quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Respondendo à tutora Margarete

"No planejamento é preciso respeitar a realidade dos alunos, que é muito diferente da minha enquanto professora."Quais são essas diferenças?

Primeiramente é preciso considerar a faixa etária e os interesses dos alunos, pois às vezes enquanto professora posso realizar um planejamento que foge aos interesses dos alunos, mas contemple os meus, utilizando uma linguagem e propostas de trabalho inadequadas aos mesmos. Trabalho algo que penso ser interessante, mas está fora do contexto do aluno, gerando incompreensão e nenhuma motivação pelo mesmo em realizar a atividade, discutir o tema, construir um trabalho em grupo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Planejando uma aula

Planejamento baseado no livro abaixo:




A realização da atividade "Planejamento de Aula", apesar de ser algo relacionado com a minha profissão, mostrou ser um desafio para mim, pois mesmo já tendo realizado inúmeros planos de aula, faz algum tempo que não planejo um em que precisa constar todas as etapas de planejamento que foram propostas nesta atividade: temática, justificativa da mesma, o roteiro da atividades: leitura, produção textual, jogo e sistematização, cada uma contendo objetivo, organização da turma e materiais e desenvolvimento. Como educadores temos prática, mas também dificuldades em organizar um planejamento escrito, que contemple as necessidades dos alunos, abrangendo vários aspectos linguísticos seja na oralidade ou na escrita, que contribuam verdadeiramente para o processo de alfabetização e letramento dos alunos, promovendo contato com várias formas de linguagem, percebendo a utilização das mesmas nas diversas situações de comunicação sociais que se apresentam em nossa vida, auxiliando na formação do sujeito.
Planejar nunca é uma tarefa fácil, pois é preciso considerar e respeitar a realidade dos alunos, que é muito diferente da minha enquanto professora.

REFERÊNCIAS

ROTH, Otávio. Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz. São Paulo: Ática. 1994.
TRINDADE, Iole Maria Faviero. Não há como alfabetizar sem método.
Power Point: Alfabetizações e alfabetismos/ letramentos.
ZEN, Maria Isabel Dalla; TRINDADE, lole Faviero.Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais, 2002.

A EJA

A interdisciplina de EJA e a de Didática dialogam no sentido de promover a alfabetização de jovens e edultos a partir da realidade dos mesmos. Paulo Freire quando utilizava temas geradores com seus alunos, buscava aproximar a linguagem da escola com a da usada pelos sujeitos nela inseridos, construindo novas aprendizagens a partir de seu vocabulário, e o educador nesse processo, conhece a bagagem cultural que constitui o mesmo, criando um espaço educativo com mais significado, pois valoriza a realidade do aluno e seu contexto social, cultural.
A EJA também fala sobre a necessidade de construi um espaço educativo que respeite e valorize a realidade do aluno, sua linguagem e pensamento, a pluralidade cultural, aspectos que foram constituidos nas relações sociais desse sujeito com o mundo a sua volta. Para isso, a escola precisa repensar seu currículo, o papel do educador não como transmissor de conhecimento, mas facilitador do processo de aprendizagem, que é do aluno e não seu, buscando estratégias diferenciadas, motivadoras dessa busca pelo conhecimento escolar, cultural e social.


REFERÊNCIAS
Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência. Nova Escola: Grandes Pensadores, São Paulo, Edição 22, p. 70-73, mês jul. 2008.
FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.
“A construção da leitura e da escrita do adulto na perspectiva freireana”(filme). Produzido durante o curso “Alfabetizando jovens e adultos”, SENAC-SP, Assessoria Instituto Paulo Freire”. 1999-2001. DVD ( 52min.)
BETTO, Frei. Paulo Freire: a leitura do mundo. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf>. Acesso em 26/10/2009.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n.12, p. 59-73 Set./Out./Nov./Dez. 1999. Disponível em: <http://pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/eja/jovens_e_adultos_como_sujeitos_do_conhecimento_e_aprendizagem.pdf> Acesso em :26 out. 2009.
COMERLATO, Denise Maria. Escrita, representações e cognição. Educação e Realidade, 29 (2), 1143-161, jul./dez. 2004. Disponível em: <http://pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/eja/escrita_representacoes_graficas_e_cognicao_Denise_e_Comerlato.pdf> Acesso em: 26 out. 2009.

LIBRAS na Educação

A referida atividade de LIBRAS, me fez repensar sobre a necessidade de uma escola que seja realmente inclusiva, mas aí encontramos um dilema: Até que ponto a escola regular promove a inclusão de crianças com síndromes, deficiência mental, física, ou a própria surdez?
Na própria disciplina de Libras estudamos que uma parte dos especialistas defende que as crianças surdas precisam participar desde pequenas da escola regular, outros entretanto defendem que essas crianças precisam estar em uma escola que conheça a cultura surda e a partir disso respeite suas especificidades linguísticas e de identidade, tornando esse espaço educativo mais amplo, com experiências sociais mais qualificadas e significativas para esses alunos, que contribuirão para sua inserção social na família, escola, instituições e mercado de trabalho.
Na interdisciplina de Linguagem trabalhamos sobre a importância de se considerar as variedades linguísticas que observamos em nossos alunos, seja na oralidade e na escrita, desestabilizando a idéia de uma língua padrão, como se essa não sofresse alterações socioculturais, mas defendendo a postura de inclusão de surdos na escola regular é uma atitude que valoriza e respeita sua cultura, buscando combater o preconceito social de forma efetiva, ou apenas serve como discurso para dizer que somos todos iguais e fechar as instituições de educação específica para eles?
A referida questão propõe uma reflexão sobre o meu espaço de trabalho, de que maneira acontece o processo de inclusão de uma criança na escola? Observo todos os anos crianças que são de inclusão, e que estão perdidas dentro da escola regular, não participam da atividades, a escola não se adapta à ela, os educadores não percebem a necessidade de adaptar o currículo para esses alunos, desde as tarefas propostas, até uma avaliação diferenciada que realmente contemple e valorize o que aprendeu, seu desenvolvimento, ao invés de avaliar o que não sabe.
Referências
LANE, Harlan. A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada. Lisboa: Instituto Piaget, 1992.
Adaptado: PERLIN, Gládis; STROBEL, Karin. Fundamentos da Educação de Surdos, 2008. Disponível em:< http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/libras/unidade3/unidade3.htm
>. Acesso em: 07 nov. 2009.
ZEN, Maria Isabel Dalla; TRINDADE, lole Faviero.Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais, 2002.

Temas geradores de Freire e Pedagogia de Projetos

Com a utilização dos temas geradores na prática pedagógica é proposta a valorização da cultura construída pelo aluno como ser social, pois a partir de palavras-chave que provém de seu vocabulário e de situações do cotidiano que permeiam suas relações sociais, de trabalho, na comunidade, entre outras, e, sendo trazidas por esse sujeito, estarão carregadas de significado. Num primeiro momento o educador descobre o que o aluno conhece e o mesmo traz sua cultura de mundo para dentro da escola. Da mesma maneira os Projetos de Aprendizagem desenvolvidos por nós também partem do conhecimento que possuímos, desencadeando a partir disso o processo de elaboração de aprendizagens prévias e a construção de novas.
Tanto a utilização dos Temas Geradores proposta por Freire, quanto a Pedagogia de Projetos, promovem a troca nas relações sociais, a exploração e discussão de diferentes temas, onde cada sujeito expõe uma leitura de mundo diferenciada, apresentando culturas paralelas distintas, mas que se complementam na vida social, acabam por promover a inserção da linguagem no contexto real do aluno, ajudando no seu processo de construção de uma visão crítica da realidade, problematizando-a, dessa forma promovendo a ação e transformação, tornando o sujeito consciente desse processo, e, contribuindo efetivamente para seu processo individual e coletivo de leitura de mundo, principal função da educação, segundo Paulo Freire(1968).
REFERÊNCIAS
Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência. Nova Escola: Grandes Pensadores, São Paulo, Edição 22, p. 70-73, mês jul. 2008.
FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.
“A construção da leitura e da escrita do adulto na perspectiva freireana”(filme). Produzido durante o curso “Alfabetizando jovens e adultos”, SENAC-SP, Assessoria Instituto Paulo Freire”. 1999-2001. DVD ( 52min.)
BETTO, Frei. Paulo Freire: a leitura do mundo. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf>. Acesso em 26/10/2009.
HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. Porto Alegre: Artmed, 1998.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Refletindo sobre a importância dos PAs


O trabalho com o PA foi muito importante para construção de novas aprendizagens, pois através do mesmo fiz novas descobertas a partir de um questionamento que era do meu interesse e do meu grupo “Por quê as pessoas têm animais de estimação?” Essa questão é fundamental, pois é ela que determina a atividade mental em certa direção. Só buscamos respostas, quando temos uma pergunta, surgindo a necessidade de encontrar uma resposta. “É a natureza da questão que levantamos que determina o que precisamos buscar, o que investigar. ( MAGDALENA e COSTA, 2003). O movimento investigativo tem como ponto de partida o conhecimento prévio do aluno. Desde a questão inicial, o diagnóstico das certezas provisórias e dúvidas temporárias, o plano de ação que organizou e norteou toda a busca e construção de novas aprendizagens, o debate promovido no decorre do processo e a própria síntese feita através da utilização de mapas conceituais, foram ferramentas fundamentais para a construção do projeto.Toda essa construção pessoal baseada nos meus interesses me levou a refletir sobre a necessidade de utilização dos projetos de aprendizagem na escola, trabalhando com temas que partam dos interesse dos alunos, respeitando suas especificidades de criança, adolescente ou mesmo um adulto que frequenta o EJA, o professor como facilitador do processo de construção de aprendizagem que é movido pelo próprio aluno, e o conhecimento provindo desse repleto de significado.

Referências:

COSTA, Iris Elisabeth Tempel; Magdalena, Beatriz Corso. Revisitando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de web 2.0. Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS). Faculdade de Educação. Porto Alegre, RS.


OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n.12, p. 59-73 Set./Out./Nov./Dez. 1999. Disponível em: <http://pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/eja/jovens_e_adultos_como_sujeitos_do_conhecimento_e_aprendizagem.pdf> Acesso em :26 out. 2009.










Pedagogia de Projetos


O trabalho com a Pedagogia de Projetos é muito importante, porque parte da realidade do aluno e do conhecimento que já construiu seja ele social ou escolar. Em seu processo de busca de informações, que pode ser individual ou em grupo, construirão novas relações e aprendizagens, desenvolvidas em um currículo que perde o caráter conteudista, mas ganha em qualidade, o aluno tornando-se consciente sobre o que quer aprender e as necessidades dessa aprendizagem para a sua vida. Percebo que essa forma de trabalho é um desafio para nós educadores e para o contexto escolar, pois apresenta maior flexibilidade quanto a prazos e seqüência de conteúdos; a reflexão e mudança do papel do professor que se torna facilitador da aprendizagem e do aluno que não é um mero espectador, mas participativo em todas as etapas do projeto; a construção de projetos que tenham significado para os alunos, onde conteúdos e áreas de conhecimento atendam suas necessidades, dessa forma criando um clima de envolvimento, cooperação, solidariedade, permitindo dessa forma o interesse do grupo pelo assunto trabalhado e a autonomia nessa construção. Já trabalhei dessa forma com meus alunos, mas não é fácil, visto que é importantíssima a participação não só do aluno, como também de sua família no processo do PA.

Referências:

HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Filme 1: Vamos passear na Vassoura da Bruxa Onilda? – 12 min. – 1998

Filme 2: Possibilidades! ao meu redor – 13 min. - 2003




terça-feira, 3 de novembro de 2009

Diálogo em libras

Esta atividade apesar de parecer simples, apresentou um grau de dificuldade muito grande para a dupla. Conseguimos compreender alguns sinais, mas outros não conseguíamos acompanhar os gestos feitos pelas atrizes e perceber o que significava. É muito difícil para quem é ouvinte aprender libras e compreender o universo da cultura surda. Para que isso aconteça se faz necessária uma aproximação, uma vivência, buscando uma maior compreensão. A linguagem das pessoas é algo muito característico dela, muito peculiar, vemos essa diferença presente quando trabalhamos libras, didática, no módulo sobre Paulo Freire, no próprio PA, quando observamos a forma com que cada componente do grupo expressa oralmente ou escreve um texto. A mesma situação acontece em sala de aula com nossos alunos, que são diferentes em vários aspectos, atitudes, linguagem, aprendizagem, entre outros.

Filme:"O menino selvagem"



A importância de assistir um filme como esse é justamente estudar os preconceitos que permeiam a sociedade no decorrer das épocas a respeito dos surdos, principalmente a caracterização da surdez relacionada à deficiência de intelecto, que hoje em dia sabemos ser errônea, mas que na sociedade retratada do filme, seja científica ou leiga, esse pensamento era a realidade. Acho muito séria a questão de exploração do ser humano abordada pelo filme, a ética ligada a profissão médica, que pelo visto já estava faltando, já que observamos que o menino se tornou apenas um objeto de pesquisa, mesmo para o seu maior defensor, Itard. Penso que a educação não é um treinamento do ser humano, mas um desenvolvimento da aprendizagem permeado pelo respeito, pela boa convivência, pela afetividade. A prendi com o filme que o ser humano precisa tratar o outro com muito respeito e não como um cobaia de laboratório. Nós como alunos e educadores, pessoas, precisamos ter essa questão bem clara na nossa mente e pensarmos bastante antes de agir ou falar algo que possa desrespeitar nossos colegas, alunos e demais pessoas de convívio.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Síntese do PA "Por que as pessoas têm animais de estimação"



O ser humano surgiu como espécie há aproximadamente quarenta mil anos. Mas somente há doze mil anos iniciou-se o processo de domesticação dos animais. O lobo foi o primeiro animal a passar por este processo dando origem ao cão.
À medida que os séculos foram passando, o relacionamento entre o homem e cão se tornou cada vez mais intenso, a ponto de dificilmente podermos pensar em nossa sociedade sem a presença deste e de outros animais de estimação desde os mais comuns como gatos e pássaros até os mais raros e exóticos.
Os laços entre humanos e animais possuem desde os primórdios da civilização um componente prático e utilitário que diz respeito por exemplo: ao aumento significativo da eficiência da caça com a ajuda dos cães quando, esta atividade era essencial para a sobrevivência. Há ainda o aspecto emocional, que adquiriu também grande importância na sociedade humana, devido ao fato de os animais poderem suprir a necessidade de afeto ou preencher espaços vazios na solidão do mundo urbano, cada vez mais individualista.
A presença dos animais de estimação tornou-se evidente em praticamente
todas as culturas e com significados tanto universais quanto particulares dependendo da época e local onde os encontramos.
Começaram os estudos científicos dos benefícios que eles proporcionam aos seres humanos. A partir disso, adquiriu-se maior conhecimento sobre a função dos animais de estimação tanto na família, quanto na socialização, bem como o seu significado em nossas vidas. E por fim, foram desenvolvidas diversas técnicas que utilizam os animais de estimação em terapias individuais e familiares, na tentativa de auxiliar na resolução de problemas emocionais,como a depressão por exemplo
Eles presenciaram toda evolução tecnológica, expressas principalmente na forma de manipulação do meio ambiente em função dos interesses humanos. Estão presentes desde os desenhos nas cavernas, feitos com pigmentos naturais com o objetivo de viabilizar magicamente a caça.
Podemos assim compreender os benefícios e bem-estar obtidos em sua companhia e porque as pessoas têm animais de estimação. Acompanhando a modernidade a relação com os animais de estimação também evoluiu, o que antes era uma relação de afetividade e utilidade passou a ser também relacionada ao status social e econômico, observamos isso através do crescimento no segmento de mercado destinado aos Pets, contando com uma inúmera diversidade de acessórios, brinquedos, guloseimas e mesmo roupas de luxo para os bichinhos. Essas necessidades são criadas pelo próprio ser humano num esforço de acentuar o processo de humanização em seus animais, desenvolvendo uma identificação entre o animal e seu dono.

Síntese Henry Giroux- Grupo





O autor sugere que a alfabetização poderia ser usada como empoderamento individual ou social, ou para a perpetuação de relações de repressão e dominação sociais. A linguagem da alfabetização é usada muitas vezes seguindo uma perspectiva funcional ligada aos interesses econômicos, formando trabalhadores para ocupações que exigem leitura “funcional” e habilidade de escrever, currículo este voltado ao mercado de trabalho, para que as empresas não precisem gastar tempo e dinheiro na formação dos trabalhadores.


Como perspectiva ideológica a alfabetização é legitimada pela escolaridade, sendo a escola o lugar para o desenvolvimento do caráter, a transmissão e o domínio de uma tradição ocidental única, baseada no trabalho, no respeito a família, as instituições e a nação, valorizando o que a cultura dominante quer.


Ambas perspectivas despojam o caráter emancipador da alfabetização, pois a utilizam como moeda cultural, que está fortemente ligada a uma concepção de déficit de aprendizagem, pois a escola distribui habilidades e conhecimentos de forma desigual entre os alunos oriundos da classe trabalhadora e de minorias, beneficiando os alunos da classe média, em prejuízo dos anteriormente citados. Aos educadores cabe apenas o papel de conhecer as histórias e experiências dos alunos, deixando de focalizar as relações entre conhecimento e poder que permeiam a sociedade, relacionando a alfabetização com a capacidade de ler e escrever, mas esquecendo do papel que exerce para uma reflexão política, ideológica e social.


Paulo Freire contribui significativamente com a educação apresentando uma nova proposta de alfabetização com a valorização da cultura de todas as etnias demonstrando a importância de cada pessoa no processo de construção de conhecimento de uma sociedade democrática. Freire revela a consciência política do ato educativo, apostando em uma educação para a transformação social e acreditando na importância da ação pedagógica para a emancipação humana, abrindo aos alunos uma perspectiva de conquista de seu espaço social, através da luta por seus direitos, auto-estima e dignidade, fazendo nascer um sujeito de aprendizagem, uma educação cítica e emancipadora, que promove reflexão sobre a cultura dominante que permeia as relações sociais, utilizando como ferramenta de partida a história de vida do aluno.A partir dessa reflexão o sujeito transforma as concepções que tem de si e do mundo.


O processo de alfabetização é consequência da leitura que o aluno faz do mundo, sendo o sujeito autor do próprio processo de aprendizagem , e não um mero espectador do que acontece, mas realizando novas construções a partir do que sabe, respeitando assim sua vivência individual e o contexto social em que está inserido. Esta educação libertadora do sujeito, baseada na criticidade será a principal agente de transformação social.


Ser alfabetizado é reivindicar sua própria voz. Como referente para a crítica, a alfabetização oferece precondição para a organização, a compreensão da natureza socialmente elaborada e para a avaliação de como o conhecimento, o poder e prática social, que podem ser moldados conjuntamente, tornando a tomada de decisões instrumentos para uma sociedade democrática, e não concessões aos que querem os ricos e poderosos. Ou seja, é preciso que a alfabetização de jovens e adultos considere as histórias de vida dos alunos, pois é a partir de suas experiências, comparando com as outras que lhes são contadas, construindo e reconstruindo outras possibilidades humanas, revendo seus espaços como cidadãos.


Pensar a alfabetização como forma de política cultural é defini-la sob o olhar freiriano, com uma leitura de mundo e da palavra. É analisar como ocorrem e se constroem as relações no interior da escola. É compreender que o conhecimento ocorre no momento em que professor e aluno se encontram em sala de aula, dando importância as próprias vidas e experiências.


A alfabetização política cultural exige repensar o currículo compreendendo-o como um instrumento que representa um conjunto de interesses que devem ser postos, examinados e debatidos criticamente e que permita que as diversas vozes escolares sejam ouvidas, confirmando e legitimando as experiências que dão sentido às próprias vidas.


Por fim, uma alfabetização crítica e de voz, exalta a pluralidade e tem sua força na comunidade humana e nas relações sociais. Os educadores críticos constroem suas próprias vozes examinando com cuidado os interesses sociais e políticos que a conduzem, são, portanto, educadores e também educandos. Tem em sala de aula condições para análise, identificação e problematização das diversas maneiras de ver o outro e o mundo e cultivam as diferenças e semelhanças.




Referência:


GIROUX, Henry. Alfabetização e a pedagogia do empowerment político. In: FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura da palavra, leitura do mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 1-27.



Filme Seu Nome é Jonas

O filme relata as dificuldades de Jonas em seu processo de inserção familiar e social, relacionadas ao fato de ser surdo num contexto que não compreende sua condição e não sabe o que fazer para promover sua inclusão. Sua família tenta torná-lo um garoto comum, que seja ouvinte, que jogue beisebol e compreenda o que é dito mesmo sem ouvir. Dessa forma, acabam por excluí-lo, negando-lhe a chance de desenvolver seus potenciais pelo auxílio da língua de sinais, promovendo uma compreensão o mundo à sua volta. Acabam por isolá-lo de situações sociais que facilitariam seu processo de inserção social na família, escola e demais instâncias de convivência, o que colaboraria para odesenvovimento de Jonas como sujeito, promovendo sua real cidadania.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Convivendo com as diferenças

Para que eu pudesse me comunicar com uma pessoa surda, buscaria aprender mais sobre a Língua Brasileira de Sinais, me apropriando da mesma, enfatizando a comunicação através de gestos, sinais, e revendo meu conceito de comunicação baseado apenas na fala, nos sons. Além disso, seria necessário conhecer os valores, as regras de comportamento e tradições da cultura surda, dessa forma tornando possível uma maior compreensão de suas especificidades, conhecer para promover a compreensão e o respeito às diferenças entre nossas realidades.


Meu segundo mapa conceitual individual


O mapa conceitual é uma ótima ferramenta de sintetização da aprendizagem ocorrida durante o processo de construção do PA, nele podemos visualizar e discutir nossas aprendizagens individuais e no grupo, esclarecendo a busca resolução das dúvidas e das certezas norteadoras do projeto.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Henry Giroux e o Empoderamento Individual

Nesse texto o autor nos remete a reflexão sobre a perspectiva da alfabetização como instrumentos de empoderamento individual, ou para a perpetuação da dominação e repressão sociais. Na sociedade atual a segunda perpectiva é a mais seguida, pois muitas vezes a alfabetização segue a linha funcional, servindo apenas aos interesses econômicos, na formação de trabalhadores"funcionais", para o mercado de trabalho. No caráter ideológico a alfabetização se dá apenas no contexto escolar, desenvolvendo o caráter, a transmissão de conhecimentos e valores culturais de obediência a uma ordem estabelecida pelas classes dominantes. Ambas perpectivas despojam a alfabetização de seu caráter emancipador, utilizando-a como moeda cultural, ligada a concepção da não aprendizagem dos alunos, distribuindo desigualmente os conhecimentos de acordo com a classe social dos sujeitos inseridos na escola e com essa atitude ajudando a perpetuar as desigualdades sociais. Dessa forma a alfabetização torna-se apenas o desenvolvimento da capacidade de ler e escrever por si só, destituindo-a do seu caráter de promotora de reflexão política, social e ideológica, capaz de transformar a vida de uma pessoa e a própria sociedade.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

MAPA CONCEITUAL

Através da construção do mapa conceitual do grupo foi possível responder a pergunta geradora "Por quê as pessoas têm animais de estimação" e descobrimos vários aspectos sociais, culturais, afetivos, econômicos que influenciam na escolha de possuir um animal de estimação.
Nosso mapa conceitual:

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Importância do Planejamento

As idéias da autora Maria Bernadette Castro Rodrigues, me remetem a uma reflexão de que o espaço escolar utiliza muito do tempo que dispõe com a burocratização, papéis, fichas, questionários e pouco tempo sobre a importância de um planejamento de qualidade, respeitando o contexto social dos alunos, faltando uma articulação dos conteúdos trabalhados, integrando-os com a realidade, e, dessa forma, atribuindo-lhes significado. A escola continua a desenvolver a aprendizagem de forma segmentada, sem a presença de um projeto abrangente, que atenda as necessidades reais dos alunos. A escola cabe o papel de repensar qual sua função na atual sociedade, seu principal objetivo, que ao meu ver é a cidadania.
Citando Miguel Arroyo(1994)"é preciso redescobrir o vínculo entre a sala de aula e a realidade social: conjugar o aprender a aprender com o aprender "a viver. Aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes, escolhendo procedimentos. Ensina-se pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação
desencadeada."

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Questão sobre o texto Modelos de Letramento e as Práticas de Alfabetização na Escola(Kleiman, 2006).

Por que a autora afirma que a escola sendo a mais importante agência de letramento, não se preocupa com o letramento social e sim apenas com um tipo de letramento, o escolar?

Porque o modelo de escola atual foi construído ao longo da história da sociedade, tendo como base valores étnicos, culturais, desconsiderando as potencialidades e inteligências pessoais, reproduzindo um status quo que enfatiza as desigualdades sociais. Na referida prática escolar baseada no modelo autônomo o processo de letramento e escrita só acontece no âmbito escolar, considerando a alfabetização apenas como aquisição de códigos(números, letras), mas esquece da mesma como prática promotora da inserção social. Enfatizando esse aspecto, esquece que o significado da linguagem escrita ou oral é repleta de significado no contexto onde foi desenvolvida, apresentando características do grupo social ou povo, negando a linguagem como resultado de nossas experiências e práticas sociais.


Reflexões sobre o Parecer CEB 11/2000

Na atividade sobre o EJA percebi que essa modalidade de ensino está voltada para as necessidades de aprendizagens de jovens e adultos, valorizando sua realidade, seus hábitos,atitudes, formas de organização do conhecimento. O EJA possui várias funções: Reparadora, no sentido de respeitar o direito que todos possuem a uma escola de qualidade, cujo currículo esteja voltado para a inserção social destes sujeitos na sociedade; função de suprimento, buscando a alfabetização como conhecimento básico necessário para o pleno desenvolvimento da cidadania; equalizadora, buscando a inclusão de sujeitos que não tiveram acesso a escolaridade por evasão, repetência, acessibilidade, promovendo inserção social e no mercado de trabalho e qualificadora, com o objetivo de educar para a transformação da sociedade, baseando-se na diversidade, na igualdade, valorizando as experiências sociais trazidas pelos alunos.
Respeitando as especificidades do EJA se faz necessário que os docentes que trabalham nessa modalidade tenham uma formação qualificada para trabalhar com um aluno que precisa de motivação constante para não evadir, buscando métodos, conteúdos e projetos que atendam as necessidades reais destes jovens e adultos, desenvolvendo sua autonomia como ser humano que compreende e transforma sua realidade social através da educação e do conhecimento.

Resposta a questão da tutora Margarete

Refletir e argumentar são elementos fundamentais de um bom pesquisador, tua reflexão demostra o "apetite" que tu manifestas, por saberes importantes para qualificar tua prática e expressar teu encantamento pela Educação!Parabéns!Fica aqui minha curiosidade pra instigar mais um pouquinho teu desejo de aprender: como tua contribuição pode ampliar o que estamos estudando?


Minha contribuição reflete diretamente sobre a necessidade de construção de um novo currículo e uma escola que contemple a diversidade de seres inseridos neste contexto, pois cada pessoa é resultado de suas vivências e o respeito e ética frente à essa realidade é crucial para que a escola se torne um verdadeiro espaço de inclusão social, ajudando na transformação da sociedade pelo sujeito formado na mesma.

Resposta a questão da tutora Glaucia

Em sua postagem, você menciona um aspecto fundamental da concepção de linguagem: ela não é única, cabendo, inclusive, falarmos em múltiplas linguagens que devem (ou naturalmente são) dominadas pelos sujeitos. Fica a questão, como a escola deve lidar com isto?


A escola precisa aprender a lidar com essa diferença, procurando se adequar a linguagem utilizada pelos alunos para que dessa forma possam melhor compreender os objetivos dos trabalhos propostos nesse ambiente. Muitas vezes os professores pensam que estão se fazendo entender pelos alunos, mas o que parece claro para nós pode não estar sendo dessa maneira para eles. Essa falta de compreensão afeta diretamente na qualidade do processo de aprendizagem na escola.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Reflexão texto Leitura , escrita e Oralidade como Artefatos Culturais

No referido texto é levantado o seguinte questionamento: Fala-se/escreve-se /lê-se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrer em relação a fala e a escrita

Sobre essa questão pude refletir sobre a não existência de uma linguagem única, pois a mesma está ligada a questões socioculturais, cuja marca principal é a multiplicidade de realidades, que diferem umas das outras em sua constituição. Essas variedades influenciam na fala, na escrita, na leitura. Não utilizamos as linguagens sempre da mesma forma, pois seu contexto de uso é diferente, sofrendo mudanças pela ação do lugar onde falamos, o assunto a ser explorado, estes aspectos interferindo no que vamos dizer e nas estratégias de como fazê-lo.
Portanto tanto a escrita quanto a fala mudam de acordo com a necessidade que as situações de comunicação impõe à elas.

Como possuir animais de estimação pode gerar status social


As referidas reportagens versam sobre o aumento do segmento do mercado direcionado aos Pets, que dispõe desde brinquedos , acessórios, até mais recentemente contando inclusive com eventos como desfiles, destinados a mostra de coleções de moda luxuosas para os donos dos animais de estimação, fomentando o desenvolvimento deste setor, evidenciando cada vez mais que as pessoas possuem animais de estimação pelo status social que tê-los conferem aos seus donos, que consomem toda a sorte de produtos disponíveis para satisfazer seus próprios desejos ou será dos bichinhos?
Achei bem interessante o gráfico sobre os gastos referentes aos PETS:


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Refletindo sobre Comênio


Li e observei o material produzido por Comênio, a página de seu livro “Orbis Sensualium Pictus”(o mundo desenhado), e pude perceber que há uma grande semelhança entre o mesmo e os livros utilizados para a alfabetização das crianças: a presença de imagens, palavras, frases, buscando explorar e atribuir significado a essas representações, como auxiliadoras do processo de aprendizagem dos alunos. Muitas escolas da atualidade possuem uma concepção de pedagogia defendida por Comênio, utilizando processos, estratégias, referidos pelo autor em sua obra, entre eles uma educação voltada para os interesses e necessidades dos alunos, respeitando suas vivências e contexto social; o professor não sendo o detentor do saber, mas um mediador do processo de aprendizagem, incentivando a cooperação entre o grupo de alunos; a variação dos tipos de atividades, promovendo momentos de descontração, colaborando desta forma com o processo de construção de uma auto-estima, influenciado positivamente sua aprendizagem, enfatizando a necessidade de uma relação de ética e respeito entre aluno e professor. Essa aprendizagem foi muito significativa, pois pude refletir sobre a forma como concebemos e utilizamos os livros didáticos e como os mesmos podem influenciar na qualidade da educação da minha escola, atribuindo significados a imagens, palavras, que muitas vezes não fazem parte do contexto dos alunos, reproduzindo conceitos que promovam uma desigualdade social. Mas ao mesmo tempo a obra de Comênio é contemporânea no sentido de valorizar a realidade do aluno e usá-la como embasamento para o desenvolvimento do processo de construção de aprendizagem do mesmo, respeitando sua individualidade.


Frases de Comênio:

“Deve-se começar a formação muito cedo, pois não se deve passar a vida a aprender, mas a fazer”

“Age idiotamente aquele que pretende ensinar aos alunos não quanto eles podem aprender, mas quanto ele próprio deseja”

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Reflexão sobre o texto Menininho

Ler o texto "O menininho" foi significativo porque me fez pensar em como me constituí como pessoa, que muitas coisas que reproduzo em minha vida pessoal, profissional, como aluna, sofreu influência dos professores que tive e da maneira particular com que cada um lidava com o processo de aprendizagem, desta forma as atividades que desenvolvo com meus alunos são frutos dessa trajetória. Também meus pensamentos. ideias e valores foram ensinados nas minhas relações familiares, portanto sou também o resultado de minhas experiências em todas as esferas sociais e não se pode dissociar o ser humano do que o constitui.

Citando alguns autores que refletem sobre como nos constituímos professores, alunos, seres humanos:

“Prefiro pensar que o aprendizado vem dos primeiros contatos e vivências dos mestres que por longos anos tivemos, desde o maternal. As lembranças dos mestres que tivemos podem ter sido nosso primeiro aprendizado como professores. Suas imagens nos acompanham como as primeiras aprendizagens. (...) Repetimos traços de nossos mestres que, por sua vez, já repetiam traços de outros mestres. Esta especificidade do processo de nossa socialização profissional nos leva a pensar em algumas marcas que carregamos. São marcas permanentes e novas, ou marcas permanentes que se renovam, que se repetem, se atualizam ou superam”. (Miguel Arroyo, Ofício de Mestre, 2002, p. 124)

"O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros (...) O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência (Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, p. 66).


sábado, 29 de agosto de 2009

Minhas expectativas para o eixo VII

Neste semestre espero que tenhamos uma maior ênfase na qualidade das aprendizagens do que na quantidade, tornando possível uma maior reflexão sobre os trabalhos que serão realizados nas interdisciplinas ao longo do semestre. Que possam tornar minha prática profissional mais significativa, colaborando também para o processo de construção pessoal que busco para a minha vida. Espero empenho e envolvimento de todos professores, tutores, colegas, primando pela excelência tão referida no mundo acadêmico, mas que é atropelada pela extrema valorização do tempo, em detrimento da qualidade, valorizando como desenvolvo minhas buscas e aprendizagem no curso de pedagogia à distância, bem como minha realidade como educadora.
Da minha parte pretendo me dedicar as disciplinas, buscando, pesquisando e sendo responsável por minhas aprendizagens no decorrer do semestre, o que sempre procurei ser desde o início do curso em 2006.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A natureza


Que imagem, a beleza não pode ser medida em palavras, mas sensações...

sexta-feira, 10 de julho de 2009



Pensamento sobre a educação: Talvez se fosse essa a maneira acadêmica de fazer educação seríamos humanos mais felizes e através desse sentimento melhores alunos e educadores.

"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas.Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes". Rubem Alves

Trabalho final workshop

Este é o link para o meu power point final:


https://www.ead.ufrgs.br/rooda/webfolio/abrirArquivo.php/Usuarios/16670/Geral/PORTFOLIOWORKSHOP_%20DE%20APRENDIZAGENS_%2020091.ppt

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Educação de PNEE

Como foi combinado este é o link para o Meu Dossiê de Inclusão:

http://dossie-ludutra.pbworks.com/meu-dossie

CERTEZAS DÚVIDAS E MAPA CONCEITUAL

Certezas

- Os animais de estimação são bons companheiros. (Postado por Elsa)
-Algumas pessoas possuem animal de estimação por status social.(Postado por Luciane)
- Animais de estimação aliviam as tensões diárias. (postado por Carla)
-Transferência da afetividade para os animais de estimação. (postado por Nilsa)
-Existe uma cultura na sociedade em possuir animais de estimação.( postado por Nilsa)
Dúvidas
- Algumas pessoas podem preferir ter animais para evitar contato humano? (Postado por Elsa)
- De que maneira possuir um animal de estimação pode constituir status social para seu dono?(Postado por Luciane)
- A companhia do animal de estimação pode substituir a companhia humana? (postado por Carla)
-Existe uma necessidade psicológica de se possuir animais de estimação?( postado por Nilsa)
-De onde surgiu essa cultura de possuir animais de estimação? ( postado por Nilsa)


Dúvidas

- Algumas pessoas podem preferir ter animais para evitar contato humano? (Postado por Elsa)
- De que maneira possuir um animal de estimação pode constituir status social para seu dono?(Postado por Luciane)
- A companhia do animal de estimação pode substituir a companhia humana? (postado por Carla)
-Existe uma necessidade psicológica de se possuir animais de estimação?( postado por Nilsa)
-De onde surgiu essa cultura de possuir animais de estimação? ( postado por Nilsa)

MAPA CONCEITUAL INDIVIDUAL



SALA DE AULA CONSTRUTIVISTA

Sala de Aula Construtivista: Reflexão sobre o que manteria ou mudaria em sala de aula a partir da perspectiva construtivista, relacionando aos conceitos de “Ação” e “Aprendizagem” estudados na teoria piagetiana.
Postagem “Ação” inicial-13/04
Trabalho com o 5º ano/4ª série e trabalharei com a exploração de poesias em sala de aula. Os objetivos dessa atividade são:
Identificar a estrutura desse tipo de texto: versos, estrofes, ritmo, rimas, visualizando obras;
Conhecer autores brasileiros que se dedicam a este gênero literário;
Explorar através da leitura, pesquisa, diversos tipos de poesias;
Escrever suas próprias poesias, a partir de sua vivência com o referido gênero.
Essa atividade terá momentos de trabalho em individual, bem como em grupo e serão eles:
Exploração de livros de poesia na biblioteca: Arca de Noé, de Vinícius de Moraes; Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles; entre outros (grupo);
Pesquisa sobre a vida e obra de um poeta brasileiro e escolha de uma poesia para leitura e socialização com a turma (grupo);
Montagem de painéis com fotos, reportagens, sobre os poetas pesquisados (grupo);
Trazer uma poesia que o aluno tenha achado significativa, promovendo um sarau onde todos que desejarem lerão suas poesias (individual);
Confeccionar um mural com as poesias trazidas, para que façam parte do acervo literário da turma (coletivo);
Escrita de poesias pelos alunos (individual e grupo).
Os materiais usados serão: livros de poesia, jornais, revistas, revistas, fotos de poetas, sites da internet, cópias de poesias em lâminas, cartazes, xérox.
Postagem “Ação”-Sala de Aula Construtivista-29/06
Trabalho com o 5º ano/4ª série e trabalharei com a exploração de diversos gêneros literários em sala de aula.
Objetivos:
Conhecer e explorar a estrutura de diversos tipos de texto: contos, crônicas, poesias, entre outros;
Conhecer autores brasileiros e estrangeiros que se dedicam à escrita de diversos gêneros literários;
Explorar através da leitura, pesquisa, diversos tipos de textos;
Escrever suas próprias poesias e outros tipos de texto, a partir de sua vivência com os gêneros explorados.
O que mudaria nas atividades planejadas:
Exploração de diversos tipos de textos e não só poesias(trazidos por eles e de seu interesse pessoal, respeitando a diversidade entre os alunos);
Pesquisa sobre autores de diversos gêneros literários, trazidos pelos alunos;
Montagens de painéis com fotos, reportagens, notícias de jornal sobre os autores pesquisados;
Escolha de uma obra do autor para um estudo mais aprofundado (leitura pelo grupo, socialização do que descobriram sobre o autor e sua obra, promovendo uma maior exploração do que está sendo desenvolvido pela turma);
O que não mudaria nas atividades planejadas:
Trazer uma poesia que o aluno tenha achado significativa, promovendo um sarau onde todos que desejarem lerão suas poesias (individual);
Confeccionar um mural com as poesias trazidas, para que façam parte do acervo literário da turma (coletivo);
Escrita de poesias pelos alunos (individual e grupo).
Reflexão sobre o texto e o plano de aula:
Relendo meu plano de aula sobre poesia, pude observar a necessidade de algumas mudanças na forma de desenvolver as atividades, que valorizaria ainda mais a teoria construtivista de que a aprendizagem se dá por meio do sujeito e de sua interação com o meio e com o objeto, ou seja, é um processo contínuo de reflexão sobre o que se sabe e a construção de novos conhecimentos (novidade), valorizando a relação entre sujeito e sociedade, bem como sujeito e objeto(ação x abstração reflexionante), construindo a partir disso novas formas de ser, agir, pensar, transformando sua realidade.
Por isso ao invés de restringir a aprendizagem dos alunos acerca da poesia ampliei o estudo e pesquisa para a diversidade de gêneros literários, valorizando o conhecimento já construído pelos mesmos, explorando os tipos já conhecidos destes, bem como buscando através da ação e interação da turma a exploração de novos gêneros. Desta forma cada sujeito buscará o que é novo para ele, a partir do que já sabe e do que lhe interessa saber, centrando essa busca na figura do aluno e não no professor tradicional, que escolhe o que o aluno deve aprender, segundo sua concepção do que é importante que o aluno saiba, promovendo uma inversão e desacomodação de papéis pré- estabelecidos pela concepção da pedagogia diretiva e seus pressupostos: autoritarismo, subserviência, silêncio, morte da criatividade e da curiosidade inerentes ao ser humano, que permeiam que o professor é detentor do saber e o aluno um mero receptor das concepções pessoais do professor, devendo relacionar-se com o mundo e o objeto a partir da visão do mesmo.
A aprendizagem nesta atividade se dará pela ação do sujeito sobre seu próprio conhecimento previamente construído, valorizando o que o mesmo já sabe, além de auxiliá-lo em suas novas descobertas e consequentes transformações que ocorrerão em sua aprendizagem nesse processo. O aluno mostrará o que sabe, partilhando com os outros, como também fará relações entre o que sabia e o que buscou de novo. As atividades promoverão momentos de contatos com diversos gêneros literários e suas estruturas, troca de experiências, pesquisando, explorando e descobrindo novos textos e autores, bem como os do já conhecidos pelos alunos, construindo novas percepções acerca da diversidade da literatura universal em sua complexidade. A aprendizagem é algo muito pessoal, sendo cada indivíduo único, possuidor de sua trajetória pessoal, para alguns esse será o primeiro contato com esses textos e outros não. Mas com certeza todos aprenderão algo de novo, sendo respeitadas suas vivências, podendo suscitar daí um maior interesse na leitura, conferindo-lhe significado e função social. Construindo não só conhecimento, como também regras de convivência para a realização de trabalhos em grupo e individuais, criando um ambiente fecundo e desafiador para a busca de novas aprendizagens, recriando o conhecimento anteriormente construído, uma sala de aula que reflita sobre o passado e o presente e dessa forma encaminhando-se para o futuro da sociedade, contemplando aspectos humanos, sociais, tecnológicos, entre outros.
BIBLIGRAFIA
PIAGET, Jean. O desenvolvimento mental da criança. In: Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1986.
BECKER, Fernando, Ensino e construção do conhecimento: O processo de abstração reflexionante. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.
_______ O que é construtivismo? In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Epistemologia genética e construção do conhecimento. Texto extraído de MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Do Egocentrismo à Descentração: a docência no ensino superior. Porto Alegre: UFRGS, 2005, Tese de doutorado

Desenvolvimento Moral

Texto relatando situação vivenciada na escola e análise teórica tendo como base o referencial piagetano sobre o desenvolvimento moral.
No ano passado aconteceu uma situação na escola que causou uma grande indignação por parte da equipe diretiva, professores, pais, alunos e comunidade escolar em geral. Durante o recreio da área, um grupo de alunos entre onze e treze anos realizava uma brincadeira, expressão utilizada por eles após o ocorrido.
Fizeram um círculo com vários alunos da 5ª série, um delas ficava no centro do mesmo e girava uma garrafa Pet como se fosse uma seta, a quem ela apontasse o mesmo apanharia de todos os outros do círculo, com chutes, pontapés e toda sorte de agressões.
A empolgação foi tamanha que arrebentaram um dos participantes da brincadeira, machucando em todo o corpo, incluindo rosto. Quando a brincadeira foi interrompida o resultado era desolador, o menino num estado deplorável.
A escola comunicou sua família que o levou a polícia, onde registrou queixa contra os alunos que participavam da brincadeira, realizando o exame de corpo de delito e o aluno ficou dois meses afastado do ambiente escolar, para se recuperar fisicamente e emocionalmente, dentro do possível. A família dos outros envolvidos foram comunicadas e foram tomadas as medidas cabíveis: prestaram depoimentos, receberam punições por parte da escola, suspensões, expulsões e transferências para outras escolas.
Durante todo esse processo eles agiam sem nenhuma culpa, afirmando que era uma brincadeira entre eles, que eram amigos, que não havia nada errado nesta atitude. Depois pela pressão dos pais, da escola e da polícia sobre o caso, fez surgir um sentimento de culpa incutido pelo externo, mas não por um juízo de moral presente em seu caráter. Essa situação abalou profundamente a escola, um estado de choque coletivo, mas não impediu que acontecesse diversas situações de violência, agressão na escola.
Piaget em seus primeiros estudos acreditava que tal atitude poderia ser explicada pela influência de seus ambientes de convivência que os tornou violentos, agressivos(concepção empirista). Uma outra maneira de explicá-la responsabilizava a genética familiar, determinando em suas personalidades uma predisposição para tais comportamentos.
Após mais estudos Piaget descartou essas duas possibilidades como sendo individualmente responsáveis pela construção de suas personalidades, relacionando a influência do meio interno e externo nessa construção do sujeito(interacionismo)
Em suas relações as crianças constroem noções de justiça, solidariedade e responsabilidade e se faz necessária uma reflexão do professor, da escola e da família, sobre as situações vivenciadas e os processos que permeiam a construção desses conceitos pela criança, adolescente.
O fato relatado denota a dificuldade destes alunos em se posicionar perante o pensamento do outro, pensando apenas a partir de seu próprio ponto de vista. Por isso, afirmavam que sua atitude não era agressão, pois a brincadeira foi consensual e os próprios combinaram as regras do mesmo e concordaram com elas, então não a definiam como violência.
Perante essas situações a escola busca trabalhar valores que coíbam atitudes agressivas, fazendo uso de uma educação voltada para o “certo” e “errado”, seguindo padrões pré-estabelecidos e aceitos pela sociedade, mas esquecendo de promover a reflexão, a vivência, a experimentação, a interação com esses valores, dando-lhes significação e assim contribuindo para o processo de desenvolvimento da moral no ser humano. Ao invés disso, prefere se restringir a rotular aos alunos e situações como violentas, agressivas, mas não como características de uma fase de construção da autonomia moral das crianças, que passa por atitudes egocêntricas, que tornam incompreensíveis conceitos como justiça, verdade, cooperação, regras de reciprocidade nas relações, que constituem o desenvolvimento da moral. Uma autonomia que retrata a internalização de limites impostos pelo externo e então praticados pelo sujeito, com trocas cooperativas e recíprocas, favorecendo as relações onde se faz presente o respeito mútuo.
A referida autonomia moral só é possível se o sujeito vivenciar a heteronomia, onde o mesmo age simplesmente por um sentimento de obrigatoriedade imposto pelo externo, com a construção de normas sociais na criança, onde predominam relações de autoridade, favorecendo o respeito unilateral através da obediência, da repressão e do medo.
As crianças, adolescentes, vivenciam situações de heteronomia e autonomia no decorrer de suas relações, experiências, se fazendo necessária uma reflexão sobre as regras que conhece e revalidá-las a partir disso, promovendo uma construção das mesmas por eles, e, nesse processo contando com a colaboração dos adultos, professores, família, escola, agindo amparados na argumentação e não apenas na exerção da mera autoridade sobre os mesmos, o que poderia provocar comportamentos submissos, revoltados, que não contribuem efetivamente para o desenvolvimento da autonomia moral. Se faz necessário o surgimento de uma sociedade, uma escola, que construa regras de convivência não pela imposição de pré-conceitos, mas pela reflexão e cooperação de todos os indivíduos inseridos neste contexto social, pois somente a participação neste processo trará significado à essas regras, legitimando-as e possibilitando a respeitabilidade das mesmas.
BIBLIOGRAFIA
PIAGET, Jean.Os estágios do desenvolvimento intelectual da criança e do adolescente. In:Problemas de Psicologia Genética. São Paulo, 1983. Coleção Os Pensadores.
_______O desenvolvimento mental da criança. In: Seis estudos de psicologia.Rio de Janeiro: Forense, 1986.
_______O julgamento moral na criança. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
BECKER, Fernando, Ensino e construção do conhecimento: O processo de abstração reflexionante. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Significações de Violência na Escola: equívocos da compreensão de desenvolvimento moral da criança? PICETTI, Jaqueline Santos
Reflexões sobre a Moralidade na Escola. CAMARGO, Lisiane Silveira

terça-feira, 16 de junho de 2009

Trabalho Concepções de Índio

Refletir sobre a situação dos índios no Brasil nos ajuda a perceber a necessidade de valorizar a cultura indígena, trazendo-a para as escolas, universidades, pois vivenciando-as nesse contexto possibilitamos o conhecimento dessa diversidade e o respeito que vem junto com ele, desfazendo-se de mitos que inferiorizam a referida cultura, como: "Índio é tudo igual? Índio é preguiçoso, conceitos errados que foram sendo construídos ao longo da história brasileira e aceitos como verdade!



Texto destacando as ideias principais do texto “Os índios no Brasil: Quem são e quantos são"






No ano de 1500, eram 5 milhões de índios no Brasil e segundo o IBGE, em 2001 eram 700 mil. Segundo o sistema SIASI/FUNASA, eram 374123 índios, distribuídos em 3225 aldeias, pertencentes a 291 etnias e falantes de 180 línguas, divididas por 35 grupos linguísticos. Destes 192713 homens e 181350 mulheres, sendo que a região Norte possui um contingente de 49% da população indígena brasileira, enquanto a região Sudeste possui o menor contingente, 2% desta população. Os números são importantes até certo ponto, mas não representam sua grandeza étnica, cultural, social, religiosa dentro de nosso país.
Após décadas de negação de uma identidade étnica indígena pelos próprios índios, sociedade e governo, surgem algumas mudanças que fundamentam as transformações desta postura:
A criação de organizações formais, que representem seus interesses perante a sociedade nacional e global;
A consolidação do movimento indígena;
A oferta de políticas públicas específicas;
A crescente revalorização das culturas indígenas.
Tudo isso vem contribuir para a recuperação do orgulho étnico e a reafirmação da identidade indígena e a partir disso surge a necessidade de desmistificar a formação de contradições históricas que contribuíram para a discriminação e o preconceito em relação aos indígenas. Entre elas o próprio uso da denominação “índio” ou “indígena”, que surgiu como resultado de um erro náutico, mas que acabou por ser usado como um termo pejorativo, resultado de processos históricos das civilizações. Com o surgimento de um movimento indígena organizado, os povos indígenas decidem manter, aceitar e promover a denominação genérica antes referida como uma identidade que une, articula, visibiliza e fortalece todos os povos, demarcando a fronteira étnica e identitária entre eles, enquanto habitantes nativos e originários dessas terras e os que vieram de outros continentes. Dessa forma é constituída uma identidade positiva e multiétnica capaz de unir povos distintos e rivais na luta por seus direitos e interesse comuns, como direitos coletivos, a história da colonização, a luta pela autonomia sociocultural, pois cada povo é único, organizado em suas particularidades, que servem de base para a construção da vida social, cultural, econômica e religiosa do grupo, resultando na recuperação da auto-estima dos povos indígenas, reafirmando sua identidade étnica, surgindo um índio que se orgulha de ser nativo, portador de civilização própria e de pertencer a uma ancestralidade particular, que reivindica o reconhecimento de suas etnicidades e territorialidades. Ser tratado como sujeito de direito é um marco na história indígena brasileira, propulsor de conquistas políticas, culturais, econômicas e sociais.
Através do resgate , vivência e revalorização dessas culturas e tradições nas aldeias, cidades, sejam rituais, cerimônias, a própria língua, ou mesmo a reivindicação por terras, corrobora com a formação de uma identidade indígena, que lhes garanta um espaço social respeitado em suas especificidades, ajudando a recuperar a auto-estima perdida ao longo dos séculos de repressão colonizadora, retomando atitudes e comportamentos mais positivos entre eles, vislumbrando um novo momento sociocultural, com um novo olhar sobre o futuro, um marco não só em prol de sua história milenar, como também uma reviravolta na história escrita pelos colonizadores europeus, ou seja, na própria história do Brasil.
Na minha opinião a melhor forma de desfazer preconceitos é desenvolver atividades que promovam a reflexão sobre a forma como os preconceitos foram constituídos ao longo da história e a partir disso trabalhar a diversidade étnico cultural indígena, ritos, danças, etnias, tradições, valorizando sua contribuição para a formação da identidade brasileira. Pesquisar entre os próprios alunos sua origem étnica, observando suas características físicas, seus hábitos e costumes, traçando um paralelo com as características e costumes dos indígenas. A partir disso questioná-los sobre a igualdade entre os indígenas em aspectos como alimentação, língua, rituais, enfatizando a diversidade de povos e culturas entre eles, explorando várias etnias: guaranis, por exemplo, que vivem na região sul, conhecendo aspectos de sua cultura como o artesanato com penas, sementes, para a confecção de pulseiras, colares, a cerâmica, os animais esculpidos em madeira e depois decorados no fogo, que são comercializados ou servem de brinquedo para as crianças da tribo.




BIBLIOGRAFIA
Os índios no Brasil, quem são e quantos são. Texto extraído de SANTOS LUCIANO, Gersen dos.“O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje”. Brasília, 2006
Modo de ser guarani. São Leopoldo:Oikos, 2009.
Site: http://www.trilhasdeconhecimentos.etc.br/

Questões relacionando Adorno e Kant

Foi um trabalho que exigiu bastante leitura dos textos de ambos os autores, buscando conceitos que estavam relacionados nos referidos, mas consegui realizar a atividade com êxito, aumentando minha compreensão dos conceitos comuns à eles.
Minhas questões são essas:


1) Tanto Adorno quanto Kant acreditam ser necessária uma educação que promova uma moralidade, não por si só, mas pela necessidade de convívio social. Segundo os autores que princípios deveriam ser respeitados na sociedade para que essa promovesse a paz e não a barbárie?

2) Kant considerava o homem a única criatura que precisa ser educada, instruída desde cedo, exercitando disciplina, instrução e formação. Adorno pensava uma educação voltada para a formação do caráter e da dignidade humana. De que forma esses dois conceitos estão relacionados?

Mapa conceitual com conceitos de psicologia

MAPA CONCEITUAL CONCEITOS PSICOLOGIA


Foi um trabalho bem significativo a construção do mapa conceitual em grupo, pois se fez necessária uma reflexão sobre os conceitos trabalhados no semestre que me permitiu observar que foram muitas as aprendizagens durante o mesmo, pois somente conversando conseguimos relacionar vários dos conceitos estudados em psicologia.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Reflexão teoria e prática pedagógica

1º momento: Contação da história.

Quando conversei com as crianças que trabalharíamos a história “Ovelha negra, eu?”, ficaram curiosos sobre o que tratava a mesma. Fizemos um círculo no chão e comecei a contá-la à eles. Num primeiro momento aparece uma cena onde três ovelhas escutam que seu dono estava furioso com a ovelha Dorinha, a única de pelo negro de seu rebanho, pois ouviram-no dizendo isso à seu filho e elas acharam que ele falava de sua amiga. Contam a amiga o que haviam escutado e ela fica triste e pede que descubram o porquê de seu dono estar de mal com ela, que nada fez de errado.
Pedem então a ajuda do cachorro do sítio e ele descobre que a expressão utilizada se referia ao filho de seu Aristides e queria dizer que ele fez coisas erradas, que estava trilhando um mau caminho. Dorinha fica indignada com o fato dos seres humanos relacionarem a cor negra com coisas negativas, tipo “ a situação tá preta” ou “nuvem negra”, entre outras. As ovelhas solidárias com a amiga fazem uma rebelião, e a única não participante é justamente Dorinha.
O veterinário é chamado e sustenta que os animais encontram maneiras de mostrar as pessoas o que estão sentindo e levanta uma questão a seu Aristides: Por que será que a ovelha negra foi à única que não se rebelou?
As ovelhas ouvem tudo e acham o veterinário muito esperto. Dorinha ficou muito comovida com a atitude das amigas e diz que seria bom se as pessoas entendessem o poder das palavras, o quanto podem ferir ou alegrar alguém.
Seu Aristides pode não ter entendido a mensagem, mas se sentiu incomodado e talvez a partir disso reflita sobre o que fala.

2º momento: Diálogo sobra à história.

EU-O que significa ovelha negra expressão usada na história?
ELES-Quando queremos dizer que alguém fez algo errado e não a cor da ovelha.
ELES-Coitada da ovelha, só porque ela era negra sofrer assim.
EU-Ela era má porque é negra?
ELES-Não, ser escuro não é ser ruim.
EU-É bonito ser negro?
ELES-É, toda cor é bonita.
Ser moreninho é legal.
EU-Ela era moreninha, ou negra?
ELES-Negra, preta.
EU-O que acharam da atitude das ovelhas para com Dorinha?
ELES-Legal.
Foram amigas dela, defenderam ela.
EU-Vocês já ajudaram alguém? Como se sentiram?
ELES-Sim, dei lanche para meu amigo.
Dei meu brinquedo para ele brincar e eu e ele ficamos felizes, somos bem amigos.



3º momento: Desenho sobre a história.




4º momento: Exploração das fotos trazidas pelos alunos.

Montagem de um tapete e exploração das fotos dos alunos, buscando explorar a diversidade encontrada entre eles, a descoberta de si mesmo e do outro.

Reflexão teoria e prática
Durante a aplicação das atividades pude perceber algumas expressões que denotavam um racismo velado como “escurinho”, “moreninho”, entre outras que relatam as faces do preconceito mesmo entre crianças tão pequenas, de seis anos. Observei também que uma das crianças da turma apresenta bastante dificuldade em se expressar, dizer o que pensa, e que é afro-descendente, isso pode ser a maneira como foi educada, procurando passar desapercebida no meio social em que está inserida, ou pelo próprio preconceito da sociedade onde o negro é desvalorizado pela sua cor, sendo considerado inferior e muitas vezes acaba por aceitar esse rotulo agindo como se fosse uma verdade. Ao mesmo tempo percebi uma grande afetividade da turma entre si, um brincar, um conversar, um construir e cooperar com o grupo, não importando a etnia. Percebo que o preconceito e a discriminação são práticas construídas nos espaços sociais: família, escola, igreja, e como essas crianças ainda estão no início dessa trajetória não desenvolveram atitudes de preconceito de forma tão explícita para com os outros. Embora seja assim ainda há uma dificuldade em abordar temas como o preconceito, a discriminação, seja de origem étnica, religiosa, social, pois se configuram em tabus para o professor, o aluno, a família, para a escola e a sociedade em geral, que foi construída nessa base, onde cada indivíduo deve aceitar o lugar que lhe imposto, observando suas condições sociais e econômicas, refletindo sobre isso, se faz necessária uma mudança de paradigmas, o que nunca é fácil, pois a sociedade passará por um estado de desacomodação e desequilíbrio que gera a real mudança nas civilizações.
Realizar esse tipo de trabalho com as crianças pequenas é muito rico, porque elas possuem uma receptividade ao novo, a descoberta de histórias, o observar os desenhos, o expor suas opiniões e sentimentos, é expansiva ao natural, afetiva com os colegas, com a professora, construindo a cada momento as relações sociais na troca com o outro.

Texto Educação após Auschwitz



Gostei de ler este texto, mas é notório a profundidade com que Adorno trata dos problemas sociais e humanos, sentimos na pele, nas escolas, nas ruas a violência desencadeada pela indiferença com que tratamos os outros, mostrando uma total falta de valores como o respeito, a solidariedade ou mesmo justiça, surgindo uma não civilidade, o que torna quase impossível uma convivência pacífica. Mas a solução para essa realidade não pode ser a violência, mas sim a reflexão sobre como nós como seres humanos a produzimos, buscando alternativas dentro de nós, como também na coletividade.

Segundo o texto o que predispôs os indivíduos a aceitarem o nazismo e a barbárie é o ser humano ser dotado de frieza, característica essa que constitui nossa sociedade. A indiferença com que tratamos o que acontece ao outro, buscando tão somente a satisfação de nossos interesses pessoais e esquecendo totalmente a coletividade, nos tornou seres humanos incapazes de amar, de nos identificarmos com o outro e respeitá-lo. Essa atitude pouco civilizada frente ao outro, fez nascer um ser desumano, que coloca seus interesses pessoais acima de qualquer valor e capaz de qualquer coisa para manter a sobrevivência desses interesses.
O autor sugere que para que a barbárie Auschwitz não se repita se faz necessária uma educação baseada na auto-reflexão do sujeito sobre si e da sociedade em que está inserido, dita civilizada, mas que sob essa bandeira esconde-se uma tendência desagregadora, que faz com que o indivíduo perca as qualidades que o fazem opor-se aos atos de terror cometidos em prol de ideais distorcidos, estabelecidos por vínculos sociais, relacionados ao poder que o grupo tem sobre minorias. É preciso que se estabeleça o princípio da autonomia, da reflexão e da autodeterminação, para a não participação em atos discriminatórios. Para que isso aconteça à educação precisa contrapor-se a qualquer supremacia coletiva cega, aumentando a resistência contra ela, bem como combatendo critérios de inferioridade e ou superioridade que levam ao horror e para isso precisa contribuir na diminuição das diferenças sociais que apóiam e institucionalizam esses atos criminosos.
Não se pode negar ou omitir o horror da realidade, nem achar que a educação pela dureza mudará a sociedade, essa atitude apenas fará com que o sujeito alvo dela adquira o direito de usá-la contra o outro, extravasando sua repressão e seu medo, desencadeando mais violência. Somente diminuindo o medo faremos esmorecer seu efeito destrutivo sobre nós mesmos e a sociedade.
A educação como o próprio nome sugere tem como responsabilidade educar de uma forma ampla não somente voltada para o conhecimento formal, como também para a cidadania, pois esses indivíduos estão inseridos na escola e na sociedade. Se a escola promover uma educação voltada para a paz, para a autonomia , para a reflexão sobre nossas atitudes, combaterá o medo, a repressão, o autoritarismo, a intolerância e dessa forma aprenderemos a valorizar não só os nossos interesses individuais, como os da coletividade, evitando assim a discriminação seja por motivos étnicos, religiosos, culturais, políticos, enfatizando a necessidade de construção de uma sociedade mais justa, baseada nos preceitos de igualdade, respeitando e aceitando as diferenças entre os indivíduos, dessa forma tornando impossível uma repetição do horror que foi Auschwitz, pois essa nova sociedade estará embasada em valores que promovam a verdadeira civilidade, aquela que nos torna mais humanos em nossa essência.
Para saber mais sobre Theodor Adorno:

terça-feira, 2 de junho de 2009


Dossiê de Inclusão




Parte A)Descrever quais serviços especializados existem no município e quantos alunos são atendidos.


É muito importante que façamos uma reflexão sobre a forma como a inclusão acontece em nosso município, com isso descobrimos que existe uma grande disparidade entre o que existe de vagas para esses alunos nos serviços especializados, em relação a demanda necessária. Dessa forma é bem difícil que consigamos encaminhamento para todos os alunos que necessitam de atendimento, seja no âmbito da minha escola ou a nível de municipal.
No município de São Leopoldo, contamos com o NAPPI(Núcleo de Apoio e Pesquisa à Inclusão), que atende em torno de 200 alunos, com necessidades especiais na área cognitiva, apresentando dificuldades que limitam seu processo de aprendizagem, limitações físicas, de diversas ordens, além de alunos com problemas de disciplina, agressividade, multi-repetentes, que são atendidos por profissionais ligados à educação, formados em diversas áreas, como pedagogia, psicopedagogia, fonoaudióloga, fisioterapia, psicomotricidade, psicologia, serviço social e terapia familiar.
A sala de recursos multifuncionais funcionará como suporte do Nappi para oferecer um serviço de natureza pedagógica que apóia e complementa o atendimento educacional da classe regular. O trabalho será desenvolvido com a realização de atividades que atendam os interesses e as necessidades de aprendizagem específicas de cada aluno.
A SRM oferece subsídios pedagógicos que contemplarão as áreas: cognitiva, motora, sócio-afetiva, emocional e corporal. Além das atividades na SRM, as professoras realizarão o atendimento institucional. Este trabalho consiste no apoio e orientação aos professores da classe regular quanto às adaptações curriculares necessárias e trocas com outros profissionais que trabalhem com o aluno como psicólogos, fonoaudiólogos, médicos, entre outros.
A estrutura das salas é constituída de computadores, impressora, televisor, brinquedos e jogos adaptados, entre outros materiais. Além dos equipamentos subsidiados pelo Governo Federal e Prefeitura Municipal, o Ministério de Educação ofereceu curso de capacitação das professoras. A SRM é voltada para o atendimento de estudantes com dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares, alunos com dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas, estudantes com altas habilidades/superdotação e que apresentem uma grande facilidade ou interesse em relação a algum tema ou grande criatividade ou talento específico.
Em 2007, foi inaugurada a 1ª sala multifuncional na escola Paul Harris e hoje São Leopoldo possui 4 salas vinculadas ao NAPPI, são elas:


Sala de Recursos Multifuncionais da EMEF Paul Harris
Sala de Recursos Multifuncionais da EMEF Barão do Rio Branco
Sala de Recursos Multifuncionais da EMEF Álvaro Luis Nunes
Sala de Recursos Multifuncionais da EMEF Maria Edila



Na escola Zaira Hauschild temos a seguinte realidade em relação aos atendimentos feitos pelo NAPPI:


2º ano/1ª série: 1 aluno, atendimento ALDEF(Associação Leopoldense de Deficientes)

3º ano/2ª série: 2 alunos, atendimento- SRM(Sala de Recursos);1 aluna (Psicopedagoga), no NAPPI

4º ano/3ª série: 3 alunos, 1(psicóloga); 2(psicopedagoga) ambos no NAPPI;

5º ano/4ª série: 2 alunos(psicopedagoga) e 1 aluno-SRM(Sala de Recursos);

7º ano/6ª série: 2 alunos(psicopedagoga-NAPPI);

8º ano/7ª série: 1 aluno(psicológico-NAPPI)

MÉTODO CLÍNICO PIAGETIANO II

MÉTODO CLÍNICO II

Análise da Aplicação da Prova Piagetiana

A realização de um trabalho como este requer muito atenção e cuidado à todos os fatos e ações da criança frente ao teste, pois fatores como ambiente, ansiedade e outros podem influenciar no resultado do mesmo, alterando-o.

Quais aspectos foram adequados na aplicação?
Escolha do contexto onde a prova foi aplicada (ambiente calmo, somente criança e entrevistador);
As perguntas foram feitas com objetividade, respeitando a utilização de uma linguagem adequada à criança;
Utilização dos argumentos (explicações) da criança no processo de contra-argumentação;
A empatia entre a criança e o entrevistador, que permitiu uma sensação de segurança e confiança entre ambos.

Justificativa teórica: Por ser um método clínico se faz necessário que a aplicação da prova seja num lugar calmo, sem a intervenção de outras pessoas e situações fora daquele contexto, que poderiam influir nas respostas dadas pela criança e na observação e intervenção das mesmas pela ação do experimentador. O experimentador precisa agir com sensibilidade e flexibilidade e a partir da análise das respostas dadas, usar os argumentos da criança para contra-argumentar, respeitando a concepção de mundo do sujeito e suas capacidades mentais.

Quais equívocos ocorreram na aplicação?
A não realização de outros testes de conservação da massa, observando-a também em sólidos descontínuos e em líquidos, para uma melhor identificação do estágio em que a criança se encontra.

Justificativa teórica: Por se tratar de um método clínico, se fazia necessária a aplicação de vários testes para observar a noção de conservação das substâncias, visando assim caracterização mais fidedigna das noções que a criança possuía, para uma melhor identificação do estágio do desenvolvimento que ela se encontra. É comum de acontecer que a criança apresente noção de conservação de massa de sólidos descontínuos e não contínuos, ou possua conservação de massa de sólidos, mas não dos líquidos.

Como o grupo corrigiria os equívocos mencionados acima?
Realizando os demais testes, para observar até que ponto a criança havia construído a noção de conservação de massa (embora não tenha sido solicitado que deveríamos realizar estes testes).
Após essa análise, o grupo continua acreditando que a criança se encontra no estágio de desenvolvimento apontado na atividade anterior?

Sim, porque no respectivo caso, observamos várias características cognitivas do estágio das operações concretas, pois ela já realiza operações de pensamento, ao invés de ações, mostrando a capacidade de observar o todo, realizando colocações do tipo: as bolinhas são do mesmo tamanho, mas uma é mais pontuda, ou que a bolinha transformada em minhoca pode ser um pouco menor porque a massinha gruda na mão, respostas mais complexa. Percebe-se uma construção da reversibilidade (flexibilidade) do pensamento (realiza ações mentais limitadas pelo mundo real), com respostas baseadas na realidade. Quanto à conservação da massa, esse processo ainda está em fase de consolidação, pois no momento que transformei a minhoca novamente em bolinha, Bia disse que esta era maior do que a bolinha que não havia passado pela respectiva transformação, mostrando que alguns aspectos que envolvem medidas (comprimento, volume ou área), ainda não estão totalmente compreendidos por ela, ou seja, estão em construção.

Dúvida do grupo: Em que casos durante o processo a prova deve ser interrompida? A criança com a qual realizamos a prova afirmou que após transformarmos a minhoca em bolinha, que essa havia ficado maior. Esse é um caso para a interrupção da prova?

BIBLIOGRAFIA:
Introdução ao Método Clínico Piagetiano, Charczuc, Simone Bicca. Elaborado a partir do capítulo 3, Delval, Juan. Introdução à Prática do Método Clínico, Artmed, 2002.
Elaborado a partir do capítulo 4, Dolle, Jean-Marie. Para Compreender Jean Piaget, Zahar, 1975.
PIAGET, Jean. Os estágios do desenvolvimento intelectual da criança e do adolescente. In: Problemas de Psicologia Genética. São Paulo, 1983. Coleção Os Pensadores.
_______O desenvolvimento mental da criança. In: Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1986.
BECKER, Fernando, Ensino e construção do conhecimento: O processo de abstração reflexionante. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.