sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Refletindo sobre Comênio


Li e observei o material produzido por Comênio, a página de seu livro “Orbis Sensualium Pictus”(o mundo desenhado), e pude perceber que há uma grande semelhança entre o mesmo e os livros utilizados para a alfabetização das crianças: a presença de imagens, palavras, frases, buscando explorar e atribuir significado a essas representações, como auxiliadoras do processo de aprendizagem dos alunos. Muitas escolas da atualidade possuem uma concepção de pedagogia defendida por Comênio, utilizando processos, estratégias, referidos pelo autor em sua obra, entre eles uma educação voltada para os interesses e necessidades dos alunos, respeitando suas vivências e contexto social; o professor não sendo o detentor do saber, mas um mediador do processo de aprendizagem, incentivando a cooperação entre o grupo de alunos; a variação dos tipos de atividades, promovendo momentos de descontração, colaborando desta forma com o processo de construção de uma auto-estima, influenciado positivamente sua aprendizagem, enfatizando a necessidade de uma relação de ética e respeito entre aluno e professor. Essa aprendizagem foi muito significativa, pois pude refletir sobre a forma como concebemos e utilizamos os livros didáticos e como os mesmos podem influenciar na qualidade da educação da minha escola, atribuindo significados a imagens, palavras, que muitas vezes não fazem parte do contexto dos alunos, reproduzindo conceitos que promovam uma desigualdade social. Mas ao mesmo tempo a obra de Comênio é contemporânea no sentido de valorizar a realidade do aluno e usá-la como embasamento para o desenvolvimento do processo de construção de aprendizagem do mesmo, respeitando sua individualidade.


Frases de Comênio:

“Deve-se começar a formação muito cedo, pois não se deve passar a vida a aprender, mas a fazer”

“Age idiotamente aquele que pretende ensinar aos alunos não quanto eles podem aprender, mas quanto ele próprio deseja”

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