segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Postagem referente ao Primeiro Semestre


Minhas Vivências no PEAD






Durante minha caminhada no curso de Pedagogia à Distância, vivenciei muitos momentos e aprendizagens que contribuíram para minha vida pessoal. Quando li um dos primeiros textos “A ilha desconhecida”, do Saramago, que traz uma reflexão profunda sobre o ser humano, suas escolhas e caminhos que trilhará no decorrer da vida. Pensando sobre a vida dos outros, fazemos um balanço da nossa própria vida,onde nos encontramos naquele momento e o que desejamos para o futuro, caminhamos e encontramos questionamentos, às vezes respostas para eles, mas também novos questionamentos, que surgem no decorrer da trajetória.
Na minha prática profissional, as certezas parecem que se tornam incertezas, pois refletimos sobre políticas educacionais e vemos que muitas práticas na educação servem a fins políticos, eleitoreiros e que a falta de qualidade normalmente vinculada à escola pública, propicia a manutenção da pobreza, da exclusão social, política, econômica e intelectual, mantendo cada ser humano dentro de uma classe social criada pelo sistema capitalista, visando separar e limitar os potenciais humanos que todos possuímos.
A interdisciplina de ECS propôs uma reflexão sobre o papel da escola e do professor e os processos de construção de sua identidade,mostrando que a educação carrega consigo questões sociais relevantes,servindo a interesses sociais e de poder.A interdisciplina de EPPC também discutiu o papel do professor e da escola, explorando conceitos como Currículo,PPP e Didática,partindo do que pensamos a respeito destes, para depois identificar e refletir teoricamente sobre eles.
Na verdade, observo que a educação ao invés de desenvolver potencialidades e principalmente a cidadania, promove pelo seu próprio modo de ser a exclusão social, principalmente daqueles alunos que poderiam a partir de uma criticidade e reflexão sobre a sociedade feita no ambiente escolar,se apropriarem de ferramentas que os tornariam agentes transformadores de suas próprias vidas.
No nosso último trabalho na disciplina Educação e Tecnologias, pesquisamos sobre a utilização dos computadores na Educação e vimos que a forma como está sendo feita a inclusão digital é um pouco distorcida da realidade. Ela se tornou uma bandeira de propaganda política dos governos, esquecendo da formação do ser humano como um todo, que ele precisa interagir com outras pessoas, que sua aprendizagem se constrói nessa interação e que o computador é apenas uma ferramenta que proporciona diminuir a distância entre realidades e pessoas.Quando fiz essa interdisciplina estávamos no início do curso do PEAD e lembro que precisei muito da ajuda de outras pessoas para realizar as atividades, precisamos fazer um mural no paint com textos, imagens, criar uma página na web. Com a vivência que possuo agora tenho certeza que não teria um grau de dificuldade tão grande, pois domino várias ferramentas como pbworks, power point, blogs, cmaptools, entre outras,habilidades estas desenvolvidas na Educação à Distância. Hoje consigo desenvolver diversas atividades com meus alunos utilizando diversas tecnologias das quais me apropriei no decorrer do curso.
Sei que me apropriei de muitos conhecimentos na minha trajetória no curso e pretendo continuar buscando respostas e novos questionamentos para minha vida pessoal e profissional, mas sei também que à medida que refletimos sobre nossos ideais, objetivos, transformamos nossa própria realidade interna e externamente, provocando mudanças também nos outros.

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