Apesar da clara mudança do papel da escola no século XXI ainda ocorre em muitas escolas a avaliação como processo classificatório, onde o resultado serve para rotular os alunos em " bons" ,"ruins", "ótimos", entre outros, valorizando apenas a nota e não o aprendizado dos alunos, acabando por tirar a vontade de aprender do sujeito.

Como educadores precisamos estar atentos às construções realizadas pelos alunos, não avaliar os erros, mas o processo de construção da aprendizagem pela criança, processos estes que acontecem através de ações, transformações e estabelecimento de relações, pois, “conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo, aprendendo os mecanismos dessa transformação, vinculados com as ações transformadoras. Conhecer é, pois, assimilar o real às estruturas de transformações”.

Sobre esse prisma construtivista o sujeito assimila o mundo a estruturas previamente construídas e o erro ocorre em função do processo de abstração reflexionante, onde se relaciona com o objeto da aprendizagem, ações ou coordenações de ações. Durante o processo a criança pode selecionar uma informação a um dado momento de seu desenvolvimento, podendo ser errônea com relação à solução do problema, mas na verdade pertence a uma etapa necessária para chegar a esta posteriormente.


Referências:

BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.

INHELDER, BOVET e SINCAIR. Aprendizagem e estruturas do conhecimento. São Paulo: Saraiva, 1977.

PIAGET. Jean. Psicologia e pedagogia. 4ed. Rio de Janeiro: Forense, 1976.

HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada, Porto Alegre: Artmed, 2001.

VASCONCELOS, Celso. Avaliação: Superação da Lógica Classificatória e Excludente. São Paulo: Libertad, 1998.





terça-feira, 13 de abril de 2010

Estágio: Reflexão sobre o Planejamento

PLANEJAMENTO


Trabalho há quase quinze anos como educadora, mas todos os anos parece que pela primeira vez estou numa sala de aula, pois os alunos são diferentes, as expressões do rosto, o jeito de falar, as atitudes, a forma como lidam com os conhecimentos novos ou elaboram os que já possuem. Por esse motivo cada turma é única, singular e necessita de um planejamento que contemple suas especificidades. O planejamento precisa ser um exercício de reflexão constante tomando por base questionamentos orientadores, como vem sendo organizado o planejamento na escola? Para que se planeja? Para quem? Qual sua função? Que construção social ele permite?

Planejamento é elaborar - decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar - agir em conformidade com o que foi proposto e avaliar - revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados (Gandin, 1985, p.22).

Esse planejamento não está dissociado dos conteúdos culturais e sociais, por isso se faz necessária uma visão que contemple a interdisciplinariedade, ou seja, o currículo precisa estar organizado “a partir da ótica dos conteúdos culturais, ou seja, tentar ver que relações e agrupamentos de conteúdos podem ser feitos, por matérias, por blocos de conteúdos, por áreas de conhecimento e experiência,etc.” ( Santomé, 1996, p.61).

No planejamento ação e reflexão sobre a são movimentos indissociáveis, que acontecem paralelamente ao processo.


Referências:

RODRIGUES, Maria Bernadette Castro. Planejamento: em busca de caminhos. Planejamento em Destaque: análises menos convencionais. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2001. P. 59-65 e 72-73.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Estágio:reflexão e ação

O estágio é um momento de reflexão e ação, onde se faz necessário dialogar com a nossa prática como educador, a nossa realidade como aluno, os teóricos estudados no PEAD, a realidade dos alunos, buscando um embasamento para a ação.
Para pensar sobre as ações durante o estágio precisamos conhecer os alunos, o contexto social e cultural em que estão inseridos, pois dessa forma descobrimos como se relacionam com o conhecimento e a partir disso buscar alternativas motivadoras para que esse processo seja mais significativo para os alunos.
Numa sala de aula são muitos sujeitos, cada um deles sendo singular em relação a forma de ser, saber e de pensar, constituição esta baseada em suas experiências pessoais, sociais e culturais, que precisam ser consideradas num planejamento que respeite essa diversidade.
É muito importante pensar sobre o que será trabalhado como o aluno, observando a necessidade real do mesmo, incentivando a busca, a pesquisa, o processo de troca de ideias e experiências, onde professor e aluno aprendem e ensinam, construindo a aprendizagem.
Segundo Freire, “ensinar requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e rejeitar quaisquer formas de discriminação que separe as pessoas em raça, classes... É ter certeza de que faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la. Acima de tudo, ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando.”(p.66)

Referências:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

quinta-feira, 25 de março de 2010

REFLETINDO SOBRE O ESTÁGIO

Neste primeiro momento se faz necessária uma investigação sobre a instituição em que farei o estágio, conhecendo um pouco mais sobre a realidade da escola, as características físicas, sua estrutura, funcionamento, recursos materiais e humanos, as características da comunidade escolar, as relações que permeiam entre esses espaços sociais, a realidade cultural, social dos alunos da turma, buscando estabelecer uma relação de proximidade e envolvimento com os alunos e suas famílias, sendo esse processo facilitador do processo de construção e desenvolvimento da aprendizagem.
Pensando na importância dessas informações que estão sendo levantadas, vejo que o principal objetivo desse processo investigativo é conhecer a realidade e considerando-a em toda sua especificidade para a realização do planejamento durante o estágio.

"A realidade sociocultural e econômica do aluno influencia em seu

desempenho, assim como as condições de trabalho do professor e o aparato que o sistema

oferece para ele formar-se e aprimorar sua prática."(COLL, César)




segunda-feira, 22 de março de 2010

ESTÁGIO

Neste início de estágio se faz necessário buscar e compartilhar com os colegas e professores do PEAD as informações sobre mim mesma, relacionadas a minha formação pessoal, minhas experiências profissionais na área da educação, bem como a realidade da escola e da turma com a qual realizarei o estágio.

APRESENTAÇÃO PESSOAL


IDENTIFICAÇÃO

NOME:LUCIANE DA SILVA DUTRA

FORMAÇÃO:Magistério, concluído em 1990, no Colégio São José, em São Leopoldo; Pedagogia na UFRGS, cursando o oitavo semestre.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Tenho quatorze anos de docência no Magistério, trabahando principalmente com regência de classe nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com turmas do primeiro ao quintos anos e há alguns anos em pelo menos um dos turnos trabalho no laboratório de informática da escola Zaira Hauschild. Neste ano peguei uma turma de quarto ano pela manhã para realizar o estágio e a tarde trabalho com as treze turmas do Ensino Fundamental, desde o ano passado.


Além disso se faz necessário relatar a realidade da escola em que realizarei o estágio, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Zaira Hauschild, no município de São Leopoldo, onde atuo desde 1999.


APRESENTAÇÃO DA ESCOLA


NOME:ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL ZAIRA HAUSCHILD

ENDEREÇO:AVENIDA SÃO BORJA, 2520. BAIRRO SÃO BORJA. SÃO LEOPOLDO.

TELEFONE:35886559

CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA: A escola funciona nos três turnos, no diurno com o Ensino Fundamental e a noite com a EJA.

NÚMERO DE ALUNOS: 950

NÚMERO DE PROFESSORES: 53

POPULAÇÃO ATENDIDA: Alunos oriundos de bairros de periferia do município de São Leopoldo, pertencentes a classe baixa, com familiares com níveis baixos de escolaridade.

ESTRUTURA FÍSICA: A escola possui dois pavimentos, totalizando dezenove salas de aula, oito banheiros para alunos e três para funcionários, uma biblioteca, uma sala de informática( contendo 17 Cpus, 34 monitores, uma impressora, com conexão via wireless, mas que ainda não está em funcionamento, um refeitório, uma quadra poliesportiva, um pátio localizado na parte central da escola, com um bar, sala da direção, supervisão e professores.


APRESENTAÇÃO DA TURMA


É uma turma de quarto ano, com 25 alunos na maioria com nove anos e outros de doze e treze anos, sendo 19 meninos e 6 meninas, oriundos da classe baixa, com três repetentes de outras séries e um do quarto ano. Um desses repetentes é portador de PC e cadeirante. A turma tem como característica a agitação, o excesso de conversas durante a realização das atividades, além dos pedidos frequentes para saírem da aula para ir ao banheiro, tomar água, mas também a participação e realização de todas as atividades propostas, tanto em aula, como nos temas. A sala de aula é pequena para o número de alunos, dificultando a organização de pequenos grupos. Possui acesso fácil a biblioteca, mas como a informática se localizaq no segundo pavimento, dificulta o acesso do aluno cadeirante a mesma.