terça-feira, 8 de setembro de 2009

Reflexão sobre o texto Menininho

Ler o texto "O menininho" foi significativo porque me fez pensar em como me constituí como pessoa, que muitas coisas que reproduzo em minha vida pessoal, profissional, como aluna, sofreu influência dos professores que tive e da maneira particular com que cada um lidava com o processo de aprendizagem, desta forma as atividades que desenvolvo com meus alunos são frutos dessa trajetória. Também meus pensamentos. ideias e valores foram ensinados nas minhas relações familiares, portanto sou também o resultado de minhas experiências em todas as esferas sociais e não se pode dissociar o ser humano do que o constitui.

Citando alguns autores que refletem sobre como nos constituímos professores, alunos, seres humanos:

“Prefiro pensar que o aprendizado vem dos primeiros contatos e vivências dos mestres que por longos anos tivemos, desde o maternal. As lembranças dos mestres que tivemos podem ter sido nosso primeiro aprendizado como professores. Suas imagens nos acompanham como as primeiras aprendizagens. (...) Repetimos traços de nossos mestres que, por sua vez, já repetiam traços de outros mestres. Esta especificidade do processo de nossa socialização profissional nos leva a pensar em algumas marcas que carregamos. São marcas permanentes e novas, ou marcas permanentes que se renovam, que se repetem, se atualizam ou superam”. (Miguel Arroyo, Ofício de Mestre, 2002, p. 124)

"O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros (...) O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência (Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, p. 66).


2 comentários:

Marga disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marga disse...

Refletir e argumentar são elementos fundamentais de um bom pesquisador, tua reflexão demostra o "apetite" que tu manifestas, por saberes importantes para qualificar tua prática e expressar teu encantamento pela Educação!Parabéns!Fica aqui minha curiosidade pra instigar mais um pouquinho teu desejo de aprender: como tua contribuição pode ampliar o que estamos estudando?