quarta-feira, 1 de julho de 2009

SALA DE AULA CONSTRUTIVISTA

Sala de Aula Construtivista: Reflexão sobre o que manteria ou mudaria em sala de aula a partir da perspectiva construtivista, relacionando aos conceitos de “Ação” e “Aprendizagem” estudados na teoria piagetiana.
Postagem “Ação” inicial-13/04
Trabalho com o 5º ano/4ª série e trabalharei com a exploração de poesias em sala de aula. Os objetivos dessa atividade são:
Identificar a estrutura desse tipo de texto: versos, estrofes, ritmo, rimas, visualizando obras;
Conhecer autores brasileiros que se dedicam a este gênero literário;
Explorar através da leitura, pesquisa, diversos tipos de poesias;
Escrever suas próprias poesias, a partir de sua vivência com o referido gênero.
Essa atividade terá momentos de trabalho em individual, bem como em grupo e serão eles:
Exploração de livros de poesia na biblioteca: Arca de Noé, de Vinícius de Moraes; Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles; entre outros (grupo);
Pesquisa sobre a vida e obra de um poeta brasileiro e escolha de uma poesia para leitura e socialização com a turma (grupo);
Montagem de painéis com fotos, reportagens, sobre os poetas pesquisados (grupo);
Trazer uma poesia que o aluno tenha achado significativa, promovendo um sarau onde todos que desejarem lerão suas poesias (individual);
Confeccionar um mural com as poesias trazidas, para que façam parte do acervo literário da turma (coletivo);
Escrita de poesias pelos alunos (individual e grupo).
Os materiais usados serão: livros de poesia, jornais, revistas, revistas, fotos de poetas, sites da internet, cópias de poesias em lâminas, cartazes, xérox.
Postagem “Ação”-Sala de Aula Construtivista-29/06
Trabalho com o 5º ano/4ª série e trabalharei com a exploração de diversos gêneros literários em sala de aula.
Objetivos:
Conhecer e explorar a estrutura de diversos tipos de texto: contos, crônicas, poesias, entre outros;
Conhecer autores brasileiros e estrangeiros que se dedicam à escrita de diversos gêneros literários;
Explorar através da leitura, pesquisa, diversos tipos de textos;
Escrever suas próprias poesias e outros tipos de texto, a partir de sua vivência com os gêneros explorados.
O que mudaria nas atividades planejadas:
Exploração de diversos tipos de textos e não só poesias(trazidos por eles e de seu interesse pessoal, respeitando a diversidade entre os alunos);
Pesquisa sobre autores de diversos gêneros literários, trazidos pelos alunos;
Montagens de painéis com fotos, reportagens, notícias de jornal sobre os autores pesquisados;
Escolha de uma obra do autor para um estudo mais aprofundado (leitura pelo grupo, socialização do que descobriram sobre o autor e sua obra, promovendo uma maior exploração do que está sendo desenvolvido pela turma);
O que não mudaria nas atividades planejadas:
Trazer uma poesia que o aluno tenha achado significativa, promovendo um sarau onde todos que desejarem lerão suas poesias (individual);
Confeccionar um mural com as poesias trazidas, para que façam parte do acervo literário da turma (coletivo);
Escrita de poesias pelos alunos (individual e grupo).
Reflexão sobre o texto e o plano de aula:
Relendo meu plano de aula sobre poesia, pude observar a necessidade de algumas mudanças na forma de desenvolver as atividades, que valorizaria ainda mais a teoria construtivista de que a aprendizagem se dá por meio do sujeito e de sua interação com o meio e com o objeto, ou seja, é um processo contínuo de reflexão sobre o que se sabe e a construção de novos conhecimentos (novidade), valorizando a relação entre sujeito e sociedade, bem como sujeito e objeto(ação x abstração reflexionante), construindo a partir disso novas formas de ser, agir, pensar, transformando sua realidade.
Por isso ao invés de restringir a aprendizagem dos alunos acerca da poesia ampliei o estudo e pesquisa para a diversidade de gêneros literários, valorizando o conhecimento já construído pelos mesmos, explorando os tipos já conhecidos destes, bem como buscando através da ação e interação da turma a exploração de novos gêneros. Desta forma cada sujeito buscará o que é novo para ele, a partir do que já sabe e do que lhe interessa saber, centrando essa busca na figura do aluno e não no professor tradicional, que escolhe o que o aluno deve aprender, segundo sua concepção do que é importante que o aluno saiba, promovendo uma inversão e desacomodação de papéis pré- estabelecidos pela concepção da pedagogia diretiva e seus pressupostos: autoritarismo, subserviência, silêncio, morte da criatividade e da curiosidade inerentes ao ser humano, que permeiam que o professor é detentor do saber e o aluno um mero receptor das concepções pessoais do professor, devendo relacionar-se com o mundo e o objeto a partir da visão do mesmo.
A aprendizagem nesta atividade se dará pela ação do sujeito sobre seu próprio conhecimento previamente construído, valorizando o que o mesmo já sabe, além de auxiliá-lo em suas novas descobertas e consequentes transformações que ocorrerão em sua aprendizagem nesse processo. O aluno mostrará o que sabe, partilhando com os outros, como também fará relações entre o que sabia e o que buscou de novo. As atividades promoverão momentos de contatos com diversos gêneros literários e suas estruturas, troca de experiências, pesquisando, explorando e descobrindo novos textos e autores, bem como os do já conhecidos pelos alunos, construindo novas percepções acerca da diversidade da literatura universal em sua complexidade. A aprendizagem é algo muito pessoal, sendo cada indivíduo único, possuidor de sua trajetória pessoal, para alguns esse será o primeiro contato com esses textos e outros não. Mas com certeza todos aprenderão algo de novo, sendo respeitadas suas vivências, podendo suscitar daí um maior interesse na leitura, conferindo-lhe significado e função social. Construindo não só conhecimento, como também regras de convivência para a realização de trabalhos em grupo e individuais, criando um ambiente fecundo e desafiador para a busca de novas aprendizagens, recriando o conhecimento anteriormente construído, uma sala de aula que reflita sobre o passado e o presente e dessa forma encaminhando-se para o futuro da sociedade, contemplando aspectos humanos, sociais, tecnológicos, entre outros.
BIBLIGRAFIA
PIAGET, Jean. O desenvolvimento mental da criança. In: Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1986.
BECKER, Fernando, Ensino e construção do conhecimento: O processo de abstração reflexionante. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.
_______ O que é construtivismo? In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Epistemologia genética e construção do conhecimento. Texto extraído de MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Do Egocentrismo à Descentração: a docência no ensino superior. Porto Alegre: UFRGS, 2005, Tese de doutorado

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