terça-feira, 17 de novembro de 2009

Planejando uma aula

Planejamento baseado no livro abaixo:




A realização da atividade "Planejamento de Aula", apesar de ser algo relacionado com a minha profissão, mostrou ser um desafio para mim, pois mesmo já tendo realizado inúmeros planos de aula, faz algum tempo que não planejo um em que precisa constar todas as etapas de planejamento que foram propostas nesta atividade: temática, justificativa da mesma, o roteiro da atividades: leitura, produção textual, jogo e sistematização, cada uma contendo objetivo, organização da turma e materiais e desenvolvimento. Como educadores temos prática, mas também dificuldades em organizar um planejamento escrito, que contemple as necessidades dos alunos, abrangendo vários aspectos linguísticos seja na oralidade ou na escrita, que contribuam verdadeiramente para o processo de alfabetização e letramento dos alunos, promovendo contato com várias formas de linguagem, percebendo a utilização das mesmas nas diversas situações de comunicação sociais que se apresentam em nossa vida, auxiliando na formação do sujeito.
Planejar nunca é uma tarefa fácil, pois é preciso considerar e respeitar a realidade dos alunos, que é muito diferente da minha enquanto professora.

REFERÊNCIAS

ROTH, Otávio. Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz. São Paulo: Ática. 1994.
TRINDADE, Iole Maria Faviero. Não há como alfabetizar sem método.
Power Point: Alfabetizações e alfabetismos/ letramentos.
ZEN, Maria Isabel Dalla; TRINDADE, lole Faviero.Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais, 2002.

A EJA

A interdisciplina de EJA e a de Didática dialogam no sentido de promover a alfabetização de jovens e edultos a partir da realidade dos mesmos. Paulo Freire quando utilizava temas geradores com seus alunos, buscava aproximar a linguagem da escola com a da usada pelos sujeitos nela inseridos, construindo novas aprendizagens a partir de seu vocabulário, e o educador nesse processo, conhece a bagagem cultural que constitui o mesmo, criando um espaço educativo com mais significado, pois valoriza a realidade do aluno e seu contexto social, cultural.
A EJA também fala sobre a necessidade de construi um espaço educativo que respeite e valorize a realidade do aluno, sua linguagem e pensamento, a pluralidade cultural, aspectos que foram constituidos nas relações sociais desse sujeito com o mundo a sua volta. Para isso, a escola precisa repensar seu currículo, o papel do educador não como transmissor de conhecimento, mas facilitador do processo de aprendizagem, que é do aluno e não seu, buscando estratégias diferenciadas, motivadoras dessa busca pelo conhecimento escolar, cultural e social.


REFERÊNCIAS
Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência. Nova Escola: Grandes Pensadores, São Paulo, Edição 22, p. 70-73, mês jul. 2008.
FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.
“A construção da leitura e da escrita do adulto na perspectiva freireana”(filme). Produzido durante o curso “Alfabetizando jovens e adultos”, SENAC-SP, Assessoria Instituto Paulo Freire”. 1999-2001. DVD ( 52min.)
BETTO, Frei. Paulo Freire: a leitura do mundo. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf>. Acesso em 26/10/2009.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n.12, p. 59-73 Set./Out./Nov./Dez. 1999. Disponível em: <http://pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/eja/jovens_e_adultos_como_sujeitos_do_conhecimento_e_aprendizagem.pdf> Acesso em :26 out. 2009.
COMERLATO, Denise Maria. Escrita, representações e cognição. Educação e Realidade, 29 (2), 1143-161, jul./dez. 2004. Disponível em: <http://pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/eja/escrita_representacoes_graficas_e_cognicao_Denise_e_Comerlato.pdf> Acesso em: 26 out. 2009.

LIBRAS na Educação

A referida atividade de LIBRAS, me fez repensar sobre a necessidade de uma escola que seja realmente inclusiva, mas aí encontramos um dilema: Até que ponto a escola regular promove a inclusão de crianças com síndromes, deficiência mental, física, ou a própria surdez?
Na própria disciplina de Libras estudamos que uma parte dos especialistas defende que as crianças surdas precisam participar desde pequenas da escola regular, outros entretanto defendem que essas crianças precisam estar em uma escola que conheça a cultura surda e a partir disso respeite suas especificidades linguísticas e de identidade, tornando esse espaço educativo mais amplo, com experiências sociais mais qualificadas e significativas para esses alunos, que contribuirão para sua inserção social na família, escola, instituições e mercado de trabalho.
Na interdisciplina de Linguagem trabalhamos sobre a importância de se considerar as variedades linguísticas que observamos em nossos alunos, seja na oralidade e na escrita, desestabilizando a idéia de uma língua padrão, como se essa não sofresse alterações socioculturais, mas defendendo a postura de inclusão de surdos na escola regular é uma atitude que valoriza e respeita sua cultura, buscando combater o preconceito social de forma efetiva, ou apenas serve como discurso para dizer que somos todos iguais e fechar as instituições de educação específica para eles?
A referida questão propõe uma reflexão sobre o meu espaço de trabalho, de que maneira acontece o processo de inclusão de uma criança na escola? Observo todos os anos crianças que são de inclusão, e que estão perdidas dentro da escola regular, não participam da atividades, a escola não se adapta à ela, os educadores não percebem a necessidade de adaptar o currículo para esses alunos, desde as tarefas propostas, até uma avaliação diferenciada que realmente contemple e valorize o que aprendeu, seu desenvolvimento, ao invés de avaliar o que não sabe.
Referências
LANE, Harlan. A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada. Lisboa: Instituto Piaget, 1992.
Adaptado: PERLIN, Gládis; STROBEL, Karin. Fundamentos da Educação de Surdos, 2008. Disponível em:< http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/libras/unidade3/unidade3.htm
>. Acesso em: 07 nov. 2009.
ZEN, Maria Isabel Dalla; TRINDADE, lole Faviero.Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais, 2002.

Temas geradores de Freire e Pedagogia de Projetos

Com a utilização dos temas geradores na prática pedagógica é proposta a valorização da cultura construída pelo aluno como ser social, pois a partir de palavras-chave que provém de seu vocabulário e de situações do cotidiano que permeiam suas relações sociais, de trabalho, na comunidade, entre outras, e, sendo trazidas por esse sujeito, estarão carregadas de significado. Num primeiro momento o educador descobre o que o aluno conhece e o mesmo traz sua cultura de mundo para dentro da escola. Da mesma maneira os Projetos de Aprendizagem desenvolvidos por nós também partem do conhecimento que possuímos, desencadeando a partir disso o processo de elaboração de aprendizagens prévias e a construção de novas.
Tanto a utilização dos Temas Geradores proposta por Freire, quanto a Pedagogia de Projetos, promovem a troca nas relações sociais, a exploração e discussão de diferentes temas, onde cada sujeito expõe uma leitura de mundo diferenciada, apresentando culturas paralelas distintas, mas que se complementam na vida social, acabam por promover a inserção da linguagem no contexto real do aluno, ajudando no seu processo de construção de uma visão crítica da realidade, problematizando-a, dessa forma promovendo a ação e transformação, tornando o sujeito consciente desse processo, e, contribuindo efetivamente para seu processo individual e coletivo de leitura de mundo, principal função da educação, segundo Paulo Freire(1968).
REFERÊNCIAS
Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência. Nova Escola: Grandes Pensadores, São Paulo, Edição 22, p. 70-73, mês jul. 2008.
FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.
“A construção da leitura e da escrita do adulto na perspectiva freireana”(filme). Produzido durante o curso “Alfabetizando jovens e adultos”, SENAC-SP, Assessoria Instituto Paulo Freire”. 1999-2001. DVD ( 52min.)
BETTO, Frei. Paulo Freire: a leitura do mundo. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf>. Acesso em 26/10/2009.
HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. Porto Alegre: Artmed, 1998.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Refletindo sobre a importância dos PAs


O trabalho com o PA foi muito importante para construção de novas aprendizagens, pois através do mesmo fiz novas descobertas a partir de um questionamento que era do meu interesse e do meu grupo “Por quê as pessoas têm animais de estimação?” Essa questão é fundamental, pois é ela que determina a atividade mental em certa direção. Só buscamos respostas, quando temos uma pergunta, surgindo a necessidade de encontrar uma resposta. “É a natureza da questão que levantamos que determina o que precisamos buscar, o que investigar. ( MAGDALENA e COSTA, 2003). O movimento investigativo tem como ponto de partida o conhecimento prévio do aluno. Desde a questão inicial, o diagnóstico das certezas provisórias e dúvidas temporárias, o plano de ação que organizou e norteou toda a busca e construção de novas aprendizagens, o debate promovido no decorre do processo e a própria síntese feita através da utilização de mapas conceituais, foram ferramentas fundamentais para a construção do projeto.Toda essa construção pessoal baseada nos meus interesses me levou a refletir sobre a necessidade de utilização dos projetos de aprendizagem na escola, trabalhando com temas que partam dos interesse dos alunos, respeitando suas especificidades de criança, adolescente ou mesmo um adulto que frequenta o EJA, o professor como facilitador do processo de construção de aprendizagem que é movido pelo próprio aluno, e o conhecimento provindo desse repleto de significado.

Referências:

COSTA, Iris Elisabeth Tempel; Magdalena, Beatriz Corso. Revisitando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de web 2.0. Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS). Faculdade de Educação. Porto Alegre, RS.


OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n.12, p. 59-73 Set./Out./Nov./Dez. 1999. Disponível em: <http://pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/eja/jovens_e_adultos_como_sujeitos_do_conhecimento_e_aprendizagem.pdf> Acesso em :26 out. 2009.










Pedagogia de Projetos


O trabalho com a Pedagogia de Projetos é muito importante, porque parte da realidade do aluno e do conhecimento que já construiu seja ele social ou escolar. Em seu processo de busca de informações, que pode ser individual ou em grupo, construirão novas relações e aprendizagens, desenvolvidas em um currículo que perde o caráter conteudista, mas ganha em qualidade, o aluno tornando-se consciente sobre o que quer aprender e as necessidades dessa aprendizagem para a sua vida. Percebo que essa forma de trabalho é um desafio para nós educadores e para o contexto escolar, pois apresenta maior flexibilidade quanto a prazos e seqüência de conteúdos; a reflexão e mudança do papel do professor que se torna facilitador da aprendizagem e do aluno que não é um mero espectador, mas participativo em todas as etapas do projeto; a construção de projetos que tenham significado para os alunos, onde conteúdos e áreas de conhecimento atendam suas necessidades, dessa forma criando um clima de envolvimento, cooperação, solidariedade, permitindo dessa forma o interesse do grupo pelo assunto trabalhado e a autonomia nessa construção. Já trabalhei dessa forma com meus alunos, mas não é fácil, visto que é importantíssima a participação não só do aluno, como também de sua família no processo do PA.

Referências:

HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Filme 1: Vamos passear na Vassoura da Bruxa Onilda? – 12 min. – 1998

Filme 2: Possibilidades! ao meu redor – 13 min. - 2003




terça-feira, 3 de novembro de 2009

Diálogo em libras

Esta atividade apesar de parecer simples, apresentou um grau de dificuldade muito grande para a dupla. Conseguimos compreender alguns sinais, mas outros não conseguíamos acompanhar os gestos feitos pelas atrizes e perceber o que significava. É muito difícil para quem é ouvinte aprender libras e compreender o universo da cultura surda. Para que isso aconteça se faz necessária uma aproximação, uma vivência, buscando uma maior compreensão. A linguagem das pessoas é algo muito característico dela, muito peculiar, vemos essa diferença presente quando trabalhamos libras, didática, no módulo sobre Paulo Freire, no próprio PA, quando observamos a forma com que cada componente do grupo expressa oralmente ou escreve um texto. A mesma situação acontece em sala de aula com nossos alunos, que são diferentes em vários aspectos, atitudes, linguagem, aprendizagem, entre outros.

Filme:"O menino selvagem"



A importância de assistir um filme como esse é justamente estudar os preconceitos que permeiam a sociedade no decorrer das épocas a respeito dos surdos, principalmente a caracterização da surdez relacionada à deficiência de intelecto, que hoje em dia sabemos ser errônea, mas que na sociedade retratada do filme, seja científica ou leiga, esse pensamento era a realidade. Acho muito séria a questão de exploração do ser humano abordada pelo filme, a ética ligada a profissão médica, que pelo visto já estava faltando, já que observamos que o menino se tornou apenas um objeto de pesquisa, mesmo para o seu maior defensor, Itard. Penso que a educação não é um treinamento do ser humano, mas um desenvolvimento da aprendizagem permeado pelo respeito, pela boa convivência, pela afetividade. A prendi com o filme que o ser humano precisa tratar o outro com muito respeito e não como um cobaia de laboratório. Nós como alunos e educadores, pessoas, precisamos ter essa questão bem clara na nossa mente e pensarmos bastante antes de agir ou falar algo que possa desrespeitar nossos colegas, alunos e demais pessoas de convívio.