terça-feira, 27 de abril de 2010

Minhas aprendizagens pessoais

Cada momento em que estou desenvolvendo as propostas com os alunos percebo a singularidade de cada um, a maneira com que trabalham nas atividades em grupo, suas construções pessoais, as aprendizagens e habilidades que possuem, e que foram construídas no decorrer de sua passagem pela escola, nas suas relações familiares, em suas vivências culturais com a leitura, escrita, meios de comunicação, entre outros.
A partir dessa realidade busco como estagiária propor momentos de aprendizagem que contemplem a diversidade: leituras, diálogos, construções de textos individuais e coletivos, confecção de cartazes, painéis, pesquisas, desenhos, pinturas, leitura de imagens, construção de linhas de tempo do nascimento dos familiares dos alunos, das atividades diárias dos alunos, a confecção de árvore genealógica da família, buscando resgatar com isso a origem do aluno e sua identidade.
É preciso se aproximar da realidade do aluno, buscando elementos que possam auxiliá-lo no processo de ensino-aprendizagem.
"... ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando."

Atividade baseada no significado do nome do aluno:

Representação artística sobre o significado que pensa ter seu nome;
Representação após pesquisa do significado do nome.


Árvore genealógica da família


Referências:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Estágio : Repensando a avaliação

Sempre procurei avaliar os alunos e a mim mesma mesma: Até que ponto o assunto que estava desenvolvendo era importante para os alunos, que critérios usava para avaliar seu desempenho, eles sabiam desses critérios ou apenas eu tinha conhecimento deles? Entre outras questões...

Juntamente com essa nova concepção de educação voltada para a formação do cidadão surge a necessidade de uma avaliação que atenda vários aspectos:

Ajudar a criança a atender suas necessidades a partir da mudança da educação;
Contribuir para a tomada de consciência do aluno sobre o que já sabe e no que precisa melhorar;
Contemplar a diversidade presente entre os estudantes, que apresentam diferentes ritmos, facilidades e dificuldades;

Apesar da clara mudança do papel da escola no século XXI ainda ocorre em muitas escolas a avaliação como processo classificatório, onde o resultado serve para rotular os alunos em " bons" ,"ruins", "ótimos", entre outros, valorizando apenas a nota e não o aprendizado dos alunos, acabando por tirar a vontade de aprender do sujeito.

Como educadores precisamos estar atentos às construções realizadas pelos alunos, não avaliar os erros, mas o processo de construção da aprendizagem pela criança, processos estes que acontecem através de ações, transformações e estabelecimento de relações, pois, “conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo, aprendendo os mecanismos dessa transformação, vinculados com as ações transformadoras. Conhecer é, pois, assimilar o real às estruturas de transformações”.

Sobre esse prisma construtivista o sujeito assimila o mundo a estruturas previamente construídas e o erro ocorre em função do processo de abstração reflexionante, onde se relaciona com o objeto da aprendizagem, ações ou coordenações de ações. Durante o processo a criança pode selecionar uma informação a um dado momento de seu desenvolvimento, podendo ser errônea com relação à solução do problema, mas na verdade pertence a uma etapa necessária para chegar a esta posteriormente.


Referências:

BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.

INHELDER, BOVET e SINCAIR. Aprendizagem e estruturas do conhecimento. São Paulo: Saraiva, 1977.

PIAGET. Jean. Psicologia e pedagogia. 4ed. Rio de Janeiro: Forense, 1976.

HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada, Porto Alegre: Artmed, 2001.

VASCONCELOS, Celso. Avaliação: Superação da Lógica Classificatória e Excludente. São Paulo: Libertad, 1998.





terça-feira, 13 de abril de 2010

Estágio: Reflexão sobre o Planejamento

PLANEJAMENTO


Trabalho há quase quinze anos como educadora, mas todos os anos parece que pela primeira vez estou numa sala de aula, pois os alunos são diferentes, as expressões do rosto, o jeito de falar, as atitudes, a forma como lidam com os conhecimentos novos ou elaboram os que já possuem. Por esse motivo cada turma é única, singular e necessita de um planejamento que contemple suas especificidades. O planejamento precisa ser um exercício de reflexão constante tomando por base questionamentos orientadores, como vem sendo organizado o planejamento na escola? Para que se planeja? Para quem? Qual sua função? Que construção social ele permite?

Planejamento é elaborar - decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar - agir em conformidade com o que foi proposto e avaliar - revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados (Gandin, 1985, p.22).

Esse planejamento não está dissociado dos conteúdos culturais e sociais, por isso se faz necessária uma visão que contemple a interdisciplinariedade, ou seja, o currículo precisa estar organizado “a partir da ótica dos conteúdos culturais, ou seja, tentar ver que relações e agrupamentos de conteúdos podem ser feitos, por matérias, por blocos de conteúdos, por áreas de conhecimento e experiência,etc.” ( Santomé, 1996, p.61).

No planejamento ação e reflexão sobre a são movimentos indissociáveis, que acontecem paralelamente ao processo.


Referências:

RODRIGUES, Maria Bernadette Castro. Planejamento: em busca de caminhos. Planejamento em Destaque: análises menos convencionais. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2001. P. 59-65 e 72-73.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Estágio:reflexão e ação

O estágio é um momento de reflexão e ação, onde se faz necessário dialogar com a nossa prática como educador, a nossa realidade como aluno, os teóricos estudados no PEAD, a realidade dos alunos, buscando um embasamento para a ação.
Para pensar sobre as ações durante o estágio precisamos conhecer os alunos, o contexto social e cultural em que estão inseridos, pois dessa forma descobrimos como se relacionam com o conhecimento e a partir disso buscar alternativas motivadoras para que esse processo seja mais significativo para os alunos.
Numa sala de aula são muitos sujeitos, cada um deles sendo singular em relação a forma de ser, saber e de pensar, constituição esta baseada em suas experiências pessoais, sociais e culturais, que precisam ser consideradas num planejamento que respeite essa diversidade.
É muito importante pensar sobre o que será trabalhado como o aluno, observando a necessidade real do mesmo, incentivando a busca, a pesquisa, o processo de troca de ideias e experiências, onde professor e aluno aprendem e ensinam, construindo a aprendizagem.
Segundo Freire, “ensinar requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e rejeitar quaisquer formas de discriminação que separe as pessoas em raça, classes... É ter certeza de que faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la. Acima de tudo, ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando.”(p.66)

Referências:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.