sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Importância do Planejamento

As idéias da autora Maria Bernadette Castro Rodrigues, me remetem a uma reflexão de que o espaço escolar utiliza muito do tempo que dispõe com a burocratização, papéis, fichas, questionários e pouco tempo sobre a importância de um planejamento de qualidade, respeitando o contexto social dos alunos, faltando uma articulação dos conteúdos trabalhados, integrando-os com a realidade, e, dessa forma, atribuindo-lhes significado. A escola continua a desenvolver a aprendizagem de forma segmentada, sem a presença de um projeto abrangente, que atenda as necessidades reais dos alunos. A escola cabe o papel de repensar qual sua função na atual sociedade, seu principal objetivo, que ao meu ver é a cidadania.
Citando Miguel Arroyo(1994)"é preciso redescobrir o vínculo entre a sala de aula e a realidade social: conjugar o aprender a aprender com o aprender "a viver. Aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes, escolhendo procedimentos. Ensina-se pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação
desencadeada."

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Questão sobre o texto Modelos de Letramento e as Práticas de Alfabetização na Escola(Kleiman, 2006).

Por que a autora afirma que a escola sendo a mais importante agência de letramento, não se preocupa com o letramento social e sim apenas com um tipo de letramento, o escolar?

Porque o modelo de escola atual foi construído ao longo da história da sociedade, tendo como base valores étnicos, culturais, desconsiderando as potencialidades e inteligências pessoais, reproduzindo um status quo que enfatiza as desigualdades sociais. Na referida prática escolar baseada no modelo autônomo o processo de letramento e escrita só acontece no âmbito escolar, considerando a alfabetização apenas como aquisição de códigos(números, letras), mas esquece da mesma como prática promotora da inserção social. Enfatizando esse aspecto, esquece que o significado da linguagem escrita ou oral é repleta de significado no contexto onde foi desenvolvida, apresentando características do grupo social ou povo, negando a linguagem como resultado de nossas experiências e práticas sociais.


Reflexões sobre o Parecer CEB 11/2000

Na atividade sobre o EJA percebi que essa modalidade de ensino está voltada para as necessidades de aprendizagens de jovens e adultos, valorizando sua realidade, seus hábitos,atitudes, formas de organização do conhecimento. O EJA possui várias funções: Reparadora, no sentido de respeitar o direito que todos possuem a uma escola de qualidade, cujo currículo esteja voltado para a inserção social destes sujeitos na sociedade; função de suprimento, buscando a alfabetização como conhecimento básico necessário para o pleno desenvolvimento da cidadania; equalizadora, buscando a inclusão de sujeitos que não tiveram acesso a escolaridade por evasão, repetência, acessibilidade, promovendo inserção social e no mercado de trabalho e qualificadora, com o objetivo de educar para a transformação da sociedade, baseando-se na diversidade, na igualdade, valorizando as experiências sociais trazidas pelos alunos.
Respeitando as especificidades do EJA se faz necessário que os docentes que trabalham nessa modalidade tenham uma formação qualificada para trabalhar com um aluno que precisa de motivação constante para não evadir, buscando métodos, conteúdos e projetos que atendam as necessidades reais destes jovens e adultos, desenvolvendo sua autonomia como ser humano que compreende e transforma sua realidade social através da educação e do conhecimento.

Resposta a questão da tutora Margarete

Refletir e argumentar são elementos fundamentais de um bom pesquisador, tua reflexão demostra o "apetite" que tu manifestas, por saberes importantes para qualificar tua prática e expressar teu encantamento pela Educação!Parabéns!Fica aqui minha curiosidade pra instigar mais um pouquinho teu desejo de aprender: como tua contribuição pode ampliar o que estamos estudando?


Minha contribuição reflete diretamente sobre a necessidade de construção de um novo currículo e uma escola que contemple a diversidade de seres inseridos neste contexto, pois cada pessoa é resultado de suas vivências e o respeito e ética frente à essa realidade é crucial para que a escola se torne um verdadeiro espaço de inclusão social, ajudando na transformação da sociedade pelo sujeito formado na mesma.

Resposta a questão da tutora Glaucia

Em sua postagem, você menciona um aspecto fundamental da concepção de linguagem: ela não é única, cabendo, inclusive, falarmos em múltiplas linguagens que devem (ou naturalmente são) dominadas pelos sujeitos. Fica a questão, como a escola deve lidar com isto?


A escola precisa aprender a lidar com essa diferença, procurando se adequar a linguagem utilizada pelos alunos para que dessa forma possam melhor compreender os objetivos dos trabalhos propostos nesse ambiente. Muitas vezes os professores pensam que estão se fazendo entender pelos alunos, mas o que parece claro para nós pode não estar sendo dessa maneira para eles. Essa falta de compreensão afeta diretamente na qualidade do processo de aprendizagem na escola.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Reflexão texto Leitura , escrita e Oralidade como Artefatos Culturais

No referido texto é levantado o seguinte questionamento: Fala-se/escreve-se /lê-se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrer em relação a fala e a escrita

Sobre essa questão pude refletir sobre a não existência de uma linguagem única, pois a mesma está ligada a questões socioculturais, cuja marca principal é a multiplicidade de realidades, que diferem umas das outras em sua constituição. Essas variedades influenciam na fala, na escrita, na leitura. Não utilizamos as linguagens sempre da mesma forma, pois seu contexto de uso é diferente, sofrendo mudanças pela ação do lugar onde falamos, o assunto a ser explorado, estes aspectos interferindo no que vamos dizer e nas estratégias de como fazê-lo.
Portanto tanto a escrita quanto a fala mudam de acordo com a necessidade que as situações de comunicação impõe à elas.

Como possuir animais de estimação pode gerar status social


As referidas reportagens versam sobre o aumento do segmento do mercado direcionado aos Pets, que dispõe desde brinquedos , acessórios, até mais recentemente contando inclusive com eventos como desfiles, destinados a mostra de coleções de moda luxuosas para os donos dos animais de estimação, fomentando o desenvolvimento deste setor, evidenciando cada vez mais que as pessoas possuem animais de estimação pelo status social que tê-los conferem aos seus donos, que consomem toda a sorte de produtos disponíveis para satisfazer seus próprios desejos ou será dos bichinhos?
Achei bem interessante o gráfico sobre os gastos referentes aos PETS:


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Refletindo sobre Comênio


Li e observei o material produzido por Comênio, a página de seu livro “Orbis Sensualium Pictus”(o mundo desenhado), e pude perceber que há uma grande semelhança entre o mesmo e os livros utilizados para a alfabetização das crianças: a presença de imagens, palavras, frases, buscando explorar e atribuir significado a essas representações, como auxiliadoras do processo de aprendizagem dos alunos. Muitas escolas da atualidade possuem uma concepção de pedagogia defendida por Comênio, utilizando processos, estratégias, referidos pelo autor em sua obra, entre eles uma educação voltada para os interesses e necessidades dos alunos, respeitando suas vivências e contexto social; o professor não sendo o detentor do saber, mas um mediador do processo de aprendizagem, incentivando a cooperação entre o grupo de alunos; a variação dos tipos de atividades, promovendo momentos de descontração, colaborando desta forma com o processo de construção de uma auto-estima, influenciado positivamente sua aprendizagem, enfatizando a necessidade de uma relação de ética e respeito entre aluno e professor. Essa aprendizagem foi muito significativa, pois pude refletir sobre a forma como concebemos e utilizamos os livros didáticos e como os mesmos podem influenciar na qualidade da educação da minha escola, atribuindo significados a imagens, palavras, que muitas vezes não fazem parte do contexto dos alunos, reproduzindo conceitos que promovam uma desigualdade social. Mas ao mesmo tempo a obra de Comênio é contemporânea no sentido de valorizar a realidade do aluno e usá-la como embasamento para o desenvolvimento do processo de construção de aprendizagem do mesmo, respeitando sua individualidade.


Frases de Comênio:

“Deve-se começar a formação muito cedo, pois não se deve passar a vida a aprender, mas a fazer”

“Age idiotamente aquele que pretende ensinar aos alunos não quanto eles podem aprender, mas quanto ele próprio deseja”

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Reflexão sobre o texto Menininho

Ler o texto "O menininho" foi significativo porque me fez pensar em como me constituí como pessoa, que muitas coisas que reproduzo em minha vida pessoal, profissional, como aluna, sofreu influência dos professores que tive e da maneira particular com que cada um lidava com o processo de aprendizagem, desta forma as atividades que desenvolvo com meus alunos são frutos dessa trajetória. Também meus pensamentos. ideias e valores foram ensinados nas minhas relações familiares, portanto sou também o resultado de minhas experiências em todas as esferas sociais e não se pode dissociar o ser humano do que o constitui.

Citando alguns autores que refletem sobre como nos constituímos professores, alunos, seres humanos:

“Prefiro pensar que o aprendizado vem dos primeiros contatos e vivências dos mestres que por longos anos tivemos, desde o maternal. As lembranças dos mestres que tivemos podem ter sido nosso primeiro aprendizado como professores. Suas imagens nos acompanham como as primeiras aprendizagens. (...) Repetimos traços de nossos mestres que, por sua vez, já repetiam traços de outros mestres. Esta especificidade do processo de nossa socialização profissional nos leva a pensar em algumas marcas que carregamos. São marcas permanentes e novas, ou marcas permanentes que se renovam, que se repetem, se atualizam ou superam”. (Miguel Arroyo, Ofício de Mestre, 2002, p. 124)

"O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros (...) O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência (Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, p. 66).