Juntamente com essa nova concepção de educação voltada para a formação do cidadão surge a necessidade de uma avaliação que atenda vários aspectos:
Ajudar a criança a atender suas necessidades a partir da mudança da educação;
Contribuir para a tomada de consciência do aluno sobre o que já sabe e no que precisa melhorar;
Contemplar a diversidade presente entre os estudantes, que apresentam diferentes ritmos, facilidades e dificuldades;
Apesar da clara mudança do papel da escola no século XXI ainda ocorre em muitas escolas a avaliação como processo classificatório, onde o resultado serve para rotular os alunos em " bons" ,"ruins", "ótimos", entre outros, valorizando apenas a nota e não o aprendizado dos alunos, acabando por tirar a vontade de aprender do sujeito.
Como educadores precisamos estar atentos às construções realizadas pelos alunos, não avaliar os erros, mas o processo de construção da aprendizagem pela criança, processos estes que acontecem através de ações, transformações e estabelecimento de relações, pois, “conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo, aprendendo os mecanismos dessa transformação, vinculados com as ações transformadoras. Conhecer é, pois, assimilar o real às estruturas de transformações”.
Sobre esse prisma construtivista o sujeito assimila o mundo a estruturas previamente construídas e o erro ocorre em função do processo de abstração reflexionante, onde se relaciona com o objeto da aprendizagem, ações ou coordenações de ações. Durante o processo a criança pode selecionar uma informação a um dado momento de seu desenvolvimento, podendo ser errônea com relação à solução do problema, mas na verdade pertence a uma etapa necessária para chegar a esta posteriormente.
Referências:
BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.
INHELDER, BOVET e SINCAIR. Aprendizagem e estruturas do conhecimento. São Paulo: Saraiva, 1977.
PIAGET. Jean. Psicologia e pedagogia. 4ed. Rio de Janeiro: Forense, 1976.
HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada, Porto Alegre: Artmed, 2001.
VASCONCELOS, Celso. Avaliação: Superação da Lógica Classificatória e Excludente. São Paulo: Libertad, 1998.
Um comentário:
Parabéns pelo enfoque da tua reflexao, Luciane. Avaliar a sim mesmo e ao retorno do que foi planejado é algo sempre importante.Abraços
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