terça-feira, 17 de novembro de 2009

LIBRAS na Educação

A referida atividade de LIBRAS, me fez repensar sobre a necessidade de uma escola que seja realmente inclusiva, mas aí encontramos um dilema: Até que ponto a escola regular promove a inclusão de crianças com síndromes, deficiência mental, física, ou a própria surdez?
Na própria disciplina de Libras estudamos que uma parte dos especialistas defende que as crianças surdas precisam participar desde pequenas da escola regular, outros entretanto defendem que essas crianças precisam estar em uma escola que conheça a cultura surda e a partir disso respeite suas especificidades linguísticas e de identidade, tornando esse espaço educativo mais amplo, com experiências sociais mais qualificadas e significativas para esses alunos, que contribuirão para sua inserção social na família, escola, instituições e mercado de trabalho.
Na interdisciplina de Linguagem trabalhamos sobre a importância de se considerar as variedades linguísticas que observamos em nossos alunos, seja na oralidade e na escrita, desestabilizando a idéia de uma língua padrão, como se essa não sofresse alterações socioculturais, mas defendendo a postura de inclusão de surdos na escola regular é uma atitude que valoriza e respeita sua cultura, buscando combater o preconceito social de forma efetiva, ou apenas serve como discurso para dizer que somos todos iguais e fechar as instituições de educação específica para eles?
A referida questão propõe uma reflexão sobre o meu espaço de trabalho, de que maneira acontece o processo de inclusão de uma criança na escola? Observo todos os anos crianças que são de inclusão, e que estão perdidas dentro da escola regular, não participam da atividades, a escola não se adapta à ela, os educadores não percebem a necessidade de adaptar o currículo para esses alunos, desde as tarefas propostas, até uma avaliação diferenciada que realmente contemple e valorize o que aprendeu, seu desenvolvimento, ao invés de avaliar o que não sabe.
Referências
LANE, Harlan. A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada. Lisboa: Instituto Piaget, 1992.
Adaptado: PERLIN, Gládis; STROBEL, Karin. Fundamentos da Educação de Surdos, 2008. Disponível em:< http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/libras/unidade3/unidade3.htm
>. Acesso em: 07 nov. 2009.
ZEN, Maria Isabel Dalla; TRINDADE, lole Faviero.Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais, 2002.

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