segunda-feira, 18 de maio de 2009

Psicologia Método Piagetiano

Um bom pesquisador precisa aprender a ouvir, a conhecer seu objeto de estudo e descobrindo como formula suas opiniões, hipóteses e na aplicação do método clínico pude observar isso na criança em estudo.

MÉTODO CLÍNICO
Roteiro para registro e análise das provas
1-Dados de Identificação:
Nome: Bia
Idade da criança: 7 anos e 3 meses
Série: 2º ano/1ª série
Data da prova: 28/4/2009
Duração: 20 minutos
Observador: Luciane Dutra
Prova: (qual prova foi utilizada?) Conservação da Massa.
2. Descrição do contexto da aplicação da prova (onde foi realizada a aplicação, condições do local, etc.):
A prova foi realizada em uma sala de aula tranquila, sem a presença de outros alunos, apenas o observador e a aluna Bia. Ela estava bem à vontade, pois sou professora dela na informática e ela é muito receptiva comigo.
3. Relato da aplicação da prova (dialogado):
Pedi a Bia que sentasse e disse que lhe faria umas perguntas sobre as bolinhas de massinha. Ela concordou e se mostrou bem participativa durante a prova, respondendo as perguntas e explicando seus pontos de vista, quando solicitada.
4. Análise:
4.1 - Quanto às condutas da criança
Impressões sobre as reações da criança frente à situação de prova (reações emocionais, reações de não-importismo, surgimento de crenças desencadeadas, espontâneas etc..);
A Bia mostrou-se bem calma e segura, olhou o tempo todo para o observador, quando ouvia e quando respondia as perguntas, em alguns momentos deu de ombros e dizia que não sabia dizer, então eu repetia a pergunta, mas isso só aconteceu em um momento: quando disse que havia mais massa na bolinha que tinha sido transformada em minhoca, que na outra que não havia sido.
Análise das condutas cognitivas apresentadas pela criança, relacionando-as com a teoria de Piaget, no que diz respeito aos estádios de desenvolvimento.
No caso respectivo, observei várias características cognitivas do estágio das
operações concretas, pois ela já realiza operações de pensamento, ao invés de ações, mostrando a capacidade de observar o todo, realizando colocações do tipo: as bolinhas são do mesmo tamanho, mas uma é mais pontuda, ou que a bolinha transformada em minhoca pode ser um pouco menor porque a massinha gruda na mão, respostas mais complexas. Percebe-se uma construção da reversibilidade (flexibilidade) do pensamento (realiza ações mentais limitadas pelo mundo real), com respostas baseadas na realidade. Quanto a conservação da massa, esse processo ainda está em fase de consolidação, pois no momento que transformei a minhoca novamente em bolinha, Bia disse que esta era maior do que a bolinha que não havia passado pela respectiva transformação, mostrando que alguns aspectos que envolvem medidas(comprimento, volume ou área), ainda não estão totalmente compreendidos por ela, ou seja, estão em construção.
Item I: Transformação da bolinha em salsicha
1. Igualdade inicial: Quando mostrei as duas bolinhas ela disse que tinham a mesma quantidade, só que uma era mais pontuda que a outra.
2. Transformação: Quando mostrei as duas bolinhas e transformei um dos pedaços em salsicha, ela respondeu que os dois tinham a mesma quantidade, porque era a mesma bolinha. Fiz então a transformação e perguntei se tinha a mesma quantidade, ela respondeu que sim, mas que poderia ter um pouquinho menos, porque a massinha gruda na mão. Perguntei: se grudou na mão ainda tem a mesma quantidade? Ela respondeu que sim, que era bem pouquinho, então não tinha feito diferença na quantidade de massa.
3. Retorno a igualdade inicial: Perguntei a Bia “O que acontecerá com a massa se fizermos novamente a bolinha, se terá ou não a mesma quantidade de massa?” Ela respondeu que sim, porque é a mesma bolinha.
Pergunta sobre a igualdade de quantidades: “Tem a mesma quantidade de massa nos dois pedaços, ou mais em algum deles?” Ela respondeu que tem mais massa na bolinha que foi transformada em minhoca.
Item II: Transformação da bolinha em bolacha
1. Igualdade inicial: Perguntei a ela: “Na bolinha que foi transformada em minhoca tem mais massa?” E ela confirmou o que havia dito anteriormente, que sim.
2. Transformação: Perguntei a ela se quando transformar um dos pedaços em bolacha, se algum tem mais ou a mesma coisa. Ela respondeu que tem a mesma coisa, porque não foi tirada massinha de nenhum. Fiz então a transformação e perguntei se era como imaginou e ela disse que sim. Perguntei então: “Tem a mesma quantidade de massa nos dois pedaços?” Ela respondeu tem a mesma quantidade, porque é a bolinha em forma de bolacha. Questionei “Então a bolacha é a mesma bolinha?” Ela disse sim.
3. Antecipação: Transformei a bolacha em bolinha novamente.
Item III: Divisão da bolinha em vários pedaços
1. Igualdade inicial: Perguntei se as bolinhas tinham a mesma quantidade de massa e ela respondeu que sim.
2. Transformação: Perguntei a ela se quando dividir um dos pedaços em vários terá a mesma coisa. Ela disse que não, porque tem pedaços menores e maiores. Após cortei uma das bolinhas em pedaços e perguntei se havia sido como imaginou e ela disse que sim. Perguntei “Tem a mesma quantidade nos dois pedaços ou não?” Ela respondeu que não, porque um está em partes e o outro inteiro. Perguntei “O que está em partes tem menos quantidade que o outro?” Ela confirmou.
3. Retorno à igualdade inicial: Perguntei o que acontecerá com a massa se fizermos novamente a bolinha, se teremos a mesma quantidade de massa. Ela respondeu que sim, porque seriam as mesmas bolinhas de antes. Fiz novamente a bolinha e perguntei “Tem a mesma quantidade de massa nos dois pedaços, ou mais em algum deles?” Ela disse que tinham a mesma quantidade, porque se havia grudado massinha na mão, agora pode ter voltado para a bolinha.
4.2Quanto às intervenções do experimentador:
- Destacar e analisar as intervenções do experimentador indicando o tipo de intervenção (exploração, justificativa, contra-argumentação etc..) e justificar a sua utilização no contexto da aplicação da prova;
- Destacar as intervenções que possam ter levado a criança à crença sugerida (intervenções que sugerem uma determinada resposta, indução);
-Comentar a sua própria atuação (competência na utilização do método clínico) tendo como base a seguinte citação:
“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades aparentemente incompatíveis: saber observar, deixar a criança falar, não desviar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa para controlar”. (PIAGET, J. A Representação do Mundo na Criança. Rio de Janeiro: Distribuidora Record, [s.d.].p. 11)
Realizei a prova, buscando que a Bia observasse o material de perto, olhando a massinha de vários ângulos, para a partir disso responder aos questionamentos feitos, pedindo sempre o porquê da sua opinião e contra-argumentando usando suas próprias respostas, isso se fez necessário pela própria formatação do teste.
Quando perguntei a ela novamente se a bolinha transformada em minhoca tinha mais massa que a bolinha que não havia sofrido essa transformação, de certa forma induzi-a a repensar essa possibilidade e nesse momento poderia ter mudado de ideia sobre a questão, mas ela manteve sua resposta.
Nesse sentido acho que fui uma boa experimentadora, pois deixei-a bem à vontade, num ambiente que lhe é conhecido, com uma professora que já lhe conhece. Ela respondia o que pensava aos meus questionamentos, e, quando não entendia a pergunta tentava reformulá-la, de forma mais clara, procurando não fazer uma pergunta que pudesse induzi-la a uma determinada resposta.

Seminário e PA Aprendendo a resumir

A capacidade de resumir, sintetizar é de suma importância para a realização do meu TC em 2009, neste sentido é preciso treinar e aperfeiçoar essa capacidade, que é o que fiz as atividades do Seminário e de PA

Resumo texto "Perguntas Inteligentes"

As discussões feitas sobre as teorias pedagógicas, metodologias e concepções sobre o processo de aprendizagem trouxeram novas discussões sobre as atividades pedagógicas e surge uma proposta metodológica para provocar uma mudança na escola: os Projetos de Aprendizagem.
Projeto de Aprendizagem é uma proposta de trabalho que nasce dos interesses e necessidades dos alunos buscando saciá-las de forma autônoma.
Através das situações de confronto e de um princípio de liberdade e interação os alunos constroem seus novos conhecimentos.
Aos professores especialistas, cabe mediar, acompanhar e desafiar os alunos para novos pontos de vista.
O professor mediador precisa deixar de ser o centro da atenção e razão das aprendizagens abrindo espaço à participação, favorecendo a autonomia mantendo vivos o interesse e a atenção dos alunos.
Essa mudança é complexa, pois vão mudar a base teórica dos educadores.
Ao mediador cabe abrir novos caminhos frente a questões desafiadoras que vão gerar novos conteúdos, que depois de explorados, possibilitam a construção de novos conhecimentos.
O encadeamento e sucessão de pergunta, resposta, nova hipótese, nova pergunta, dá coerência e unidade ao interrogatório cooperativo.
Os questionamentos mudam sua função em sala de aula e vão além de perguntas que buscam o que está na memória. Irão desestabilizar, provocar discussões, reflexões, análises e críticas, sendo isso essencial para a formação do cidadão.

Plano de aula etnias



Quando realizei o plano de aulas sobre etnias percebo o quanto é complexo realizar esse tipo de trabalho: organizar objetivos, atividades, que contemplem a reflexão sobre o racismo e as faces da discriminação, pois não se encontram muitas fontes de consulta, textos, idéias, livros. Quase sempre são as mesmas histórias, sem grandes novidades...


PROPOSTA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA





TEMÁTICA: Abordagem de expressões que denotam racismo e sua consequência sobre a propagação do preconceito racial entre as crianças e na sociedade em geral.

OBJETIVOS:
Sensibilizar as crianças, acerca das diferenças que compõem as diferentes etnias, utilizando como referência a cor do pelo das ovelhas;
Reconhecer atitudes e palavras utilizadas por nós que propagam preconceitos raciais, levando a discriminação;
Repensar estas atitudes e palavras, favorecendo a conscientização de que através delas construímos a realidade e a identidade de um povo;
Trabalhar a vivência de atitudes de união e solidariedade no grupo.

DESDOBRAMENTOS EM SALA DE AULA(atividades realizadas):
Contação da história “Ovelha negra, eu?;
Conversa sobre a história(questionamentos);
O que quer dizer a expressão “ovelha negra”?
Porque as ovelhas foram contar a Dorinha, a ovelha preta do rebanho que seu dono estava furioso com ela?
Como ela se sentiu ao saber que os humanos usam expressões como “ovelha negra”, entre outras, como designação de algo negativo, ruim?
As outras ovelhas foram solidarias com o desabafo de Dorinha. O que fizeram para ajudá-la?
Você concorda com a atitude das ovelhas em relação a Dorinha. Você já ajudou alguém que precisava de você?Como se sentiu?
Exploração do mosaico étnico-racial construído pela turma, relacionando com as diferentes cores dos pelos das ovelhas da história;
Construção de uma ovelha com pompom de lã;
Colocar um nome em sua ovelha e ser responsável por ela durante uma semana, levando-a junto para onde for;
Montar um diario onde escreverá tudo o que fez por ela durante esse tempo( dar comida, banho, cortar o pelo, como se fosse uma ovelha de verdade);
Leitura dos diarios e montagem de um painel com figuras, fotos, desenhos, mostrando atitudes de cuidado, respeito, solidariedade, amizade, dos seres. humanos uns para com os outros, bem como em sua relação com os animais.

CONCEITOS-CHAVE TRABALHADOS:
( diferenças físicas-preconceito racial-força das palavras-identidade cultural-preconceito velado-discriminação-solidariedade-união-amizade-reflexão-responsabilidade)
CONSIDERAÇÕES FINAIS ACERCA DO SIGNIFICADO DE PLANEJAR A REFERIDA AÇÃO EDUCATIVA:
Pensando sobre a referida atividade descobri que não é muito fácil planejar sobre qualquer assunto relacionado a preconceitos, primeiro porque é um exercício que como educadores pouco fazemos. Apenas neste semestre que temos a disciplina de etnias é que estou refletindo sobre o fato de que na minha profissional poucas vezes planejei aulas que discutissem sobre preconceito e a discriminação sejam eles étnicos, religiosos, culturais, entre outros.
Tive bastante dificuldade em encontrar material na minha escola e com colegas, para poder montar minha proposta didático-pedagógica, além disso não tinha certeza quanto à formulação dos objetivos e a organização das atividades, que precisavam estar em concordância.

BIBLIOGRAFIA

Era uma vez uma menina muito bonita: Uma prática pedagógica relacionada com a questão racial em uma turma de alfabetização. LEITE, Luciane Andréia Ribeiro
GREUNER, Liliane Silva. Ovelha negra, eu? Porto Alegre: Razão Bureau Editorial, 2007.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. PCNS: Apresentação dos temas transversais. Brasília, 1997.

Filosofia Repensando minha profissão

Toda vez que assistimos um filme sobre ser professor e os dilemas que enfrentamos nessa posição, nos remetemos a nossa realidade, pois muitas vezes fazemos apostas em pessoas e mais tarde acabamos por nos arrepender de tê-las feito. Mas em outros momentos vale muita à pena !

Comentário filme Clube do Imperador

Após o professor descobrir que o ex-aluno Sedgewick estava colando novamente na segunda competição, quando já é um adulto e vai ao bar à procura do ex-aluno Martin e este comenta que foi muito legal a competição e que achou que Sedgewick fosse ganhar.
O professor se encontra num dilema moral: “Contar ou não contar a verdade ao ex-aluno, que no passado negou-lhe o direito que era dele de participar da competição pelo título de Júlio César, sonho esse compartilhado pelo aluno e por sua família, pois seu pai havia conseguido aquele título, e por esse motivo havia uma foto sua no hall da fama da competição.”
O professor conta à verdade ao aluno, confessando sua injustiça para com ele no passado, mesmo sabendo que ele pode vir a odiá-lo e deixar de tê-lo como referência de professor e homem, com princípios morais e éticos, que guiaram toda sua vida acadêmica e pessoal e foram motivo de admiração por todos que foram seus alunos, guiando-lhe os passos em suas próprias vidas. Além disso, outros princípios morais envolveram sua decisão: o peso na consciência por ter cometido uma injustiça com um aluno que não merecia e perceber isso somente depois de passado tanto tempo, o compromisso com a verdade ainda que tardia, sendo responsável por seus atos, assumindo as consequências que deles advirem, a necessidade de corrigir uma injustiça do passado, mesmo que só para a pessoa envolvida e deixá-la decidir como agir, sentimento de dignidade frente à si mesmo e o outro, ética pessoal e principalmente coragem para assumir que errou, demonstrando acima de tudo que possuía nobreza de caráter.
Na minha opinião sua decisão foi moralmente correta, pois falar a verdade o deixou livre do sentimento de culpa que carregava por seu ato do passado, fazendo com que recuperasse os princípios e virtudes, que sempre foram marcas registradas em sua vida, além disso mostrou ao ex-aluno que não lhe deu o mérito que merecia e que queria reparar seu erro perante ele, mesmo sabendo que esse poderia não perdoá-lo.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mosaico étnico racial

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL-UFRGS/EAD
DISCIPLINA: QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS
PROFESSORA: HILDA JAQUELINE
ALUNA : LUCIANE DA SILVA DUTRA


Construção mosaico Étnico- racial e texto com as descobertas no processo


No Brasil, o desprezo por outras culturas fica camuflado por uma falsa idéia de igualdade. O preconceito surge quando a sociedade, os meios de comunicação e mesmo a escola defendem a idéia de que possuímos uma cultura uniforme, ao invés de reconhecer, valorizar e pesquisar a enorme variedade cultural brasileira, esquecendo a contribuição de todas as etnias que formam nossa identidade cultural.
Muitos dos materiais utilizados em propagandas na mídia, televisão, revistas, jornais, livros didáticos, reproduzem preconceitos e propostas discriminatórias: criança negra ilustra uma lição sobre transmissão de doenças; criança branca valoriza a higiene em propaganda de shampoo, explorando uma desigualdade social relacionada as etnias.
Trabalhar com os diferentes povos, etnias e culturas não é uma tarefa fácil, pois nesse processo descobrimos que os preconceitos estão introjetados nas crianças pequenas, adultos, velhos e que é uma realidade muito presente nas escolas e sociedades em geral. Como trabalho na informática me reuni com a colega Cleide, da turma 3A3, para realizarmos o mosaico em sala de aula, montando um painel e depois na informática. Descreverei o trabalho realizado na informática e o da sala de aula as fotos estão no final do trabalho. Num primeiro momento lemos a história “Menina Bonita do Laço de Fita”(existem poucos textos que falam sobre etnias, raças), muitos alunos gostaram da história, mas não podemos esquecer que carregam consigo suas próprias informações e valores culturais. Neste caso ouvimos frases do tipo: “ a menina não era muito bonita”; “como ela é preta!”; “o que um coelho tão branquinho e bonito viu na menina preta?”, “porque o coelho queria ser preto se a cor branca é mais bonita”, “os coelhinhos mais bonitos que nasceram eram amarelos e brancos”, porque ele queria ser preto?, entre outras colocações.
A partir desses questionamentos começamos a conversar e a observar os alunos que formam a turma, quais suas características físicas, cor dos olhos, tipos e cores dos cabelos, da pele e acabaram concluindo que todos são diferentes entre si e que essas características herdam de suas famílias, que tinham irmãos que puxaram ao pai e outros a mãe, mas que haviam pessoas que poderiam ser iguais, os gêmeos. Discutimos esse assunto e viram que mesmo os gêmeos não eram exatamente iguais, pois podiam ter tamanhos, vozes e jeitos de ser diferentes um do outro.
A partir dessas idéias sugeri que buscassem no GOOGLE imagens de pessoas diferentes entre si e as salvassem no computador. Após isso foram colando essas imagens no Paint, montando seus mosaicos com elas e com desenhos seus que retratassem as diferenças observadas por eles nas pessoas. O trabalho foi muito rico, embora houve uma certa dificuldade na escolha das imagens, pois a maioria priorizou a escolha de imagens de pessoas brancas e esqueceu totalmente dos negros, indígenas. Além disso muitos fizeram os trabalhos, mas acabaram não conseguindo terminá-lo.
Os mosaicos feitos no Paint:




Ádria e Diulieny





Ronan e Tiago




Diogo

Participação fórum estadios Piaget

Estagio pré-operacional:
A aluna “F”, de cinco anos, encontra-se no estagio pré-operacional, pois quando solicitada a colocar objetos em uma seqüência de tamanho, menor até o maior, o faz sem dificuldades. Mas quando solicitada que os coloque numa seqüência inversa, maior até o menor, não consegue, pois não é capaz de identificar relações de reciprocidade, nem de coordenar diferentes pontos de vista(irreversibilidade do pensamento).

Aluno \"X\", de seis anos, quando solicitado a agrupar quantidades iguais representadas por palitos com diferentes sementes coladas, sendo que num palito estão mais próximas e no outro mais afastadas entre si, agrupou palitos com diferentes quantidades, não apresentado a \"noção de conservação\", pois tudo que envolve medidas(comprimento, volume ou área), não está ao alcance de sua compreensão.

Reflexão sobre a questão idade e desenvolvimento intelectual:O que nos dirá se um sujeito se encontra em um ou outro período do desenvolvimento não será a sua idade, mas, ao contrário, será a sua relação com o objeto do conhecimento, será a sua maneira de pensar, refletida no modo como lida com os problemas da realidade, seja ela interna ou externa. Serão suas características cognitivas que nos mostrarão em que período de desenvolvimento se encontra, e não o inverso. A partir da idade, apenas, não podemos fazer afirmações definitivas sobre o seu nível de desenvolvimento.

Estadios desenvolvimento Piaget

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL-UFRGS/EAD
DISCIPLINA: PSICOLOGIA II
PROFESSORA: TANIA MARQUES
ALUNA : LUCIANE DA SILVA DUTRA

Estágios do Desenvolvimento

Os estagios do desenvolvimento e as médias de idade são as seguintes:

1) Sensório-motor- do nascimento até aproximadamente um ano e meio, dois anos;

Características desse estagio:
A partir dos primeiros reflexos(bagagem hereditária) com os quais a criança nasce(sugar o leite, por exemplo); a mesma constrói na interação com o meio novas e mais poderosas formas de lidar com o objeto(acomodação);
Inteligência sensório-motora, voltada à manipulação dos objetos, utilizando percepções e movimentos, organizados em “esquemas de ação”;
Ausência da função semiótica, ou seja, a criança não representa mentalmente os objetos.

2) Pré-operatório - de aproximadamente um ano e meio até por volta dos sete anos;

Características desse estagio:
Capacidade de representação da realidade com o desenvolvimento da inteligência sensório-motora, voltada a manipulação de objetos(prática);
Seu pensamento é marcado pela intuição, sendo estático e rígido, captando momentos sem juntá-los em um todo, sua percepção está imediatamente ligada à realidade e não a lógica,
Possui capacidade simbólica marcada pelo egocentrismo(relação com seu “Eu”);
Falta-lhe a irreversibilidade do pensamento(incapacidade de converter relações, fazendo uma série de raciocínios sobre um mesmo evento);
Apresenta um estado de desequilíbrio: há uma predominância de acomodações e não das assimilações.

3) Operatório-concreto - por volta dos sete até em torno dos doze anos;

Características desse estagio:

Construção da capacidade de reversibilidade do pensamento(realiza ações mentais limitadas pelo mundo real);
Capacidade de construir operações lógicas de classificação, seriação, conservação, entre outras;
Surgimento do jogo simbólico, onde a criança constrói a capacidade de representar a realidade, tornando-se possível à aquisição da linguagem;
Possui uma organização mental integrada, os sistemas de ação reúnem-se em todos integrados;
É capaz de ver a totalidade de diferentes ângulos.

4) Operatório-formal - desde cerca dos doze anos, perdurando pela vida adulta.

Características desse estagio:

Surgimento da inteligência operatorio-formal(relacionada não somente ao real mais a possibilidades);
Inicia os processos de pensamento hipotético-dedutivos, estabelecendo relações, raciocinando sobre enunciados, hipóteses e não mais somente sobre os objetos;
Desenvolvimento das operações de raciocínio abstrato;
A criança se libera inteiramente do objeto.

BIBLIOGRAFIA
PIAGET, Jean.Os estágios do desenvolvimento intelectual da criança e do adolescente. In:Problemas de Psicologia Genética. São Paulo, 1983. Coleção Os Pensadores.
_______O desenvolvimento mental da criança. In: Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1986.
BECKER, Fernando, Ensino e construção do conhecimento: O processo de abstração reflexionante. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Epistemologia genética e construção do conhecimento. Texto extraído de MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Do Egocentrismo à Descentração: a docência no ensino superior. Porto Alegre: UFRGS, 2005, Tese de doutorado