terça-feira, 20 de outubro de 2009

Síntese do PA "Por que as pessoas têm animais de estimação"



O ser humano surgiu como espécie há aproximadamente quarenta mil anos. Mas somente há doze mil anos iniciou-se o processo de domesticação dos animais. O lobo foi o primeiro animal a passar por este processo dando origem ao cão.
À medida que os séculos foram passando, o relacionamento entre o homem e cão se tornou cada vez mais intenso, a ponto de dificilmente podermos pensar em nossa sociedade sem a presença deste e de outros animais de estimação desde os mais comuns como gatos e pássaros até os mais raros e exóticos.
Os laços entre humanos e animais possuem desde os primórdios da civilização um componente prático e utilitário que diz respeito por exemplo: ao aumento significativo da eficiência da caça com a ajuda dos cães quando, esta atividade era essencial para a sobrevivência. Há ainda o aspecto emocional, que adquiriu também grande importância na sociedade humana, devido ao fato de os animais poderem suprir a necessidade de afeto ou preencher espaços vazios na solidão do mundo urbano, cada vez mais individualista.
A presença dos animais de estimação tornou-se evidente em praticamente
todas as culturas e com significados tanto universais quanto particulares dependendo da época e local onde os encontramos.
Começaram os estudos científicos dos benefícios que eles proporcionam aos seres humanos. A partir disso, adquiriu-se maior conhecimento sobre a função dos animais de estimação tanto na família, quanto na socialização, bem como o seu significado em nossas vidas. E por fim, foram desenvolvidas diversas técnicas que utilizam os animais de estimação em terapias individuais e familiares, na tentativa de auxiliar na resolução de problemas emocionais,como a depressão por exemplo
Eles presenciaram toda evolução tecnológica, expressas principalmente na forma de manipulação do meio ambiente em função dos interesses humanos. Estão presentes desde os desenhos nas cavernas, feitos com pigmentos naturais com o objetivo de viabilizar magicamente a caça.
Podemos assim compreender os benefícios e bem-estar obtidos em sua companhia e porque as pessoas têm animais de estimação. Acompanhando a modernidade a relação com os animais de estimação também evoluiu, o que antes era uma relação de afetividade e utilidade passou a ser também relacionada ao status social e econômico, observamos isso através do crescimento no segmento de mercado destinado aos Pets, contando com uma inúmera diversidade de acessórios, brinquedos, guloseimas e mesmo roupas de luxo para os bichinhos. Essas necessidades são criadas pelo próprio ser humano num esforço de acentuar o processo de humanização em seus animais, desenvolvendo uma identificação entre o animal e seu dono.

Síntese Henry Giroux- Grupo





O autor sugere que a alfabetização poderia ser usada como empoderamento individual ou social, ou para a perpetuação de relações de repressão e dominação sociais. A linguagem da alfabetização é usada muitas vezes seguindo uma perspectiva funcional ligada aos interesses econômicos, formando trabalhadores para ocupações que exigem leitura “funcional” e habilidade de escrever, currículo este voltado ao mercado de trabalho, para que as empresas não precisem gastar tempo e dinheiro na formação dos trabalhadores.


Como perspectiva ideológica a alfabetização é legitimada pela escolaridade, sendo a escola o lugar para o desenvolvimento do caráter, a transmissão e o domínio de uma tradição ocidental única, baseada no trabalho, no respeito a família, as instituições e a nação, valorizando o que a cultura dominante quer.


Ambas perspectivas despojam o caráter emancipador da alfabetização, pois a utilizam como moeda cultural, que está fortemente ligada a uma concepção de déficit de aprendizagem, pois a escola distribui habilidades e conhecimentos de forma desigual entre os alunos oriundos da classe trabalhadora e de minorias, beneficiando os alunos da classe média, em prejuízo dos anteriormente citados. Aos educadores cabe apenas o papel de conhecer as histórias e experiências dos alunos, deixando de focalizar as relações entre conhecimento e poder que permeiam a sociedade, relacionando a alfabetização com a capacidade de ler e escrever, mas esquecendo do papel que exerce para uma reflexão política, ideológica e social.


Paulo Freire contribui significativamente com a educação apresentando uma nova proposta de alfabetização com a valorização da cultura de todas as etnias demonstrando a importância de cada pessoa no processo de construção de conhecimento de uma sociedade democrática. Freire revela a consciência política do ato educativo, apostando em uma educação para a transformação social e acreditando na importância da ação pedagógica para a emancipação humana, abrindo aos alunos uma perspectiva de conquista de seu espaço social, através da luta por seus direitos, auto-estima e dignidade, fazendo nascer um sujeito de aprendizagem, uma educação cítica e emancipadora, que promove reflexão sobre a cultura dominante que permeia as relações sociais, utilizando como ferramenta de partida a história de vida do aluno.A partir dessa reflexão o sujeito transforma as concepções que tem de si e do mundo.


O processo de alfabetização é consequência da leitura que o aluno faz do mundo, sendo o sujeito autor do próprio processo de aprendizagem , e não um mero espectador do que acontece, mas realizando novas construções a partir do que sabe, respeitando assim sua vivência individual e o contexto social em que está inserido. Esta educação libertadora do sujeito, baseada na criticidade será a principal agente de transformação social.


Ser alfabetizado é reivindicar sua própria voz. Como referente para a crítica, a alfabetização oferece precondição para a organização, a compreensão da natureza socialmente elaborada e para a avaliação de como o conhecimento, o poder e prática social, que podem ser moldados conjuntamente, tornando a tomada de decisões instrumentos para uma sociedade democrática, e não concessões aos que querem os ricos e poderosos. Ou seja, é preciso que a alfabetização de jovens e adultos considere as histórias de vida dos alunos, pois é a partir de suas experiências, comparando com as outras que lhes são contadas, construindo e reconstruindo outras possibilidades humanas, revendo seus espaços como cidadãos.


Pensar a alfabetização como forma de política cultural é defini-la sob o olhar freiriano, com uma leitura de mundo e da palavra. É analisar como ocorrem e se constroem as relações no interior da escola. É compreender que o conhecimento ocorre no momento em que professor e aluno se encontram em sala de aula, dando importância as próprias vidas e experiências.


A alfabetização política cultural exige repensar o currículo compreendendo-o como um instrumento que representa um conjunto de interesses que devem ser postos, examinados e debatidos criticamente e que permita que as diversas vozes escolares sejam ouvidas, confirmando e legitimando as experiências que dão sentido às próprias vidas.


Por fim, uma alfabetização crítica e de voz, exalta a pluralidade e tem sua força na comunidade humana e nas relações sociais. Os educadores críticos constroem suas próprias vozes examinando com cuidado os interesses sociais e políticos que a conduzem, são, portanto, educadores e também educandos. Tem em sala de aula condições para análise, identificação e problematização das diversas maneiras de ver o outro e o mundo e cultivam as diferenças e semelhanças.




Referência:


GIROUX, Henry. Alfabetização e a pedagogia do empowerment político. In: FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura da palavra, leitura do mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 1-27.



Filme Seu Nome é Jonas

O filme relata as dificuldades de Jonas em seu processo de inserção familiar e social, relacionadas ao fato de ser surdo num contexto que não compreende sua condição e não sabe o que fazer para promover sua inclusão. Sua família tenta torná-lo um garoto comum, que seja ouvinte, que jogue beisebol e compreenda o que é dito mesmo sem ouvir. Dessa forma, acabam por excluí-lo, negando-lhe a chance de desenvolver seus potenciais pelo auxílio da língua de sinais, promovendo uma compreensão o mundo à sua volta. Acabam por isolá-lo de situações sociais que facilitariam seu processo de inserção social na família, escola e demais instâncias de convivência, o que colaboraria para odesenvovimento de Jonas como sujeito, promovendo sua real cidadania.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Convivendo com as diferenças

Para que eu pudesse me comunicar com uma pessoa surda, buscaria aprender mais sobre a Língua Brasileira de Sinais, me apropriando da mesma, enfatizando a comunicação através de gestos, sinais, e revendo meu conceito de comunicação baseado apenas na fala, nos sons. Além disso, seria necessário conhecer os valores, as regras de comportamento e tradições da cultura surda, dessa forma tornando possível uma maior compreensão de suas especificidades, conhecer para promover a compreensão e o respeito às diferenças entre nossas realidades.


Meu segundo mapa conceitual individual


O mapa conceitual é uma ótima ferramenta de sintetização da aprendizagem ocorrida durante o processo de construção do PA, nele podemos visualizar e discutir nossas aprendizagens individuais e no grupo, esclarecendo a busca resolução das dúvidas e das certezas norteadoras do projeto.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Henry Giroux e o Empoderamento Individual

Nesse texto o autor nos remete a reflexão sobre a perspectiva da alfabetização como instrumentos de empoderamento individual, ou para a perpetuação da dominação e repressão sociais. Na sociedade atual a segunda perpectiva é a mais seguida, pois muitas vezes a alfabetização segue a linha funcional, servindo apenas aos interesses econômicos, na formação de trabalhadores"funcionais", para o mercado de trabalho. No caráter ideológico a alfabetização se dá apenas no contexto escolar, desenvolvendo o caráter, a transmissão de conhecimentos e valores culturais de obediência a uma ordem estabelecida pelas classes dominantes. Ambas perpectivas despojam a alfabetização de seu caráter emancipador, utilizando-a como moeda cultural, ligada a concepção da não aprendizagem dos alunos, distribuindo desigualmente os conhecimentos de acordo com a classe social dos sujeitos inseridos na escola e com essa atitude ajudando a perpetuar as desigualdades sociais. Dessa forma a alfabetização torna-se apenas o desenvolvimento da capacidade de ler e escrever por si só, destituindo-a do seu caráter de promotora de reflexão política, social e ideológica, capaz de transformar a vida de uma pessoa e a própria sociedade.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

MAPA CONCEITUAL

Através da construção do mapa conceitual do grupo foi possível responder a pergunta geradora "Por quê as pessoas têm animais de estimação" e descobrimos vários aspectos sociais, culturais, afetivos, econômicos que influenciam na escolha de possuir um animal de estimação.
Nosso mapa conceitual: