sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Postagem referente ao Terceiro Semestre

Neste terceiro semestre pude observar uma maior relação entre as interdisciplinas, Artes Visuais, Música, Literatura, Ludicidade e Teatro, pois todas falam sobre diferentes formas de arte na sociedade.
Em uma das atividades propostas em Artes Visuais, ciamos um Projeto de Trabalho sobre Monet, explorando aspectos de sua vida, suas obras, temas, cores predominantes, forma de pintar(impressionismo), tudo isso a partir da observação dos ambientes da escola e da comunidade escolar(pracinha, mato).
Aprofundamos o estudo da obra ““Ponte Japonesa e o Lago de Ninféias em Giverny”, leitura e interpretação da obra, sensibilizando-se para a presença da arte em diferentes espaços, contextos históricos e formas de expressão apresentadas pelos artistas.
Este projeto em grupo foi um momento bastante significativo, que apesar de não ter sido aplicado com os alunos, mostrou a necessidade de um planejamento interdisciplinar nas aulas de arte.
Na interdisciplina de Música pesquisamos sobre a produção musical de nossa cidade e entrevistei o vocalista do Tchê Guri que é de São Leopoldo, além de estudar sobre compositores da MPB e explorar a marcação de ritmo com o corpo, uma aula misturando música e movimento, foi um momento muito rico, que me fez pensar sobre a importância de trabalhar com e sobre música no espaço escolar,
Em Literatura aprofundamos o estudo sobre os contos de fadas, pesquisando e identificando os elementos desse tipo de narrativa, o que me ajudou a desenvolver vários trabalhos baseados nos mesmos, é um conhecimento que serviu para mim como educadora e que qualificou minha prática, para melhor explorar com meus alunos este tipo de texto.
Em Ludicidade trabalhamos sobre a importância do brincar e a maneira como esse processo vem sendo construído socialmente. A origem dos brinquedos, quando surgiram e de como esses momentos são importantes para nossas constituição como seres humanos. Ás vezes, um simples jogo ou brinquedo traz muita alegria para as crianças e propiciar esse momento também é minha função como professora.
Todas essas aprendizagens transformam o meu ser, bem como minha prática pedagógica, pois procuro colocar em prática a teoria, buscando alternativas pedagógicas diferenciadas e mais qualificadas para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Certamente quando me torno uma aluna melhor, pesquisando, realizando atividades, refletindo sobre a minha prática, me torno também uma melhor professora, com um maior embasamento, para planejar, buscar soluções para as dificuldades que se apresentam, e quem ganha com isso são todos os envolvidos, eu, os alunos e a escola.

Postagem referente ao Segundo Semestre

No segundo semestre do PEAD, com a interdisciplina “DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA”, estudamos Freud e a psicanálise, e de que maneira tendo conhecimento sobre o funcionamento de cada parte do cérebro, os mecanismos de defesa utilizados pelas pessoas, as fases da criança, tudo isso pode vir a auxiliar no contexto escolar, nas relações sociais, com a aprendizagem e o conhecimento que os alunos elaboram, buscando novos papéis para professores e alunos, onde a aprendizagem se dá na interação dos sujeitos nesse meio.

Num segundo momento tivemos a contribuição de Winnicot que dizia que a aprendizagem poderia ocorrer por submissão ou espontaneidade, sendo que no segundo caso, esse aluno seria muito mais curioso, com mais ideias próprias e estabelecendo maiores relações entre suas aprendizagens. Valorizava a importância do brincar para as crianças. Nesse processo, a criança age sobre o mundo à sua volta, descobrindo coisas e inventando outras, pelo puro prazer de fazê-lo. Ela se sente agente, sujeito, e isto cria a capacidade de aprender como conquista, como exercício da própria vontade, o que é muito diferente de aprender como submissão à vontade do outro.

Na interdisciplina de “ESCOLARIZAÇÃO , ESPAÇO E TEMPO NA PERSPECTIVA HISTÓRICA”, estudamos sobre a invenção da infância, que ao mesmo tempo que legislativamente falando, estão sendo criados cada vez mais documentos, como o ECA, por exemplo, para assegurar os direitos das crianças, paradoxalmente elas tem cada vez menos tempo e espaço para se desenvolverem plenamente, não podem brincar, imaginar e explorar o universo infantil, quando agem como crianças são julgadas como imaturas, irresponsáveis e quando agem como adultas cobramos que sejam crianças. Como exemplo temos crianças que ficam abandonados durante todo o dia enquanto os pais vão para o trabalho, cuidando dos irmãos e assumindo papéis de adultos na família, negando –lhes o direito ao brinquedo, ao tempo livre, ao afeto e presença dos pais acompanhando e colaborando para um desenvolvimento pleno e saudável na infância. A criação da escola colaborou para esse processo de controle do indivíduo e abandono precoce da infância, o aluno aprende conteúdos e valores, da classe dominante e ao professor cabe o papel de mero transmissor destes.

A interdisciplina de “Fundamentos da Alfabetização” reflete sobre a necessidade de um sujeito escolar e social que construa seu conhecimento interagindo com o mundo a sua volta, onde a aprendizagem seja um exercício de interação, experimentação consigo e com os outros.

Durante o processo de construção do conhecimento o erro precisa ser aceito como elemento necessário e construtivo, inerente a essa caminhada onde o sujeito estará refletindo, levantando hipóteses e buscando soluções para os problemas que surgirão. Um ser humano que não busca por ter medo, exclui-se da interação sujeito e mundo, negando-se à aprendizagem. O erro na sala de aula não é o bicho papão, que impede o conhecimento, mas a inércia advinda do medo de errar sim.

A interdisciplina de Seminário Integrador II, fez o papel de nos auxiliar na apropriação tecnológica, usando ferramentas como blog e wiki, ambientes estes que serviram para a postagem das atividades do semestre, além de nos fazer repensar sobre o ser professor, a escola em que trabalhamos e convivemos, resgatando as memórias pessoais e do porquê de nossa escolha em ser professor.

Como seres humanos estamos constantemente aprendendo, reformulando aprendizagens, observando-as sobre um novo prisma, que muda porque nós mudamos nesse processo. Aprender é um ato onde todos são aprendizes, o professor e o aluno, a escola, a comunidade e para ser uma melhor pessoa e profissional é preciso que esse processo seja consciente, principalmente através da reflexão proposta pelas interdisciplinas do PEAD neste segundo semestre.



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Postagem referente ao Primeiro Semestre


Minhas Vivências no PEAD






Durante minha caminhada no curso de Pedagogia à Distância, vivenciei muitos momentos e aprendizagens que contribuíram para minha vida pessoal. Quando li um dos primeiros textos “A ilha desconhecida”, do Saramago, que traz uma reflexão profunda sobre o ser humano, suas escolhas e caminhos que trilhará no decorrer da vida. Pensando sobre a vida dos outros, fazemos um balanço da nossa própria vida,onde nos encontramos naquele momento e o que desejamos para o futuro, caminhamos e encontramos questionamentos, às vezes respostas para eles, mas também novos questionamentos, que surgem no decorrer da trajetória.
Na minha prática profissional, as certezas parecem que se tornam incertezas, pois refletimos sobre políticas educacionais e vemos que muitas práticas na educação servem a fins políticos, eleitoreiros e que a falta de qualidade normalmente vinculada à escola pública, propicia a manutenção da pobreza, da exclusão social, política, econômica e intelectual, mantendo cada ser humano dentro de uma classe social criada pelo sistema capitalista, visando separar e limitar os potenciais humanos que todos possuímos.
A interdisciplina de ECS propôs uma reflexão sobre o papel da escola e do professor e os processos de construção de sua identidade,mostrando que a educação carrega consigo questões sociais relevantes,servindo a interesses sociais e de poder.A interdisciplina de EPPC também discutiu o papel do professor e da escola, explorando conceitos como Currículo,PPP e Didática,partindo do que pensamos a respeito destes, para depois identificar e refletir teoricamente sobre eles.
Na verdade, observo que a educação ao invés de desenvolver potencialidades e principalmente a cidadania, promove pelo seu próprio modo de ser a exclusão social, principalmente daqueles alunos que poderiam a partir de uma criticidade e reflexão sobre a sociedade feita no ambiente escolar,se apropriarem de ferramentas que os tornariam agentes transformadores de suas próprias vidas.
No nosso último trabalho na disciplina Educação e Tecnologias, pesquisamos sobre a utilização dos computadores na Educação e vimos que a forma como está sendo feita a inclusão digital é um pouco distorcida da realidade. Ela se tornou uma bandeira de propaganda política dos governos, esquecendo da formação do ser humano como um todo, que ele precisa interagir com outras pessoas, que sua aprendizagem se constrói nessa interação e que o computador é apenas uma ferramenta que proporciona diminuir a distância entre realidades e pessoas.Quando fiz essa interdisciplina estávamos no início do curso do PEAD e lembro que precisei muito da ajuda de outras pessoas para realizar as atividades, precisamos fazer um mural no paint com textos, imagens, criar uma página na web. Com a vivência que possuo agora tenho certeza que não teria um grau de dificuldade tão grande, pois domino várias ferramentas como pbworks, power point, blogs, cmaptools, entre outras,habilidades estas desenvolvidas na Educação à Distância. Hoje consigo desenvolver diversas atividades com meus alunos utilizando diversas tecnologias das quais me apropriei no decorrer do curso.
Sei que me apropriei de muitos conhecimentos na minha trajetória no curso e pretendo continuar buscando respostas e novos questionamentos para minha vida pessoal e profissional, mas sei também que à medida que refletimos sobre nossos ideais, objetivos, transformamos nossa própria realidade interna e externamente, provocando mudanças também nos outros.