Citando alguns autores que refletem sobre como nos constituímos professores, alunos, seres humanos:
“Prefiro pensar que o aprendizado vem dos primeiros contatos e vivências dos mestres que por longos anos tivemos, desde o maternal. As lembranças dos mestres que tivemos podem ter sido nosso primeiro aprendizado como professores. Suas imagens nos acompanham como as primeiras aprendizagens. (...) Repetimos traços de nossos mestres que, por sua vez, já repetiam traços de outros mestres. Esta especificidade do processo de nossa socialização profissional nos leva a pensar em algumas marcas que carregamos. São marcas permanentes e novas, ou marcas permanentes que se renovam, que se repetem, se atualizam ou superam”. (Miguel Arroyo, Ofício de Mestre, 2002, p. 124)
"O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros (...) O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência (Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, p. 66).
2 comentários:
Refletir e argumentar são elementos fundamentais de um bom pesquisador, tua reflexão demostra o "apetite" que tu manifestas, por saberes importantes para qualificar tua prática e expressar teu encantamento pela Educação!Parabéns!Fica aqui minha curiosidade pra instigar mais um pouquinho teu desejo de aprender: como tua contribuição pode ampliar o que estamos estudando?
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