terça-feira, 28 de outubro de 2008

Realidade da educação

COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO Maria Beatriz Gomes da Silva

Lendo o texto da referida autora percebo que há muitas leis que redefiniram o papel da educação, mas que a prática está muito distante da teoria.
Em relação a educação em geral percebo muita falta de comprometimento tanto da escola, quanto da família, governo. As famílias não se preocupam com a qualidade do que os filhos estão aprendendo na escola, pois essa se tornou um mero depósito de crianças, como os pais trabalham os filhos ficam na escola, por isso vimos tanta propaganda política sobre a escola em turno integral. Nós professores estamos perdidos nesse emaranhado de discursos vazios sobre a política educacional, enquanto na escola não temos nenhum auxílio pedagógico, psicológico, para trabalhar com alunos de inclusão ou mesmo os outros com déficit de aprendizagem. A própria formação na faculdade não contempla nossas necessidades como educadores, deixando muito a desejar nesse aspecto. Continuamos tendo formações que não acrescentam em nada a nossa prática. Querem que saibamos trabalhar com a inclusão sem que sejamos preparados para isso, mas é notório que o ensino que se diz superior pouco sabe sobre o assunto. Com essa realidade vemos o quanto é importante a reformulação do currículo escolar em todas as suas esferas, ensino fundamental, médio e ensino superior, já que a maioria não contempla as necessidades do educando, sendo um instrumento não de transformação da vida do mesmo, mas de massificação de conteúdos que não lhe servem para nada.
A minha escola se encontra num processo de construção de um espaço escolar mais democrático, inclusivo. O PPP está em constante reformulação, buscando uma maior participação da comunidade escolar, revendo a relação entre a concepção do conhecimento, a reflexão e reorganização do currículo e a avaliação da aprendizagem dos alunos.
A escola já contempla alguns aspectos que valorizam o aluno, respeitando as diferenças e individualidades, em relação ao seu tempo de aprender, seu desenvolvimento afetivo e social, proporcionando momentos e espaços diferenciados, como laboratórios de aprendizagem, projetos de informática, coral, meio ambiente, conversando as seis e meia, que versa sobre assuntos de interesse dos adolescentes, de esportes, buscando uma formação integrada do ser humano.
Já é feita uma avaliação em caráter formativo, que valoriza o processo de construção do conhecimento do educando, oportunizando tempos e espaços diferenciados, para que ocorra esse processo, desenvolvendo um ser humano que dialoga consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Avaliamos o processo de aprendizagem dos alunos de forma globalizada, com um parecer descritivo que coloca no que o aluno conseguiu desenvolver, quais ainda são suas dificuldades, disponibilizando os estudos de recuperação no contra-turno atá a 4ª série, a partir da 5ª os alunos não recebem esse atendimento, o que não concordo, pois continuamos com com alunos com déficit de aprendizagem, bem como alunos de inclusão, que precisarão sempre de auxílio na sua trajetória escolar. Este ano foi o primeiro que está acontecendo o conselho de classe participativo, mas só a partir da 5ª série, mas ainda há bastante resistência por parte dos professores, que acham que é necessário muito tempo para realizar esse processo. De 1ª a 4ª séries não existe conselho participativo na minha escola, o conselho é feito apenas com as professoras da turma e a supervisora.

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